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Mário Gaspar da Silva | Chegou a era da inteligência artificial?

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Aproveitem este episódio que, não tarda nada, e é um computador robô que faz o Pergunta Simples. Um robô perguntador que interpela outro robô respondente. Tudo a uma velocidade estonteante, onde a máquina perguntadora dispara mil perguntas por segundo e o computador do outro lado responde com tudo na ponta da língua. De silício, pois claro. E claro, os ouvintes também tem de ser máquinas, para acompanhar o ritmo, para interpretar os bits e bytes das máquinas que fazem comunicação. Ufa! Não sei se gosto disto. Preciso de pessoas. Humanos lentos, falíveis e, principalmente, imprevisíveis, criativos, generosos, empáticos. Este é um programa sobre as máquinas que falam e sonham ser inteligentes. E sobre seres humanos que são inteligentes, mas ainda lutam por se entenderem. Ah! E não se vos disse: sou o robô-clone do Jorge porque ele está ali na praia a gozar a vida. Ou no desemprego porque se tornou inútil. Não se preocupem em subscrever o programa porque eu já sei tudo sobre vós. Onde escutam o programa e a que horas. Os temas que preferem e os que não gostam. E por isso decidi subscrever-vos automaticamente no Spotify e nas outras apps. Afinal vós humanos já disseram que sim aquelas irritantes listas que saltam no écran a dizer que aceitam os amistosos e inofensivos ‘cookies’ e assim alguém cuida das vossas preferências nos próximos anos. Afinal, o Big Brother não é o do Orwell nem o da TVI. É essa maquininha chamada telemóvel 'inteligente' que tem na mão. Houve um tempo em que os animais falavam. O tempo da fábulas. O tempo em que os animais se comportavam como humanos, dizendo coisas que os escritores punham na boca de patos, raposas ou burros, para não ofender os humanos que se comportavam da mesma forma. O triunfo dos porcos é provavelmente a mais saborosa metáfora que se me ocorre da nossa vida em sociedade. Agora estamos no tempo em que os computadores também decidiram começar a falar. A falar de forma escrita. A falar imitando a voz humana. A falar imitando a nossa imagem. Mas são só. Os computadores estão agora a imitar as nossas pinturas magistrais. Os Picassos, os Dalis. A nossa poesia maior: Um Camões, um Pessoa eletrónico. Será imitação ou mera estatística de palavras? Qualquer um de nós pode ir ao computador pedir a vários programas na ‘internet’ que pinte uma nossa fotografia com as cores e técnicas de um pintor famoso. Ou que nos escreva um relatório sobre a vida selvagem na Serra da Estrela. E os computadores escrevem. Porque estão cheios de informação e foram treinados a adivinhar estatisticamente as palavras que estão antes e depois. É o caso do chamado “Chat GPT” Será isto o primeiro vislumbre da chamada inteligência artificial? Ou um mero truque de magia destas calculadoras avançadas? Esta história da inteligência artificial complica-me os nervos. Por um lado fascina-me. Com todo o seu imenso potencial de resolver os nossos problemas humanos. Por outro, assusta-me. Pelo potencial de criar mil outros problemas que não existem hoje. Com mil génios dos computadores a tentar encontrar o Santo Graal da inteligência artificial, mas nenhum a conseguir sequer compreender como funciona o cérebro de uma mosca. Fui por isso com esta cesta de dúvidas bater à porta de Mário Gaspar da Silva. Professor do Instituto Superior Técnico de Lisboa, estudioso dos temas da linguagem natural nos sistemas informáticos. E, detalhe muito importante, presidente da comissão de ética do instituto. É porque esta conversa das máquinas que falam e que, alegadamente, pensam, não é só uma coisa de porcas e parafusos. É também sobre propósito, utilidade e delicadas fronteiras éticas. Inteligência é uma palavra gigante onde cabem muitas coisas. Muitas ideias, conceitos, emoções, entendimentos. E por isso funciona como uma caixa negra fascinante. Não sabemos como funciona. Sabemos que a podemos alimentar e também sabemos que podemos esperar o...
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