Artwork

Conteúdo fornecido por S/A O Estado de S.Paulo and Rádio Eldorado. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por S/A O Estado de S.Paulo and Rádio Eldorado ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.
Player FM - Aplicativo de podcast
Fique off-line com o app Player FM !

Mulheres Reais: "Dá licença, mas eu também penso"

17:42
 
Compartilhar
 

Manage episode 328575797 series 1422926
Conteúdo fornecido por S/A O Estado de S.Paulo and Rádio Eldorado. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por S/A O Estado de S.Paulo and Rádio Eldorado ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.

Há uma série de muletas linguísticas usadas por mulheres, ainda que empoderadas, que sabotam e enfraquecem seu discurso. O comportamento é herança de uma sociedade limitadora, na qual o sexo feminino sempre precisou “pedir licença’ para ocupar espaços de destaque. "Pagamos um preço por ousar estar em lugares não reconhecidos como próprios da mulher”, explica Luciane de Paula. A verbivocovisualidade da linguagem é um dos objetos de estudo da professora da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis. Apesar do nome complicado, a doutora em Linguística e Língua Portuguesa traduz em exemplos as sabotagens que nos auto impomos em casa ou no trabalho. O uso das conjunções adversativas, como ‘mas’, ‘contudo’ e ‘entretanto’ é uma das muletas mais traiçoeiras. “Eu concordo com você, MAS também penso que… Então você não concorda! Essa maneira polida e delicada de se colocar fragiliza o discurso. Se você discorda, porque não coloca a ideia contrária em seguida? Para piorar, seu argumento de educação, de tatear espaços antes de se posicionar com firmeza, geralmente é usado contra você”, justifica Luciene no Mulheres Reais.

Uso do tom de voz mais agudo, pausas ou aceleração da fala, emprego excessivo de adjetivos e de diminutivos, além da busca pela confirmação do interlocutor (os famosos “né?, concorda?, isso faz sentido para você?”) engrossam a lista de hábitos que transmitem hesitação, insegurança ou autodesvalorização. São como códigos que dizem “Dá licença, mas eu também penso”. O primeiro passo para fugir das armadilhas, segundo a pesquisadora, é identificar quais são as suas muletas do dia a dia.

A coluna Mulheres Reais é apresentada por Luciana Garbin e Carolina Ercolin e aborda questões femininas na sociedade. Sempre às segundas, 8h20, na Rádio Eldorado.

See omnystudio.com/listener for privacy information.

  continue reading

10075 episódios

Artwork
iconCompartilhar
 
Manage episode 328575797 series 1422926
Conteúdo fornecido por S/A O Estado de S.Paulo and Rádio Eldorado. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por S/A O Estado de S.Paulo and Rádio Eldorado ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.

Há uma série de muletas linguísticas usadas por mulheres, ainda que empoderadas, que sabotam e enfraquecem seu discurso. O comportamento é herança de uma sociedade limitadora, na qual o sexo feminino sempre precisou “pedir licença’ para ocupar espaços de destaque. "Pagamos um preço por ousar estar em lugares não reconhecidos como próprios da mulher”, explica Luciane de Paula. A verbivocovisualidade da linguagem é um dos objetos de estudo da professora da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis. Apesar do nome complicado, a doutora em Linguística e Língua Portuguesa traduz em exemplos as sabotagens que nos auto impomos em casa ou no trabalho. O uso das conjunções adversativas, como ‘mas’, ‘contudo’ e ‘entretanto’ é uma das muletas mais traiçoeiras. “Eu concordo com você, MAS também penso que… Então você não concorda! Essa maneira polida e delicada de se colocar fragiliza o discurso. Se você discorda, porque não coloca a ideia contrária em seguida? Para piorar, seu argumento de educação, de tatear espaços antes de se posicionar com firmeza, geralmente é usado contra você”, justifica Luciene no Mulheres Reais.

Uso do tom de voz mais agudo, pausas ou aceleração da fala, emprego excessivo de adjetivos e de diminutivos, além da busca pela confirmação do interlocutor (os famosos “né?, concorda?, isso faz sentido para você?”) engrossam a lista de hábitos que transmitem hesitação, insegurança ou autodesvalorização. São como códigos que dizem “Dá licença, mas eu também penso”. O primeiro passo para fugir das armadilhas, segundo a pesquisadora, é identificar quais são as suas muletas do dia a dia.

A coluna Mulheres Reais é apresentada por Luciana Garbin e Carolina Ercolin e aborda questões femininas na sociedade. Sempre às segundas, 8h20, na Rádio Eldorado.

See omnystudio.com/listener for privacy information.

  continue reading

10075 episódios

Minden epizód

×
 
Loading …

Bem vindo ao Player FM!

O Player FM procura na web por podcasts de alta qualidade para você curtir agora mesmo. É o melhor app de podcast e funciona no Android, iPhone e web. Inscreva-se para sincronizar as assinaturas entre os dispositivos.

 

Guia rápido de referências