Grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast. A jornalista Renata Capucci vai trazer, a cada segunda-feira, uma história diferente com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação.
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Mathias Alencastro: 'O grande desafio das democracias é a emergência climática'
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Por Gama Revista descoberto pelo Player FM e nossa comunidade - Os direitos autorais são de propriedade do editor, não do Player FM, e o áudio é transmitido diretamente de seus servidores. Toque no botão Assinar para acompanhar as atualizações no Player FM, ou copie a feed URL em outros aplicativos de podcast.
A crise das democracias a que assistimos hoje em diferentes partes do mundo se deve a três fatores: à tecnologia; ao choque do capitalismo, a partir de 2008; e à emergência climática. Essa última é o maior desafio que as democracias ao redor do globo enfrentam hoje, de acordo com o cientista político Mathias Alencastro, convidado desta edição do Podcast da Semana.
Doutor pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) ele avalia que, no Brasil, o governo Bolsonaro colocou a Amazônia como assunto central do país frente à comunidade global por seu projeto de destruição. Nos EUA, o desastre ambiental causado pelo furacão Ian na Flórida deve fazer emergir uma nova figura política fundamental para a extrema direita. Na Europa, todo o sistema de produção industrial deve ser repensado, mudar a vida das pessoas e dar novas oportundiades à extrema direita, afirma a Gama.
Colunista da Folha de S.Paulo e professor da Universidade Federal do ABC, Alencastro lembra que essa não é uma crise sem precedentes, mas que repete origens do fascimo dos anos 1930 e do militarismo dos anos 1960. O populismo, segundo ele, faz parte da arte da democracia, mas também pode ter peso sobre as ameaças que pairam sobre ela.
Ele comenta as eleições da Itália e relciona a era Silvio Berlusconi e o seu “Bunga Buga”, as orgias promovidas pelo então presidente da Itália, com os discursos sobre virilidade de Jair Bolsonaro: “Parecia uma figura folclórica mas era uma espécie de janela para o futuro”. Comenta ainda o exemplo da Venezuela, que considera ímpar no cenário geopolítico.
Por fim, Alencastro afirma também que estabilidade não é algo inerente à democracia, considerando que é um processo contínuo de construção.
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Doutor pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) ele avalia que, no Brasil, o governo Bolsonaro colocou a Amazônia como assunto central do país frente à comunidade global por seu projeto de destruição. Nos EUA, o desastre ambiental causado pelo furacão Ian na Flórida deve fazer emergir uma nova figura política fundamental para a extrema direita. Na Europa, todo o sistema de produção industrial deve ser repensado, mudar a vida das pessoas e dar novas oportundiades à extrema direita, afirma a Gama.
Colunista da Folha de S.Paulo e professor da Universidade Federal do ABC, Alencastro lembra que essa não é uma crise sem precedentes, mas que repete origens do fascimo dos anos 1930 e do militarismo dos anos 1960. O populismo, segundo ele, faz parte da arte da democracia, mas também pode ter peso sobre as ameaças que pairam sobre ela.
Ele comenta as eleições da Itália e relciona a era Silvio Berlusconi e o seu “Bunga Buga”, as orgias promovidas pelo então presidente da Itália, com os discursos sobre virilidade de Jair Bolsonaro: “Parecia uma figura folclórica mas era uma espécie de janela para o futuro”. Comenta ainda o exemplo da Venezuela, que considera ímpar no cenário geopolítico.
Por fim, Alencastro afirma também que estabilidade não é algo inerente à democracia, considerando que é um processo contínuo de construção.
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