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#116 Por que o aquecimento de forma correta importa?

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Bom dia, boa tarde, boa noite! Mais um podcast do Medicina do Conhecimento. Ciência e informação a qualquer momento, em todo lugar. Eu sou Pablo Gusman, o Anestesiador. E como compartilhar é multiplicar seguimos falando da prevenção da hipotermia perioperatória. Para prevenir a hipotermia (temperatura central < 36°) e garantir a normotermia dos pacientes durante o período perioperatório, as melhores evidências de guidelines internacionais e nacionais recomendam o uso de aquecimento por ar forçado. 10.1056/NEJM199706123362407 A hipotermia também é uma preocupação e a sua prevenção vem sendo destacada pelo CFM em sua resolução 2.174 de 2017. Recomenda-se aquecer os pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos que possuam duração maior que uma hora. Anestesia e cirurgia comumente causam perturbações térmicas importantes no intra e pós-operatório imediato. A hipotermia, um resultado comum em até 90% dos pacientes, resulta de uma combinação de alteração do controle termorregulador na preservação da temperatura induzida por anestésicos, um ambiente de sala cirúrgica com baixa temperatura e fatores exclusivos da cirurgia que promovem a perda excessiva de calor. Os dados disponíveis na literatura sugerem que a inibição das defesas termorregulatórias normais contribuem mais para a hipotermia do que a exposição ao frio per se. Além disso, muito da hipotermia central resulta da distribuição alterada de calor corporal, em vez de um desequilíbrio sistêmico entre produção metabólica de calor e perda de calor. 10.1097/00000542-200002000-00042 Pela terapia de aquecimento por ar forçado a transferência de calor se deve ao ar aquecido aplicado às mantas térmicas que transmitem calor ao paciente de forma mais uniforme. Para prevenir a hipotermia e garantir o conforto do paciente cirúrgico, o aquecimento e o gerenciamento da temperatura devem ser realizados em todo o período perioperatório. Algumas medidas se mostram efetivas para garantir a normotermia, o conforto e a segurança do paciente. Dividindo-as por período, no pré-operatório, é importante monitorar ativamente a temperatura e iniciar o aquecimento por ar forçado sempre que possível antes mesmo da entrada na sala operatória. No intraoperatório, devemos gerenciar a temperatura central e manter o aquecimento por ar forçado o tanto necessário para impedir a hipotermia. E finalmente, no pós-operatório, continuar o gerenciamento da temperatura e a manutenção do aquecimento por ar forçado. Alguns cuidados se fazem necessários para maior segurança do paciente. Por exemplo, evitarmos o Housing, termo que identifica uma prática de aquecimento por ar que se caracteriza pela utilização de um sistema de aquecimento por ar forçado sem a utilização da manta adequada à posição cirúrgica do paciente. Nesta prática a temperatura se eleva e fica concentrada no bocal da mangueira, em contato com a pele do paciente, com risco de provocar queimaduras. A manta deve ficar em contato com a pele do paciente, não sendo recomendado o uso de insumos que interponham este contato. O Commingling é o termo a que se refere ao uso de mantas e unidades geradoras de calor incompatíveis. A incompatibilidade da manta com a unidade de aquecimento não garante um fornecimento de calor seguro e homogêneo. E o reuso de mantas de aquecimento aumenta o risco de infeccão do sítio cirúrgico devido à transmissão cruzada de microrganismos. 10.1034/j.1399-6576.1999.430209.x As instruções de uso de cada unidade de aquecimento devem estar bem difundidas na equipe, visando a segurança do paciente. Eventos adversos podem ser evitados, mas para isso devemos atuar ativamente para prestar uma assistência cirúrgica segura e livre de danos para os pacientes. “Esse podcast tem o apoio científico da 3M Health Care. A 3M acredita no poder da ciência para criar soluções que impactam a vidas dos pacientes, profissionais e instituições de saúde, reduzindo complicações relacionadas à assistência à saúde, como a hipotermia perioperatória.”
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