A ilusão do OURO DE TOLO e o verdadeiro valor das coisas | Italo Marsili

Italo Marsili

Quando olhamos para a transcendência, tudo desse mundo perde o peso. E no momento em que falamos sobre o "ouro de tolo", podemos interpretar essa metáfora de duas formas. Em uma delas, vemos algo que reluz e aparenta ser valioso, mas ao descobrir sua verdadeira natureza, nos decepcionamos. Aquilo que parecia ouro revela-se como pirita, algo vulgar e sem valor real. Esse é o primeiro modo de olhar: a expectativa frustrada. Por outro lado, há uma forma mais profunda de compreender o "ouro de tolo". Quando aceitamos que muito do que reluz neste mundo não passa de uma ilusão, percebemos que o verdadeiro ouro é invisível e transcendente. Ele não pertence ao material, mas a algo superior, algo que talvez alcancemos se vivermos em busca do que realmente importa. Essa reflexão nos mostra que, mesmo diante da mesma realidade, nossa forma de se relacionar com ela pode ser completamente diferente. A questão é: onde está o verdadeiro valor? No que vemos ou no que transcende?