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TS#010 | JACK, O ESTRIPADOR: VAMOS POR PARTES…

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Você conhece Jack, o Estripador? Certamente já ouviu falar dele, mas conhece de verdade ele? Este é o primeiro de uma série de programas onde apresentaremos inicialmente suas origens e e suas vítimas. Nos demais programas que lançaremos, teremos informações desde possíveis nomes até mesmo influências na cultura pop.

Avisos Aos Ouvintes:

Todos os programas serão gravados ao vivo, e transmitidos majoravelmente no YouTube, por tanto é muito importante para mim (Thiago Trabuco) que vocês ouvintes participem ao vivo, com comentários para que isso possa acalorar mais os debates. Você não precisa ser apoiador para participar, basta aparecer!

Como o podcast é ao vivo, é importante para mim a participação também no canal do YouTube onde a gravação ocorre, por mais que ela seja replicada em tempo real no Facebook, Twitch e outros canais, mas quero centralizar no YouTube, porque é onde os ouvintes tem se manifestado mais, portanto gostaria MUITO, que vocês se inscrevessem no canal, isso me ajudaria muito!!!

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O ‘Whitechapel Butcher’

Contexto Histórico

No final de 1800, Londres tinha cerca de 3 milhões de habitantes e era o reflexo da expansão do Império Britânico e do início desenvolvimento industrial, era a maior cidade europeia da época, e por isso, atraía diversos imigrantes de toda a Europa.

A maioria dos recém-chegados, assim como os operários mais pobres, ia parar na boca do lixo da cidade.

Apesar de ser uma área em que imigrantes qualificados, ou seja, com recursos para saírem de suas terras natais e buscarem um futuro melhor em outro lugar, o distrito era notório por miséria, violência e crime.

Vale citar que a população deste bairro/distrito era majoritariamente composta por judeus e russos. Muitos expulsos de suas terras por conta das guerras travadas por Bismarck durante o império germânico.

E como a boca do lixo geralmente tende a crescer por N problemas sociais, no caso de Londres, ela virou um grande bairro/distrito, que ficou conhecido como Whitechapel.

O local era tão ruim, que alguns mapas da época, as ruas aparecem marcadas em tinta preta, informando que eram habitadas por “viciados e criminosos” e que só existiam cortiços.

E como todo distrito que sofre com problemas sociais, um dos que sempre se destacam é a presença da prostituição, que naquela época era ilegal, porém só era combatida pela força policial quando causasse distúrbios públicos, e por isso, milhares de bordéis e casas de aluguel barato prestavam serviços sexuais naquela região no final do século XIX.

Com isso, naquela época, a morte ou assassinato de uma prostituta raramente causava comoção social, ou era relatada na imprensa. A grande realidade, era que essas mulheres, estavam vulneráveis a ataques, que às vezes poderiam resultar em suas mortes, nada como muito diferente de hoje, infelizmente…

Surge um Serial Killer

Porém com todo esse caos social, entre os meses de agosto e novembro de 1888, cinco assassinatos de prostitutas chamaram atenção da população, esses casos foram repercutidos pela mídia, que transformou tudo em uma grande calamidade, gerando pânico e ansiedade em toda a população de Londres.

Um assassino nas sombras…

O grande pânico era causado principalmente por como as mortes aconteciam, existia um padrão muito claro, todas essas cinco mortes ocorreram na região de Whitechapel, e as mulheres foram degoladas e seus corpos mutilados.

Essa mutilação envolvia a remoção de órgãos como rins e útero, e esses crimes com o tempo foram atribuídos a um nome: Jack, o Estripador.

Representação de um dos crimes cometido por Jack, o Estripador

As Vítimas

Ainda em 2020, não foi possível contabilizar todas as vítimas ao certo de Jack, nos arquivos Whitechapel Murders, da Scotland Yard, a polícia britânica, existem o nome de onze vítimas possíveis vítimas, porém, devido ao grande descaso das populações carentes, e ao descaso das autoridades e da segurança pública com os cidadãos daquela localidade e naquela época, é basicamente impossível atribuir um número certeiro de casos, por simplesmente não existirem dados conclusivos sobre os casos.

Naquela época, por exemplo, não existia uma das pistas forenses mais tradicionais, que é a impressão digital, essas, só foram aparecer, digamos assim, no portfólio da Scotland Yard em 1910 salve engano.

Todas as mortes atribuídas oficialmente por Jack, possuíam uma linha de características:

  • Todas, eram mulheres, que de alguma forma, caíram na miséria.
  • Todas as vitimas, eram prostitutas.

Uma veio do interior, outra era alcoólatra, uma vinha de um casamento desastroso, outra era acusada de pequenos roubos.

Alguns dos documentos da Scotland Yard, os registros de óbito, mostram que elas morreram de forma bem parecida:

  • Estrangulamento
  • Lesões cortantes na garganta
  • Mutilações por todo o corpo.

Todos os crimes foram cometidos de madrugada, principalmente em feriados ou fins de semana. O que indica que o assassino possuía trabalho físico e/ou ainda era casado.

Apesar da proximidade dos crimes, é muito pouco provável, que as vitimas se conhecessem, apesar de todas terem sido assassinadas com poucas quadras de distância umas das outras.

Com essas informações então chegamos as cinco vítimas canônicas de Jack, o Estripador!

As Cinco Vítimas Canônicas

Os cinco nomes são:

Mary Ann Nichols

Mary Ann Nichols

A primeira, tinha 42 anos na época do crime, e foi morta no dia 31 de agosto de 1888.

Depois de abandonar cinco filhos e fugir de um trabalho de empregada doméstica de onde roubou algumas mudas de roupa, Mary Ann acabou se prostituindo para sobreviver.

Na noite da sua morte, ela foi barrada na porta de uma pensão por não ter dinheiro para pagar o quarto.

Foi encontrada morta e mutilada em um beco a duas quadras do local, onde parou para conversar com uma amiga, a última pessoa que a viu.

Polly, como ela era conhecida, só passou a ser considerada a primeira vítima de Jack a partir de 1950, quando o caso foi analisado com métodos modernos de medicina legal.

Annie Chapman

No dia 8 de setembro de 1888, Annie Chapman saiu da pensão onde morava, à 1h30 da madrugada, dizendo ao porteiro que logo voltaria.

Matéria de jornal da época com foto de Annie Chapmam morta

Tuberculosa, sifilítica, alcoólatra, ela precisava arranjar dois ou três pences (uma fração de libra) para pagar o pernoite.

Quatro horas depois, o corpo dela foi encontrado no quintal de um sobrado a 300 metros dali.

Ela tinha a garganta cortada, o abdômen mutilado e alguns órgãos haviam sido retirados.

Suas Jóias, e as moedas que acabara de receber estavam cuidadosamente colocadas ao lado do corpo.

Elizabeth “Long Liz” Stride

No dia 30 de setembro de 1888, foi a vez da prostituta Elizabeth Stride ser morta no início da noite.

Elizabeth “Long Liz” Stride

Uma pessoa chegou a ouvir seus gritos, mas saiu correndo apavorada.

A presença da testemunha, no entanto, surpreendeu o assassino, que não teve tempo de concluir seu ritual de mutilação.

Elizabeth sofreu apenas um corte de 10 centímetros na garganta e morreu numa poça de sangue.

Catherine Eddowes

Catherine Eddowes

Ainda em 30 de setembro, apenas Uma hora após morte de Elizabeth, outra prostituta, Catherine Eddowes, foi encontrada com a garganta cortada, o abdômen e o rosto mutilados, sem um rim, uma orelha e os ovários.

Além disso, havia um bilhete numa parede próxima: “os judeus não são culpados por nada“.

Para evitar mais um ataque aos judeus, que vinham sendo muito hostilizados, como culpados dos crimes, ou acobertarem o culpado, a mensagem foi apagada antes que os fotógrafos chegassem.

Mary Jane Kelly

A quinta e última morte oficialmente atribuída a Jack foi a de Mary Jane Kelly.

Ela era a mais nova das vítimas, com 25 anos.

Diferentemente dos crimes anteriores, Mary foi atacada no quarto onde atendia seus clientes, no dia 9 de novembro.

Longe das ruas escuras de Whitechapel, e sem se preocupar em ser flagrado, o assassino mutilou a retalhou a moça em mais de 100 pedaços.

Mary Jane Kelly

Supostas Vítimas

Além destas vítimas, existem mais algumas suposições, como dissemos no arquivo oficial da Scotland Yard, são 11 nomes, basicamente o arquivo de mortes descreve algo como a evolução de um assassino, tenho certeza que os caras de Mindhunter ficaram loucos com as histórias, só para ter uma amostra disso, separei os dois dos casos desta lista:

Emma Smith

Representação de jornal da epoca do crime cometido contra Emma SmithEmma Smith, que foi atacada nas primeiras horas do dia 3 de abril de 1888.

Mais tarde, ela morreu de seus ferimentos no Hospital de Londres e, como resultado, o nome dela se tornou o primeiro a aparecer no arquivo dos assassinatos de Whitechapel.

Ela quase certamente, não foi vítima de Jack, o Estripador. Porque quando acordou ainda no hospital, ela relatou ter sido estuprada e agredida por uma gangue local, foram três os agressores que utilizaram algum artefato para enfiar em sua vagina, o que fez com que ela desenvolvesse uma peritonite que foi a causa oficial de sua morte

Martha Tabram
Fotografia mortuária de Martha Tabram

Em 7 de agosto de 1888, o corpo de Martha Tabram foi encontrado em George Yard, uma rua de Whitechapel.

Ela havia sido submetida a um ataque horrendo e muito violento no decorrer do qual sofrerá 39 facadas frenéticas na garganta, no peito e no abdômen.

Martha Tabram, ou por vezes citada em documentos como Martha Turner, isso porque o ataque que ela sofreu foi de extrema violência ao contrário dos cinco canônicos.

A única evidência que sugere que ela era uma vítima de Jack, é que seu assassino tinha atingido sua garganta e abdômen, porém fica no campo da especulação.

Origem do Apelido Jack

Todo o alvoroço causado pelo caso, fez com que a imprensa local ficasse insana, isso porque, para quem pensa que o trotes começaram com alguém se passando ser da Telerj, está muito enganado, na época centenas de cartas e bilhetes foram enviados aos jornais locais, que por sua vez publicaram tudo, porque afinal de contas, esse caso vendia e muito!

Cartas para o Central News com a assinatura: Jack, O Estripador

No museu dedicado a Jack, existe o registro de quase 600 cartas e bilhetes, supostamente assinados por ele que chegaram aos jornais e delegacias de polícia.

Porém, depois do duplo homicídio do dia 30 de agosto, uma das mensagens foi levada ao alto escalão da Scotland Yard.

Supostamente endereçada à Central News (uma agência de notícias), e três dias antes da morte de Elizabeth e Catherine, a carta continha promessas do assassino: “no próximo trabalho, eu vou tirar as orelhas das damas e mandar para os escritórios da polícia” e foi exatamente isso o que aconteceu com a segunda vítima daquela noite, a Catherine.

Cartas para o Central News com a assinatura: Jack, O Estripador

A fim de identificar a letra do autor, a polícia mandou imprimir a carta em jornais e panfletos que foram distribuídos na rua.

É nesta carta, que veio o nome pelo qual o assassino ficou conhecido. Quem assinava a mensagem era um tal “Jack, o Estripador”.

Porém há alguns anos, foi descoberto que na verdade, essa carta, foi um grande golpe de publicidade e de sorte, porque ela foi criada pela própria Central News.

Segundo conta o historiador Donald Rumbelow, e autor do livro “Jack, o Estripador”, lançado pela editora Record, e que reúne a “investigação definitiva” sobre o assunto, o nome escolhido pela Central News é uma referência a Jack Pés de Mola, ou o “Terror de Londres” que entre 1837 e 1838, andava pelas ruas britânicas com roupa de morcego, e rasgava as roupas das mulheres e fugia aos pulos.

Jack Salto De Mola, Edição 2 capa da Biblioteca de Aldine “Spring Heeled Jack” de 1904

Uma correspondência original

Porém nem todas as cartas eram falsificações para fazer graça ou chamar atenção, no dia 16 de outubro de 1888, quatro mulheres já tinham sido mortas, e o inspetor George Lusk, que era o encarregado da região leste de Londres, recebeu uma caixa que tinha uma carta e um frasco com um pedaço de rim preservado em formol.

A mensagem, enviada com remetente “do inferno”, dizia: “Envio-lhe a metade do rim que eu tirei de uma mulher e que conservei para o senhor. O outro pedaço eu fritei e comi e estava muito bom. Talvez eu envie a faca ensanguentada que o tirou se esperar um pouco mais”.

Imagem da carta recebida pelo detetive Lusk com a famosa inscrição: “Do Inferno”

Final da primeira parte

E como eu disse no programa, trataremos de Jack o estripador em partes!

E essa é a primeira parte, nos próximos programas iremos tratar de suspeitos e uma das partes que eu acho mais divertidas, as representações do caso na cultura pop!

Links Base Para a Série

Esses links não são fixos, conforme a série de programas for se desenvolvendo, mais links surgirão.

História

https://www.jack-the-ripper.org/
https://www.britannica.com/biography/Jack-the-Ripper
https://www.history.com/topics/british-history/jack-the-ripper
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-serial-killer-jack-o-estripador.phtml
https://noticias.terra.com.br/educacao/infograficos/jack-o-estripador/
https://istoe.com.br/o-crime-perfeito-de-jack-o-estripador/
https://www.history.com/topics/british-history/jack-the-ripper

Curiosidades

https://www.getyourguide.com.br/activity/londres-l57/londres-ingresso-para-o-jack-the-ripper-museum-t58328?utm_force=0
https://www.tripadvisor.com.br/ShowUserReviews-g186338-d1155673-r316187954-The_Ten_Bells-London_England.html
https://www.dw.com/pt-br/postal-escrito-por-jack-o-estripador-%C3%A9-leiloado-por-25-mil-euros/a-43601891

Suspeitos

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/misterio-de-130-anos-possivel-identidade-de-jack-o-estripador-e-revelada.phtml
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/retrato-falado-jack-o-estripador-o-pai-dos-serial-killers/
https://www.hypeness.com.br/2018/01/lewis-carroll-autor-de-alice-no-pais-das-maravilhas-era-o-jack-o-estripador/

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Você conhece Jack, o Estripador? Certamente já ouviu falar dele, mas conhece de verdade ele? Este é o primeiro de uma série de programas onde apresentaremos inicialmente suas origens e e suas vítimas. Nos demais programas que lançaremos, teremos informações desde possíveis nomes até mesmo influências na cultura pop.

Avisos Aos Ouvintes:

Todos os programas serão gravados ao vivo, e transmitidos majoravelmente no YouTube, por tanto é muito importante para mim (Thiago Trabuco) que vocês ouvintes participem ao vivo, com comentários para que isso possa acalorar mais os debates. Você não precisa ser apoiador para participar, basta aparecer!

Como o podcast é ao vivo, é importante para mim a participação também no canal do YouTube onde a gravação ocorre, por mais que ela seja replicada em tempo real no Facebook, Twitch e outros canais, mas quero centralizar no YouTube, porque é onde os ouvintes tem se manifestado mais, portanto gostaria MUITO, que vocês se inscrevessem no canal, isso me ajudaria muito!!!

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O ‘Whitechapel Butcher’

Contexto Histórico

No final de 1800, Londres tinha cerca de 3 milhões de habitantes e era o reflexo da expansão do Império Britânico e do início desenvolvimento industrial, era a maior cidade europeia da época, e por isso, atraía diversos imigrantes de toda a Europa.

A maioria dos recém-chegados, assim como os operários mais pobres, ia parar na boca do lixo da cidade.

Apesar de ser uma área em que imigrantes qualificados, ou seja, com recursos para saírem de suas terras natais e buscarem um futuro melhor em outro lugar, o distrito era notório por miséria, violência e crime.

Vale citar que a população deste bairro/distrito era majoritariamente composta por judeus e russos. Muitos expulsos de suas terras por conta das guerras travadas por Bismarck durante o império germânico.

E como a boca do lixo geralmente tende a crescer por N problemas sociais, no caso de Londres, ela virou um grande bairro/distrito, que ficou conhecido como Whitechapel.

O local era tão ruim, que alguns mapas da época, as ruas aparecem marcadas em tinta preta, informando que eram habitadas por “viciados e criminosos” e que só existiam cortiços.

E como todo distrito que sofre com problemas sociais, um dos que sempre se destacam é a presença da prostituição, que naquela época era ilegal, porém só era combatida pela força policial quando causasse distúrbios públicos, e por isso, milhares de bordéis e casas de aluguel barato prestavam serviços sexuais naquela região no final do século XIX.

Com isso, naquela época, a morte ou assassinato de uma prostituta raramente causava comoção social, ou era relatada na imprensa. A grande realidade, era que essas mulheres, estavam vulneráveis a ataques, que às vezes poderiam resultar em suas mortes, nada como muito diferente de hoje, infelizmente…

Surge um Serial Killer

Porém com todo esse caos social, entre os meses de agosto e novembro de 1888, cinco assassinatos de prostitutas chamaram atenção da população, esses casos foram repercutidos pela mídia, que transformou tudo em uma grande calamidade, gerando pânico e ansiedade em toda a população de Londres.

Um assassino nas sombras…

O grande pânico era causado principalmente por como as mortes aconteciam, existia um padrão muito claro, todas essas cinco mortes ocorreram na região de Whitechapel, e as mulheres foram degoladas e seus corpos mutilados.

Essa mutilação envolvia a remoção de órgãos como rins e útero, e esses crimes com o tempo foram atribuídos a um nome: Jack, o Estripador.

Representação de um dos crimes cometido por Jack, o Estripador

As Vítimas

Ainda em 2020, não foi possível contabilizar todas as vítimas ao certo de Jack, nos arquivos Whitechapel Murders, da Scotland Yard, a polícia britânica, existem o nome de onze vítimas possíveis vítimas, porém, devido ao grande descaso das populações carentes, e ao descaso das autoridades e da segurança pública com os cidadãos daquela localidade e naquela época, é basicamente impossível atribuir um número certeiro de casos, por simplesmente não existirem dados conclusivos sobre os casos.

Naquela época, por exemplo, não existia uma das pistas forenses mais tradicionais, que é a impressão digital, essas, só foram aparecer, digamos assim, no portfólio da Scotland Yard em 1910 salve engano.

Todas as mortes atribuídas oficialmente por Jack, possuíam uma linha de características:

  • Todas, eram mulheres, que de alguma forma, caíram na miséria.
  • Todas as vitimas, eram prostitutas.

Uma veio do interior, outra era alcoólatra, uma vinha de um casamento desastroso, outra era acusada de pequenos roubos.

Alguns dos documentos da Scotland Yard, os registros de óbito, mostram que elas morreram de forma bem parecida:

  • Estrangulamento
  • Lesões cortantes na garganta
  • Mutilações por todo o corpo.

Todos os crimes foram cometidos de madrugada, principalmente em feriados ou fins de semana. O que indica que o assassino possuía trabalho físico e/ou ainda era casado.

Apesar da proximidade dos crimes, é muito pouco provável, que as vitimas se conhecessem, apesar de todas terem sido assassinadas com poucas quadras de distância umas das outras.

Com essas informações então chegamos as cinco vítimas canônicas de Jack, o Estripador!

As Cinco Vítimas Canônicas

Os cinco nomes são:

Mary Ann Nichols

Mary Ann Nichols

A primeira, tinha 42 anos na época do crime, e foi morta no dia 31 de agosto de 1888.

Depois de abandonar cinco filhos e fugir de um trabalho de empregada doméstica de onde roubou algumas mudas de roupa, Mary Ann acabou se prostituindo para sobreviver.

Na noite da sua morte, ela foi barrada na porta de uma pensão por não ter dinheiro para pagar o quarto.

Foi encontrada morta e mutilada em um beco a duas quadras do local, onde parou para conversar com uma amiga, a última pessoa que a viu.

Polly, como ela era conhecida, só passou a ser considerada a primeira vítima de Jack a partir de 1950, quando o caso foi analisado com métodos modernos de medicina legal.

Annie Chapman

No dia 8 de setembro de 1888, Annie Chapman saiu da pensão onde morava, à 1h30 da madrugada, dizendo ao porteiro que logo voltaria.

Matéria de jornal da época com foto de Annie Chapmam morta

Tuberculosa, sifilítica, alcoólatra, ela precisava arranjar dois ou três pences (uma fração de libra) para pagar o pernoite.

Quatro horas depois, o corpo dela foi encontrado no quintal de um sobrado a 300 metros dali.

Ela tinha a garganta cortada, o abdômen mutilado e alguns órgãos haviam sido retirados.

Suas Jóias, e as moedas que acabara de receber estavam cuidadosamente colocadas ao lado do corpo.

Elizabeth “Long Liz” Stride

No dia 30 de setembro de 1888, foi a vez da prostituta Elizabeth Stride ser morta no início da noite.

Elizabeth “Long Liz” Stride

Uma pessoa chegou a ouvir seus gritos, mas saiu correndo apavorada.

A presença da testemunha, no entanto, surpreendeu o assassino, que não teve tempo de concluir seu ritual de mutilação.

Elizabeth sofreu apenas um corte de 10 centímetros na garganta e morreu numa poça de sangue.

Catherine Eddowes

Catherine Eddowes

Ainda em 30 de setembro, apenas Uma hora após morte de Elizabeth, outra prostituta, Catherine Eddowes, foi encontrada com a garganta cortada, o abdômen e o rosto mutilados, sem um rim, uma orelha e os ovários.

Além disso, havia um bilhete numa parede próxima: “os judeus não são culpados por nada“.

Para evitar mais um ataque aos judeus, que vinham sendo muito hostilizados, como culpados dos crimes, ou acobertarem o culpado, a mensagem foi apagada antes que os fotógrafos chegassem.

Mary Jane Kelly

A quinta e última morte oficialmente atribuída a Jack foi a de Mary Jane Kelly.

Ela era a mais nova das vítimas, com 25 anos.

Diferentemente dos crimes anteriores, Mary foi atacada no quarto onde atendia seus clientes, no dia 9 de novembro.

Longe das ruas escuras de Whitechapel, e sem se preocupar em ser flagrado, o assassino mutilou a retalhou a moça em mais de 100 pedaços.

Mary Jane Kelly

Supostas Vítimas

Além destas vítimas, existem mais algumas suposições, como dissemos no arquivo oficial da Scotland Yard, são 11 nomes, basicamente o arquivo de mortes descreve algo como a evolução de um assassino, tenho certeza que os caras de Mindhunter ficaram loucos com as histórias, só para ter uma amostra disso, separei os dois dos casos desta lista:

Emma Smith

Representação de jornal da epoca do crime cometido contra Emma SmithEmma Smith, que foi atacada nas primeiras horas do dia 3 de abril de 1888.

Mais tarde, ela morreu de seus ferimentos no Hospital de Londres e, como resultado, o nome dela se tornou o primeiro a aparecer no arquivo dos assassinatos de Whitechapel.

Ela quase certamente, não foi vítima de Jack, o Estripador. Porque quando acordou ainda no hospital, ela relatou ter sido estuprada e agredida por uma gangue local, foram três os agressores que utilizaram algum artefato para enfiar em sua vagina, o que fez com que ela desenvolvesse uma peritonite que foi a causa oficial de sua morte

Martha Tabram
Fotografia mortuária de Martha Tabram

Em 7 de agosto de 1888, o corpo de Martha Tabram foi encontrado em George Yard, uma rua de Whitechapel.

Ela havia sido submetida a um ataque horrendo e muito violento no decorrer do qual sofrerá 39 facadas frenéticas na garganta, no peito e no abdômen.

Martha Tabram, ou por vezes citada em documentos como Martha Turner, isso porque o ataque que ela sofreu foi de extrema violência ao contrário dos cinco canônicos.

A única evidência que sugere que ela era uma vítima de Jack, é que seu assassino tinha atingido sua garganta e abdômen, porém fica no campo da especulação.

Origem do Apelido Jack

Todo o alvoroço causado pelo caso, fez com que a imprensa local ficasse insana, isso porque, para quem pensa que o trotes começaram com alguém se passando ser da Telerj, está muito enganado, na época centenas de cartas e bilhetes foram enviados aos jornais locais, que por sua vez publicaram tudo, porque afinal de contas, esse caso vendia e muito!

Cartas para o Central News com a assinatura: Jack, O Estripador

No museu dedicado a Jack, existe o registro de quase 600 cartas e bilhetes, supostamente assinados por ele que chegaram aos jornais e delegacias de polícia.

Porém, depois do duplo homicídio do dia 30 de agosto, uma das mensagens foi levada ao alto escalão da Scotland Yard.

Supostamente endereçada à Central News (uma agência de notícias), e três dias antes da morte de Elizabeth e Catherine, a carta continha promessas do assassino: “no próximo trabalho, eu vou tirar as orelhas das damas e mandar para os escritórios da polícia” e foi exatamente isso o que aconteceu com a segunda vítima daquela noite, a Catherine.

Cartas para o Central News com a assinatura: Jack, O Estripador

A fim de identificar a letra do autor, a polícia mandou imprimir a carta em jornais e panfletos que foram distribuídos na rua.

É nesta carta, que veio o nome pelo qual o assassino ficou conhecido. Quem assinava a mensagem era um tal “Jack, o Estripador”.

Porém há alguns anos, foi descoberto que na verdade, essa carta, foi um grande golpe de publicidade e de sorte, porque ela foi criada pela própria Central News.

Segundo conta o historiador Donald Rumbelow, e autor do livro “Jack, o Estripador”, lançado pela editora Record, e que reúne a “investigação definitiva” sobre o assunto, o nome escolhido pela Central News é uma referência a Jack Pés de Mola, ou o “Terror de Londres” que entre 1837 e 1838, andava pelas ruas britânicas com roupa de morcego, e rasgava as roupas das mulheres e fugia aos pulos.

Jack Salto De Mola, Edição 2 capa da Biblioteca de Aldine “Spring Heeled Jack” de 1904

Uma correspondência original

Porém nem todas as cartas eram falsificações para fazer graça ou chamar atenção, no dia 16 de outubro de 1888, quatro mulheres já tinham sido mortas, e o inspetor George Lusk, que era o encarregado da região leste de Londres, recebeu uma caixa que tinha uma carta e um frasco com um pedaço de rim preservado em formol.

A mensagem, enviada com remetente “do inferno”, dizia: “Envio-lhe a metade do rim que eu tirei de uma mulher e que conservei para o senhor. O outro pedaço eu fritei e comi e estava muito bom. Talvez eu envie a faca ensanguentada que o tirou se esperar um pouco mais”.

Imagem da carta recebida pelo detetive Lusk com a famosa inscrição: “Do Inferno”

Final da primeira parte

E como eu disse no programa, trataremos de Jack o estripador em partes!

E essa é a primeira parte, nos próximos programas iremos tratar de suspeitos e uma das partes que eu acho mais divertidas, as representações do caso na cultura pop!

Links Base Para a Série

Esses links não são fixos, conforme a série de programas for se desenvolvendo, mais links surgirão.

História

https://www.jack-the-ripper.org/
https://www.britannica.com/biography/Jack-the-Ripper
https://www.history.com/topics/british-history/jack-the-ripper
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-serial-killer-jack-o-estripador.phtml
https://noticias.terra.com.br/educacao/infograficos/jack-o-estripador/
https://istoe.com.br/o-crime-perfeito-de-jack-o-estripador/
https://www.history.com/topics/british-history/jack-the-ripper

Curiosidades

https://www.getyourguide.com.br/activity/londres-l57/londres-ingresso-para-o-jack-the-ripper-museum-t58328?utm_force=0
https://www.tripadvisor.com.br/ShowUserReviews-g186338-d1155673-r316187954-The_Ten_Bells-London_England.html
https://www.dw.com/pt-br/postal-escrito-por-jack-o-estripador-%C3%A9-leiloado-por-25-mil-euros/a-43601891

Suspeitos

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/misterio-de-130-anos-possivel-identidade-de-jack-o-estripador-e-revelada.phtml
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/retrato-falado-jack-o-estripador-o-pai-dos-serial-killers/
https://www.hypeness.com.br/2018/01/lewis-carroll-autor-de-alice-no-pais-das-maravilhas-era-o-jack-o-estripador/

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