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Drogas recreativas e suas implicações na anestesia e UTI

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Bom dia, boa tarde, boa noite! Essa é mais um podcast do Medicina do Conhecimento. Ciência e informação a qualquer momento, em todo lugar. Eu sou Pablo Gusman, o Anestesiador. E como compartilhar é multiplicar segue um podcast sobre drogas recreativas: implicações na anestesia e terapia intensiva. Anestesiologistas lidam principalmente nas unidades de emergência com indivíduos intoxicados com drogas ilícitas ou consideradas de uma forma geral como recreativas. Na definição médica as drogas recreativas são drogas usada sem justificativa médica para seus efeitos psicoativos, muitas vezes na crença de que o uso ocasional dessa substância não seria viciante. Drogas recreativas são um termo vago que se refere a drogas legais e ilegais que são usadas sem supervisão médica. Existem quatro categorias dessas drogas: analgésicos, depressivos, estimulantes e alucinógenos. Analgésicos incluem narcóticos como heroína, morfina, fentanil e codeína; os depressores incluem álcool, barbitúricos, tranquilizantes (GABAergicos, canabis e canabinóides; Os estimulantes incluem cocaína, anfetamina, metanfetamina, mefedrona e ecstasy. Os alucinógenos incluem LSD, cogumelos mágicos e cetamina. Segundo a organização mundial da Saude, o número de usuários chega a 255 milhoes de pessoas pelo mundo. Trata-se um Brasil inteiro! Tendo a Cannabis como maior adesão com cerca de 180 milhoes e 12 milhoes de pessoas são usuárias de drogas injetáveis. Na emergência, esse paciente intoxicado deve receber os princípios gerais de atendimento de urgência que incluem fornecer suporte básico de vida e manejo de vias aéreas, com acesso venoso calibroso e monitoramento de sinais vitais. É muito importante rever todos os medicamentos potenciais aos quais o paciente possa ter acesso e um exame focado, incluindo avaliação de pupilas e pesquisa de adesivos transdérmicos e sinais de uso de drogas injetáveis. Imperativo um eletrocardiograma e exames laboratoriais com atenção à função renal e hepática, buscando excluir outras causas, como infecção ou infarto do miocárdio, e se possível exames toxicológicos de urina e sangue. A agitação pode ocorrer resultando de intoxicação ou abstinência. A gestão da crise pode depender das substâncias utilizadas que levaram ao quadro. Os benzodiazepínicos são frequentemente utilizados, tendo antipsicóticos como segunda linha. É melhor se precaver contra a abstinência, pois elas podem piorar a agitação ou aumentar o risco de morte súbita, especialmente com estimulantes. A retirada brusca devido à internação muitas vezes pode complicar o gerenciamento de outras doenças. Substituir as drogas por medicamentos de classes semelhantes podem ser necessários para o controle do dano. A sugestão seria postergar o ato anestésico o quanto for possível, enquanto o paciente se encontrar nas suas fases de intoxicação e abstinência! A anestesia deverá se valer da forma mais multimodal possível, havendo dificuldades de controle da dor em doses usuais da população não drogadíctila. Como outras modas que passaram pelo mundo, vivemos a epidemia do Alprazolam! Sua associação com opióides e álcool tem atingido populações mais jovens! Considere o risco em anestesia de urgência em adolescentes! Em se tratando de cirurgias eletivas, nunca deixe de pesquisar na sua consulta pré anestésica o uso frequente de drogas e incentive sua paciente a se manter “limpo” pelo máximo de dias possíveis. Nos países europeus é possível que esses pacientes passem por testes toxicológicos no dia da cirurgia para descartar uso próximo ao momento operatório. A qualquer momento e em todo lugar, escute a rádioweb no www.medicinaconhecimento.com.br
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