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BAURU E SEU ANTIGO CEMITÉRIO DOS LEPROSOS - LendaCast

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Quando fiquei sabendo que existia um cemitério desativado em Bauru, no interior de São Paulo, fui logo conhecê-lo. Ele faz parte do Antigo Asilo Colônia Aimorés, que tratava pessoas com hanseníase, ou seja, a lepra, doença que mudou de nome em 1995. O local, inaugurado em 1933, chegou a receber mais de 2 mil pessoas em tratamento, que ficavam reclusas da sociedade, por conta do contágio. Eram os chamados "hospitais colônia", que recebiam pacientes para internação compulsória, ou seja, à força. Além disso, a lepra era uma doença muito contagiosa e ainda não tinha tratamento adequado. Sem contar que era uma enfermidade muito cruel, pois a infecção, quando não tratada, fazia com que os pacientes perdessem partes do corpo, ainda em vida.

Com o alto índice de mortes dentro da colônia, que eles chamavam de "Leprosário de Bauru", os mortos não podiam ser sepultados em cemitérios comuns, construídos na cidade. Então, construíram esse cemitério afastado de tudo, cuja entrada era permitida somente à funcionários da colônia. Em sua maioria, as sepulturas eram esculpidas em cimento e é quase impossível encontrar uma fotografia ou um túmulo que dê para ler a identificação dos mortos no epitáfio. Não se sabe exatamente, quando os sepultamentos pararam de acontecer neste cemitério, mas tudo indica que foi por volta dos anos 70, pois a maioria das sepulturas não possuem datas de enterro após essa década. Portanto, o cemitério pode estar abandonado há mais de 40 anos. Pensando nisso, resolvi gravar um episódio do LendaCast (o podcast do Lenda), sobre a história deste cemitério, que é bastante triste. Para ouvir, acesse os Stories do Instagram “OLendaTV” ou ouça em sua plataforma de áudio preferida, buscando pelo episódio "Bauru e Seu Antigo Cemitério dos Leprosos".

--- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/lendacast/message
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Quando fiquei sabendo que existia um cemitério desativado em Bauru, no interior de São Paulo, fui logo conhecê-lo. Ele faz parte do Antigo Asilo Colônia Aimorés, que tratava pessoas com hanseníase, ou seja, a lepra, doença que mudou de nome em 1995. O local, inaugurado em 1933, chegou a receber mais de 2 mil pessoas em tratamento, que ficavam reclusas da sociedade, por conta do contágio. Eram os chamados "hospitais colônia", que recebiam pacientes para internação compulsória, ou seja, à força. Além disso, a lepra era uma doença muito contagiosa e ainda não tinha tratamento adequado. Sem contar que era uma enfermidade muito cruel, pois a infecção, quando não tratada, fazia com que os pacientes perdessem partes do corpo, ainda em vida.

Com o alto índice de mortes dentro da colônia, que eles chamavam de "Leprosário de Bauru", os mortos não podiam ser sepultados em cemitérios comuns, construídos na cidade. Então, construíram esse cemitério afastado de tudo, cuja entrada era permitida somente à funcionários da colônia. Em sua maioria, as sepulturas eram esculpidas em cimento e é quase impossível encontrar uma fotografia ou um túmulo que dê para ler a identificação dos mortos no epitáfio. Não se sabe exatamente, quando os sepultamentos pararam de acontecer neste cemitério, mas tudo indica que foi por volta dos anos 70, pois a maioria das sepulturas não possuem datas de enterro após essa década. Portanto, o cemitério pode estar abandonado há mais de 40 anos. Pensando nisso, resolvi gravar um episódio do LendaCast (o podcast do Lenda), sobre a história deste cemitério, que é bastante triste. Para ouvir, acesse os Stories do Instagram “OLendaTV” ou ouça em sua plataforma de áudio preferida, buscando pelo episódio "Bauru e Seu Antigo Cemitério dos Leprosos".

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