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Cafezinho 429 – Minha tribo

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O ser humano, naturalmente, só confia em membros de sua tribo. E quem abraça causas de outra tribo, se transforma nos tais “eles”, aqueles agentes “do mal” que precisam ser exterminados, pois ameaçam nossa tribo, a tribo de gente “do bem”.

Sigmund Freud escreveu que para explicar o comportamento humano, deveríamos classificar os instintos em duas classes: os instintos de vida e os instintos da morte. Influenciado pela carnificina da I Guerra Mundial, que matou aproximadamente 9 milhões de pessoas entre 1914 e 1918, Freud concluiu que deveria existir, além dos instintos da vida – o sexual e o da autopreservação – uma força demoníaca, um tal instinto da morte. O que, afinal, fazia com que as pessoas deixassem de lado o instinto da vida para apelar para o instinto da morte, nele inclusas a ofensa e a agressão?

No mundo de hoje, complicadíssimo e incompreensível, é natural que as pessoas que se sintam incapazes, impotentes, abandonadas ou ofendidas – e portanto, inseguras – se tornem iradas e submetidas aos argumentos simplistas dos demagogos. Com as mídias sociais, então, meu…

É então que nos deparamos com um paradoxo: para superar seus medos, as pessoas se submetem às mais perigosas lideranças, àquelas que prometem a elas o poder que lhes foi subtraído. Deixe-me usar o termo da moda: àquelas que prometem o empoderamento.

Sentir-se parte da tribo que luta pelo bem, dá a ilusão de superioridade sobre os outros grupos, tratados como inferiores. Você sabe como é? Você pensa diferente de mim, portanto deve ser inferior a mim. E tome tiro, porrada e bomba. E os demagogos partem para criar e cultivar inimigos, a prometer o céu, a paz, a harmonia, enquanto apedrejam os “eles”. Nesse ponto, o instinto de autopreservação da sociedade já dançou. Acabamos como sociedade. Nos tornamos inimigos de nossos vizinhos e tudo que buscamos é sua destruição.

E no limite, a violência, o xingar, o ofender, o ameaçar, passa a dar… prazer.

Isca: “Eles” não precisam ser inimigos

No Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=t9Au1KQ3l34

Gostou? De onde veio este, tem muito, mas muito mais. Acesse http://mundocafebrasil.com

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Sigmund Freud escreveu que para explicar o comportamento humano, deveríamos classificar os instintos em duas classes: os instintos de vida e os instintos da morte. Influenciado pela carnificina da I Guerra Mundial, que matou aproximadamente 9 milhões de pessoas entre 1914 e 1918, Freud concluiu que deveria existir, além dos instintos da vida – o sexual e o da autopreservação – uma força demoníaca, um tal instinto da morte. O que, afinal, fazia com que as pessoas deixassem de lado o instinto da vida para apelar para o instinto da morte, nele inclusas a ofensa e a agressão?

No mundo de hoje, complicadíssimo e incompreensível, é natural que as pessoas que se sintam incapazes, impotentes, abandonadas ou ofendidas – e portanto, inseguras – se tornem iradas e submetidas aos argumentos simplistas dos demagogos. Com as mídias sociais, então, meu…

É então que nos deparamos com um paradoxo: para superar seus medos, as pessoas se submetem às mais perigosas lideranças, àquelas que prometem a elas o poder que lhes foi subtraído. Deixe-me usar o termo da moda: àquelas que prometem o empoderamento.

Sentir-se parte da tribo que luta pelo bem, dá a ilusão de superioridade sobre os outros grupos, tratados como inferiores. Você sabe como é? Você pensa diferente de mim, portanto deve ser inferior a mim. E tome tiro, porrada e bomba. E os demagogos partem para criar e cultivar inimigos, a prometer o céu, a paz, a harmonia, enquanto apedrejam os “eles”. Nesse ponto, o instinto de autopreservação da sociedade já dançou. Acabamos como sociedade. Nos tornamos inimigos de nossos vizinhos e tudo que buscamos é sua destruição.

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