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Conversa ordinária - Afinal, quem somos nós?

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Para marcar a volta do Conversa Ordinária para esse ano de 2021, escolhemos o dia de Iemanjá. Não por uma questão religiosa, mas sim por uma questão de identidade cultural e forma de mostrar como os símbolos negros, apesar de demonizados, são fundamentais na construção sociocultural desse país. Mesmo para o pentecostal carioca, o dia de São Jorge é importante para sua formação e definição como indivíduo.

“Nossa Conversa Ordinária mudou”... essa frase é corriqueira dentro do nosso coletivo. E que bom que mudamos! 2021 chegou, o ano mudou, mas se não promovermos mudanças pessoais, não nos permitirmos a transformação... nada vai mudar! Em 2020, no inicio do projeto Conversa Ordinária tínhamos como meta encontrar “soluções para os problemas sociais a partir do debate do racismo”, tá escrito lá no nosso manifesto. Mas dentre as inúmeras lições que aprendemos em 2020, a principal foi compreender que buscar essas “soluções” era pular uma fase importante: o caminho! Mais importante que descobrir onde chegaremos ... é o caminho (ou caminhos) que percorremos! Ver a beleza de sentir, se afetar, aprender e desaprender com todos os processos e pessoas que cruzam esse caminho. Foi o que fizemos no Conversa Ordinária em 2020, pela troca com os convidados, por escutar os potentes relatos com cuidado e atenção, e reconhecer nas inúmeras propostas para a luta antirracista que não existe uma solução, existem caminhos, existe uma rica pluralidade preta, existe força na ancestralidade e também no afrofuturismo... passado, presente e futuro nos lembram que a maior prova de resistência preta é justamente nos manter vivos, produtivos e atentos ao nosso apagamento.

Nosso 2021 começou com mais uma criança preta perdendo a vida por uma bala “perdida” no Rio de Janeiro... uma bala que tem um “caminho” muito mais complexo que a trajetória do projétil feito por qualquer pericia policial. A estrutura racista sempre nos lembra, da maneira mais violenta possível, que nossa existência é incômoda, descartável e superficial para a branquitude colonial. O caminho do ódio e da raiva, para combater esse embraquecimento genuíno, precisa ser respeitado e aceito como uma resposta visceral à violência diária que pretes vivem no cotidiano. Mas existem outros caminhos pra além da raiva e ódio... que também são válidos na luta antirracista! O caminho do afeto, o caminho aberto pelo poder do sorriso, o caminho do diálogo... o caminho fruto de transformações sociais! Potencializar nossos saberes pra além de qualquer forma de silenciamento da estrutura.... o orgulho preto! Orgulho de sermos fotógrafos sensíveis, cozinheiros ou cozinheiras que ensinam e aprendem sobre a cultura afro-brasileira, cantoras que encantam com poesia e vozes marcantes, professores que ensinam sobre protagonistas pretos e outras narrativas históricas, artesãs que pensam a moda preta e a ancestralidade, pretes com a consciência e orgulho de seus cabelos, roupas, acessórios, crenças, discursos e imagens. Temos direito a existir plenamente e exercer nossa cidadania... ter apoio para nossa saúde mental, tempo e espaço de lazer, sermos agentes e consumidores de cultura de todas as esferas. Ganhar visibilidade sendo ultramaratonista, cervejeiro, ilustrador ou ator circense que leva sorriso pra todo e qualquer lugar. Que em 2021 nós possamos nos alimentar de nossa pluralidade e usar o orgulho preto como um caminho possível para combater o racismo. Aprender a ouvir, trocar e nos transformar. Nossa Conversa ordinária mudou e vai mudar... vem com a gente!

A partir dessa discussão vamos debater nossa identidade como indivíduos e coletivo, abrindo caminho para o nosso ano de 2021

Não esqueça de nos seguir nas redes sociais, visitar nosso site https://www.conversaordinaria.com.br​ e dar aquela força no nosso https://www.apoia.se/conversaordinaria

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“Nossa Conversa Ordinária mudou”... essa frase é corriqueira dentro do nosso coletivo. E que bom que mudamos! 2021 chegou, o ano mudou, mas se não promovermos mudanças pessoais, não nos permitirmos a transformação... nada vai mudar! Em 2020, no inicio do projeto Conversa Ordinária tínhamos como meta encontrar “soluções para os problemas sociais a partir do debate do racismo”, tá escrito lá no nosso manifesto. Mas dentre as inúmeras lições que aprendemos em 2020, a principal foi compreender que buscar essas “soluções” era pular uma fase importante: o caminho! Mais importante que descobrir onde chegaremos ... é o caminho (ou caminhos) que percorremos! Ver a beleza de sentir, se afetar, aprender e desaprender com todos os processos e pessoas que cruzam esse caminho. Foi o que fizemos no Conversa Ordinária em 2020, pela troca com os convidados, por escutar os potentes relatos com cuidado e atenção, e reconhecer nas inúmeras propostas para a luta antirracista que não existe uma solução, existem caminhos, existe uma rica pluralidade preta, existe força na ancestralidade e também no afrofuturismo... passado, presente e futuro nos lembram que a maior prova de resistência preta é justamente nos manter vivos, produtivos e atentos ao nosso apagamento.

Nosso 2021 começou com mais uma criança preta perdendo a vida por uma bala “perdida” no Rio de Janeiro... uma bala que tem um “caminho” muito mais complexo que a trajetória do projétil feito por qualquer pericia policial. A estrutura racista sempre nos lembra, da maneira mais violenta possível, que nossa existência é incômoda, descartável e superficial para a branquitude colonial. O caminho do ódio e da raiva, para combater esse embraquecimento genuíno, precisa ser respeitado e aceito como uma resposta visceral à violência diária que pretes vivem no cotidiano. Mas existem outros caminhos pra além da raiva e ódio... que também são válidos na luta antirracista! O caminho do afeto, o caminho aberto pelo poder do sorriso, o caminho do diálogo... o caminho fruto de transformações sociais! Potencializar nossos saberes pra além de qualquer forma de silenciamento da estrutura.... o orgulho preto! Orgulho de sermos fotógrafos sensíveis, cozinheiros ou cozinheiras que ensinam e aprendem sobre a cultura afro-brasileira, cantoras que encantam com poesia e vozes marcantes, professores que ensinam sobre protagonistas pretos e outras narrativas históricas, artesãs que pensam a moda preta e a ancestralidade, pretes com a consciência e orgulho de seus cabelos, roupas, acessórios, crenças, discursos e imagens. Temos direito a existir plenamente e exercer nossa cidadania... ter apoio para nossa saúde mental, tempo e espaço de lazer, sermos agentes e consumidores de cultura de todas as esferas. Ganhar visibilidade sendo ultramaratonista, cervejeiro, ilustrador ou ator circense que leva sorriso pra todo e qualquer lugar. Que em 2021 nós possamos nos alimentar de nossa pluralidade e usar o orgulho preto como um caminho possível para combater o racismo. Aprender a ouvir, trocar e nos transformar. Nossa Conversa ordinária mudou e vai mudar... vem com a gente!

A partir dessa discussão vamos debater nossa identidade como indivíduos e coletivo, abrindo caminho para o nosso ano de 2021

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