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Conversa Ordinária - Quando a mulher negra se movimenta, toda a sociedade se movimenta com ela

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Nessa Conversa Ordinária a importância da luta da mulher preta contra o sistema branco opressor estará em pauta. Aliás essa deveria ser a pauta base de qualquer debate sobre sociedade e lutas contra hegemônicas! E para nos ajudar nessa conversa, vamos beber numa fonte feminina preta e potente: a recente aniversariante bell hooks.

Registrada como Gloria Watkins, bell hooks usa esse pseudônimo em homenagem a sua bisavó materna, e gostaria que fosse escrito em letras minúsculas, para que a atenção seja focada em suas ideias e não em sua identidade. Feminista, escritora, crítica cultural e ativista, a estadunidense tem uma vasta produção, com mais de 30 livros (incluindo obras infantis).

Diante de tantas obras importantes, é impossível eleger apenas uma contribuição significativa de bell para o debate sobre feminismo preto... O lugar da mulher preta é onde que ela quiser, mas principalmente na luta!

Bell nos ajuda a pensar nas raízes da interseccionalidade, uma categoria fundamental para pensar os diversos sistemas de opressão, articulando raça, gênero e classe. Ignorar qualquer dimensão de análise dessas, é não ter a real compreensão das opressões que invisibilizam a mulher preta na sociedade, e por conseguinte, o papel vital da mesma na luta pela real equidade. Para a mulher as práticas colonizadoras chega primeiro pela cor... e depois pelo gênero.

Outra contribuição importante é sobre a potência do amor: “a arte e a forma de amar começa na capacidade de nos conhecer e nos afirmar.” Para a autora amar a si (orgulho de seus traços, identidade preta e ancestralidade) e ao próximo (amar a si e também o seu diferente) é um ato revolucionário ... “amar a negritude” faz parte de um ato descolonizador, um rompimento com pensamento supremacista branco que inferioriza, vitimiza e estigmatiza pretos.

Por fim, e não menos importante, traremos ao debate a prática pedagógica como um lugar, fundamentalmente político, e de resistência nas lutas antirracista e anticapitalista. Pensando na luta das mulheres pretas ocidentais é preciso valorizar o ato de lecionar, como um ato político na luta contra o sistema hegemônico, escravocrata e segregacionista.

Bell hooks defende que mulheres pretas precisam teorizar e subverter o feminismo “branco” (que desconsidera a opressão de caráter racial), o patriarcado e o racismo epistêmico dominante.

Uma conversa sobre amor, identidade, representatividade, a potencia da ancestralidade e do poder do conhecimento... e sobre luta... muita luta!

Não esqueça de nos seguir nas redes sociais, visitar nosso site https://www.conversaordinaria.com.br e dar aquela força no nosso https://www.apoia.se/conversaordinaria

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Bell nos ajuda a pensar nas raízes da interseccionalidade, uma categoria fundamental para pensar os diversos sistemas de opressão, articulando raça, gênero e classe. Ignorar qualquer dimensão de análise dessas, é não ter a real compreensão das opressões que invisibilizam a mulher preta na sociedade, e por conseguinte, o papel vital da mesma na luta pela real equidade. Para a mulher as práticas colonizadoras chega primeiro pela cor... e depois pelo gênero.

Outra contribuição importante é sobre a potência do amor: “a arte e a forma de amar começa na capacidade de nos conhecer e nos afirmar.” Para a autora amar a si (orgulho de seus traços, identidade preta e ancestralidade) e ao próximo (amar a si e também o seu diferente) é um ato revolucionário ... “amar a negritude” faz parte de um ato descolonizador, um rompimento com pensamento supremacista branco que inferioriza, vitimiza e estigmatiza pretos.

Por fim, e não menos importante, traremos ao debate a prática pedagógica como um lugar, fundamentalmente político, e de resistência nas lutas antirracista e anticapitalista. Pensando na luta das mulheres pretas ocidentais é preciso valorizar o ato de lecionar, como um ato político na luta contra o sistema hegemônico, escravocrata e segregacionista.

Bell hooks defende que mulheres pretas precisam teorizar e subverter o feminismo “branco” (que desconsidera a opressão de caráter racial), o patriarcado e o racismo epistêmico dominante.

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