Episode 247: CAT_ PROGRAMA VIVA VOZ SAÚDE: 6 de Agosto - Dia Estadual da Luta contra a Tuberculose (RJ), temos o que celebrar?
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O Programa Viva Voz Saúde, na Rádio Nossa Senhora de Copacabana, iniciativa do Centro de Apoio ao Tabagista - CAT, versou sobre a tuberculose (30/07/2022) (1h44m).
Entrevistamos Carlos Basília (psicólogo social, coordenador do Observatório da Tuberculose da Fundação Osvaldo Cruz e cofundador do Fórum de Tuberculose do Estado do Rio de Janeiro) e Debora Fontenelle (médica, assessora técnica da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro). Por telefone, tivemos também a participação de Márcia Badaró, psicóloga e membro da secretaria executiva do Fórum Permanente de Saúde no Sistema Prisional do Estado do Rio de Janeiro.
O dia 6 de agosto é a dia da fundação do então Fórum de ONGs Tuberculose do Estado do Rio de Janeiro, o que posteriormente também tornou-se a data estadual de enfrentamento da tísica em nosso estado, numa articulação com a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
A tuberculose é uma das doenças mais antigas da humanidade, já tendo sido encontrada em seres de espécie anterior a nossa, na Homo erectus. Durante milênios dizimou populações planeta afora, mas o jogo começou a mudar no final do Século XIX, quando o pesquisador alemão Robert Koch anunciou aos seus pares ter descoberto o agente causador da moléstia: a bactéria (em formato de bacilo) Mycobacterium tuberculosis. Entretanto, só ao final da década de 40 do século seguinte, em experimento do médico ucraniano, naturalizado americano, Selman Waksman, chegou-se ao primeiro fármaco capaz de enfrentar o micróbio, a Estreptomicina.
Não obstante estas duas conquistas fantásticas da humanidade, os números da doença hoje em dia ainda são aterradores, a saber: 10 milhões de casos novos a cada ano no mundo, 2,5 bilhões de terráqueos infectados pela Mycobacterium tuberculosis, cerca de 1,4 milhão de mortes e mais de 460 mil casos de tuberculose com algum nível de resistência bacteriológica aos antibióticos.
Considerada um marcador social, a doença não é exclusiva dos mais vulneráveis, podendo acometer qualquer indivíduo que tenha o sua imunidade reduzida, seja por doenças concomitantes _ Aids, cânceres, diabetes e tabagismo, por exemplo, seja por questões ligadas à desnutrição. Fatores como educação, renda e moradia são determinantes para a eclosão de casos. Doença de transmissão aérea, pessoa-a-pessoa, se aproveita de lugares pouco arejados e/ou ensolarados, para aumentar a capacidade de transmissão. Nisto, os sistemas prisionais brasileiros e as residências lúgrubres de comunidades pobres do país são preocupação enorme dos ativistas da saúde pública.
Favor divulgar o programa, pois informação muda comportamentos de risco e possibilita que lideranças comunitárias exerçam o papel que lhes cabe com mais vigor.
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