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#17 - Entre o Nascer e o Pôr do Sol: Yūgen (幽⽞) e Transcriações Estéticas em Tomie Ohtake e Haroldo de Campos

52:22
 
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O tema de hoje é semiótica e o convidado é o Felipe Mendes (@mendesuferipe).

O Felipe é estudante de pesquisa no departamento de Artes Performáticas 演劇学専攻 da Universidade de Osaka, onde desenvolve estudos sobre relações interculturais a partir do teatro nō.

Ele é Mestre em Letras pelo programa de Língua, Literatura e Cultura Japonesa da USP, com foco na tradução intersemiótica de concepções estéticas do Japão no contexto da arte nipo-brasileira. O Felipe é bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará. Desde criança, adora filmes de terror, música pop e animais. No tempo livre, gosta de ir ao cinema, ler um bom livro, tirar fotos de paisagens e apreciar bons drinks numa sexta à noite.

O Felipe apresentou a dissertação "Entre o Nascer e o Pôr do Sol: Yūgen (幽⽞) e Transcriações Estéticas em Tomie Ohtake e Haroldo de Campos

Felipe Mendes", em abril de 2022, pelo Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Ele foi orientado pela super professora Michiko Okano. A dissertação do Felipe é de uma profundidade que surpreende e está fresquinha lá no repositório da USP. E hoje, o Felipe já vai nos dar algumas explicações bem importantes que vão facilitar muito a nossa leitura.

Em 1998, Tomie Ohtake e Haroldo de Campos produziram juntos um álbum caligráfico-poético-pictórico composto por doze gravuras em metal, nas quais, sobre criações abstratas que a artista plástica desenvolveu a partir de poemas do poeta, este transcreveu seus versos. Intitularam a obra yū-gen. A dissertação do Felipe é dedicada, em um primeiro momento, a um percurso historiográfico dessa palavra, Yugen, desde a China, passando por diversas mudanças de sentido ao longo dos anos, por meio de sua introdução no arquipélago japonês. Com desafios complexos postos às múltiplas traduções interlinguais, intertemporais e interculturais dessa ideia, ele recorreu às proposições da semiótica peirceana sobre a primeiridade sígnica, e da semiótica lotmaniana no que toca a semiosfera e as relações fronteiriças. Essas discussões teóricas fundamentam o percurso até chegar à tradução transcriativa desenvolvida por Haroldo de Campos. Em meio às circunstâncias de produção das gravuras, o Felipe também contextualiza a antropofagia, a poesia concreta e o abstracionismo no Brasil, bem como a arte nipo-brasileira e o trabalho em conjunto de Tomie e Haroldo anterior a esse álbum. Dessa forma, o Felipe, junto com sua orientadora, analisou o processo transcriativo apresentado na obra, não apenas de uma aura estética do signo yūgen, mas também de diversos elementos culturais japoneses que compõem as temáticas da obra verbo-visual dos artistas.

Gostou? A dissertação dele está aqui: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8157/tde-05102022-145248/publico/2022_FelipeMendesPinto_VCorrig.pdf

Chegamos ao fim de mais uma temporada do Komorebicast e agradeço a todos os participantes por tanto conhecimento compartilhado e a todos os ouvintes pelo apoio de sempre! É um privilégio poder ler os trabalhos e ouvir explicações tão precisas sobre as mais diversas áreas de estudos japoneses desenvolvidos por brasileiros e fico muito feliz em contribuir um pouquinho para a divulgação desses estudos que demandam tanta dedicação e empenho. Muito obrigada e até ano que vem!

Quer nos mandar feedback? Escreve para a Anna no @komorebitranslations

Esta podcast é uma produção da MJ Podcasts

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Ele é Mestre em Letras pelo programa de Língua, Literatura e Cultura Japonesa da USP, com foco na tradução intersemiótica de concepções estéticas do Japão no contexto da arte nipo-brasileira. O Felipe é bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará. Desde criança, adora filmes de terror, música pop e animais. No tempo livre, gosta de ir ao cinema, ler um bom livro, tirar fotos de paisagens e apreciar bons drinks numa sexta à noite.

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Felipe Mendes", em abril de 2022, pelo Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Ele foi orientado pela super professora Michiko Okano. A dissertação do Felipe é de uma profundidade que surpreende e está fresquinha lá no repositório da USP. E hoje, o Felipe já vai nos dar algumas explicações bem importantes que vão facilitar muito a nossa leitura.

Em 1998, Tomie Ohtake e Haroldo de Campos produziram juntos um álbum caligráfico-poético-pictórico composto por doze gravuras em metal, nas quais, sobre criações abstratas que a artista plástica desenvolveu a partir de poemas do poeta, este transcreveu seus versos. Intitularam a obra yū-gen. A dissertação do Felipe é dedicada, em um primeiro momento, a um percurso historiográfico dessa palavra, Yugen, desde a China, passando por diversas mudanças de sentido ao longo dos anos, por meio de sua introdução no arquipélago japonês. Com desafios complexos postos às múltiplas traduções interlinguais, intertemporais e interculturais dessa ideia, ele recorreu às proposições da semiótica peirceana sobre a primeiridade sígnica, e da semiótica lotmaniana no que toca a semiosfera e as relações fronteiriças. Essas discussões teóricas fundamentam o percurso até chegar à tradução transcriativa desenvolvida por Haroldo de Campos. Em meio às circunstâncias de produção das gravuras, o Felipe também contextualiza a antropofagia, a poesia concreta e o abstracionismo no Brasil, bem como a arte nipo-brasileira e o trabalho em conjunto de Tomie e Haroldo anterior a esse álbum. Dessa forma, o Felipe, junto com sua orientadora, analisou o processo transcriativo apresentado na obra, não apenas de uma aura estética do signo yūgen, mas também de diversos elementos culturais japoneses que compõem as temáticas da obra verbo-visual dos artistas.

Gostou? A dissertação dele está aqui: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8157/tde-05102022-145248/publico/2022_FelipeMendesPinto_VCorrig.pdf

Chegamos ao fim de mais uma temporada do Komorebicast e agradeço a todos os participantes por tanto conhecimento compartilhado e a todos os ouvintes pelo apoio de sempre! É um privilégio poder ler os trabalhos e ouvir explicações tão precisas sobre as mais diversas áreas de estudos japoneses desenvolvidos por brasileiros e fico muito feliz em contribuir um pouquinho para a divulgação desses estudos que demandam tanta dedicação e empenho. Muito obrigada e até ano que vem!

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