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Post #43: Globo Repórter: convivendo com as diferenças

 
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Em 23/09/16 o program Globo Repórter que vai ao ar todas as sextas-feiras pela TV Globo trouxe a diversidade de gênero como pauta principal. Depoimentos a cerca da transexualidade, famílias homoafetivas, de mães que se unem contra o preconceito sofrido por filhos e outros assuntos pertinentes à diversidade.

O primeiro bloco traz um garoto trans. Nos é apresentado os conflitos do Luan enquanto alguém que não aceita seu sexo de nascimento bem como características inerentes à feminilidade. Esta inadequação fez sua família buscar assistência no Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Hospital das Clínicas de São Paulo com o intuito de entender o porquê. Em entrevista, um psiquiatra do hospital levantava a tese da teoria hormonal pré-natal já abordada aqui no blog que defende a transexualidade como fruto de alterações hormonais intrauterinas (lembre em Post #34: Nasce-se gay ou torna-se?).

A segunda parte do programa aborda a transexualidade com depoimentos do primeiro trans homem brasileiro operado de modo durante o Regime Militar. João Nery é conhecido por seu ativismo no dispensável meio lgbtista. Este bloco traz novamente o Luan do primeiro bloco. Desta vez, o mostra dando início a uma série de tratamentos hormonais na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Família homoafetiva. A terceira parte do programa foge da família tradicional brasileira e adentra na realidade de vários lares brasileiros. Temos duas lésbicas separadas, a Ana Cláudia e Ana Lúcia, mas que já chegaram a se casar e a dar a luz a um casal via inseminação artificial.

Em seguida, a reportagem da TV Globo propõe um debate entre alunos de um colégio carioca sobre a regras que são válidas apenas para casais héteros nas dependências da instituição, o preconceito dos próprios funcionários, segundo os alunos. O colégio em questão é o Pedro II que aboliu regras tradicionais: meninos utilizam calças e meninas as saias de pregas como uniforme. A partir de setembro/2016 a escola liberou o uso do uniforme de acordo com a identidade de gênero de qualquer um. Veja aqui a nota da instituição.

Ainda neste bloco, temos o depoimento de Agnes Santos. Trans mulher, ela se submeteu a uma cirurgia de mudança de sexo pelo Hospital das Clínicas de São Paulo.

O Globo Repórter traz um movimento que se diz suprapartidário, mas, na realidade o mostra fazendo militância numa Parada Gay. É o Grupo Nacional Mães pela Diversidade formado por familiares que se reúnem para trocar experiências sobre seus filhos gays vivos ou lembrarem os mortos pela intolerância. A reportagem foi honesta quando dizendo que não existem dados consistentes sobre os crimes de ódio contra indivíduos homo e trans, o que é um inaceitável. Também cita alguns dados do Grupo Gay da Bahia (GGB) que de má fé utiliza crimes passionais para contabilizar homofobia.

O casal Alexia e Roberto fazem parte do último bloco. Professora, microempreendedora e cristã de uma igreja inclusiva, a história de vida dela trouxe não diz respeito a nenhum ativismo, apenas sua força de vontade de levar uma vida normal ante as dificuldades inerentes a todo ser humano. Claro que conflitos internos inerentes a uma pessoa trans existem e muito, como ela própria relata em seu depoimento, mas não foi isso que prevaleceu. Nem precisou do Movimento LGBT. Parabéns, Alexia!

Elucidativo como um todo, digo que o programa foi produtivo e cumpriu sua proposta de desmitificar a transexualidade e problemas relacionados à ela. Transexuais existem e merecem respeito como qualquer outro, mas não é um movimento, como o LGBT, por ex., que vai ditar as regras. São os próprios indivíduos que setem na pele o preconceito e irão dar – assim como muitos deram – a volta por cima sem precisar de cotas, tratamento diferenciado, regalias.

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O primeiro bloco traz um garoto trans. Nos é apresentado os conflitos do Luan enquanto alguém que não aceita seu sexo de nascimento bem como características inerentes à feminilidade. Esta inadequação fez sua família buscar assistência no Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Hospital das Clínicas de São Paulo com o intuito de entender o porquê. Em entrevista, um psiquiatra do hospital levantava a tese da teoria hormonal pré-natal já abordada aqui no blog que defende a transexualidade como fruto de alterações hormonais intrauterinas (lembre em Post #34: Nasce-se gay ou torna-se?).

A segunda parte do programa aborda a transexualidade com depoimentos do primeiro trans homem brasileiro operado de modo durante o Regime Militar. João Nery é conhecido por seu ativismo no dispensável meio lgbtista. Este bloco traz novamente o Luan do primeiro bloco. Desta vez, o mostra dando início a uma série de tratamentos hormonais na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Família homoafetiva. A terceira parte do programa foge da família tradicional brasileira e adentra na realidade de vários lares brasileiros. Temos duas lésbicas separadas, a Ana Cláudia e Ana Lúcia, mas que já chegaram a se casar e a dar a luz a um casal via inseminação artificial.

Em seguida, a reportagem da TV Globo propõe um debate entre alunos de um colégio carioca sobre a regras que são válidas apenas para casais héteros nas dependências da instituição, o preconceito dos próprios funcionários, segundo os alunos. O colégio em questão é o Pedro II que aboliu regras tradicionais: meninos utilizam calças e meninas as saias de pregas como uniforme. A partir de setembro/2016 a escola liberou o uso do uniforme de acordo com a identidade de gênero de qualquer um. Veja aqui a nota da instituição.

Ainda neste bloco, temos o depoimento de Agnes Santos. Trans mulher, ela se submeteu a uma cirurgia de mudança de sexo pelo Hospital das Clínicas de São Paulo.

O Globo Repórter traz um movimento que se diz suprapartidário, mas, na realidade o mostra fazendo militância numa Parada Gay. É o Grupo Nacional Mães pela Diversidade formado por familiares que se reúnem para trocar experiências sobre seus filhos gays vivos ou lembrarem os mortos pela intolerância. A reportagem foi honesta quando dizendo que não existem dados consistentes sobre os crimes de ódio contra indivíduos homo e trans, o que é um inaceitável. Também cita alguns dados do Grupo Gay da Bahia (GGB) que de má fé utiliza crimes passionais para contabilizar homofobia.

O casal Alexia e Roberto fazem parte do último bloco. Professora, microempreendedora e cristã de uma igreja inclusiva, a história de vida dela trouxe não diz respeito a nenhum ativismo, apenas sua força de vontade de levar uma vida normal ante as dificuldades inerentes a todo ser humano. Claro que conflitos internos inerentes a uma pessoa trans existem e muito, como ela própria relata em seu depoimento, mas não foi isso que prevaleceu. Nem precisou do Movimento LGBT. Parabéns, Alexia!

Elucidativo como um todo, digo que o programa foi produtivo e cumpriu sua proposta de desmitificar a transexualidade e problemas relacionados à ela. Transexuais existem e merecem respeito como qualquer outro, mas não é um movimento, como o LGBT, por ex., que vai ditar as regras. São os próprios indivíduos que setem na pele o preconceito e irão dar – assim como muitos deram – a volta por cima sem precisar de cotas, tratamento diferenciado, regalias.

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