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#104 Vídeo chamada - estresse na vida real

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Com o início da pandemia, muita gente passou a trabalhar em casa, na modalidade teletrabalho, que no Brasil ficou conhecida como home office. Essa tendência que já despontava como alternativa antes da COVID-19, hoje se tornou praticamente normal em todo o mundo. Junto com o trabalho online vieram também as reuniões remotas. A palavra “invite” entrou em moda. São reuniões quase sequenciais, onde os horários vão se estendendo entrando, muitas vezes, madrugada adentro.

Estudos recentes mostram que essas reuniões, que poderiam facilitar nossas vidas, estão, na verdade, causando uma sobrecarga de trabalho. Essa nova rotina tem gerado, segundo pesquisa da Microsoft, uma fadiga de reuniões. O campo da pesquisa foi a própria empresa que acompanhou a rotina de catorze funcionários. Eles participaram de reuniões virtuais usando um aparelho de eletroencefalograma, que é capaz de captar sinais elétricos emitidos pelo cérebro. Em um dia, os voluntários participaram de quatro reuniões seguidas de meia hora, que tratavam sobre assuntos diferentes. Em outro dia, os participantes também entraram em outras quatro reuniões de trinta minutos, mas dessa vez fizeram um intervalo de dez minutos entre cada uma. Durante a pausa, os participantes meditaram usando um aplicativo. A partir da avaliação da atividade cerebral dos voluntários, a primeira conclusão do estudo é que as pausas podem reiniciar o cérebro, evitando, assim, o acúmulo de estresse gerado pelo longo período conectado às plataformas virtuais. Isso é visível pelo nível de ondas do tipo beta, que são geradas pelo estresse. Com a pausa, fica visível uma queda na atividade das ondas beta, o que permite iniciar a próxima reunião em um estado mais relaxado. Além de gerar estresse, o acúmulo de reuniões pode afetar diretamente a qualidade do trabalho. Isso pode ser medido pela atividade assimétrica no córtex frontal do cérebro, que está ligada à nossa capacidade de focar e participar de forma ativa de uma reunião. Sem pausas, os voluntários da pesquisa se mostraram menos participativos nos encontros. Além disso, a migração de uma reunião diretamente para outra se mostrou uma fonte a mais de estresse nos participantes.

Por fim, os pesquisadores apontam um fator menos óbvio. As videoconferências exigem mais esforço cognitivo ao não permitir que ocorra uma comunicação não-verbal paralela, algo extremamente natural em encontros presenciais. A modalidade virtual exige que os participantes se esforcem para enviar e interpretar sinais de seu interlocutor.

As pausas entre reuniões se mostraram essenciais para a saúde mental dos funcionários e para um bom desempenho no trabalho. Ambos estudos encorajam que as pessoas avaliem as fontes de estresse no trabalho remoto e busquem realizar mudanças, além de incluir na rotina atividades que ajudam no relaxamento entre reuniões. Meditar, caminhar, desenhar e ler são algumas das sugestões apontadas.

Resta saber agora o que acontecerá com as relações de trabalho quando a pandemia chegar ao fim.

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Estudos recentes mostram que essas reuniões, que poderiam facilitar nossas vidas, estão, na verdade, causando uma sobrecarga de trabalho. Essa nova rotina tem gerado, segundo pesquisa da Microsoft, uma fadiga de reuniões. O campo da pesquisa foi a própria empresa que acompanhou a rotina de catorze funcionários. Eles participaram de reuniões virtuais usando um aparelho de eletroencefalograma, que é capaz de captar sinais elétricos emitidos pelo cérebro. Em um dia, os voluntários participaram de quatro reuniões seguidas de meia hora, que tratavam sobre assuntos diferentes. Em outro dia, os participantes também entraram em outras quatro reuniões de trinta minutos, mas dessa vez fizeram um intervalo de dez minutos entre cada uma. Durante a pausa, os participantes meditaram usando um aplicativo. A partir da avaliação da atividade cerebral dos voluntários, a primeira conclusão do estudo é que as pausas podem reiniciar o cérebro, evitando, assim, o acúmulo de estresse gerado pelo longo período conectado às plataformas virtuais. Isso é visível pelo nível de ondas do tipo beta, que são geradas pelo estresse. Com a pausa, fica visível uma queda na atividade das ondas beta, o que permite iniciar a próxima reunião em um estado mais relaxado. Além de gerar estresse, o acúmulo de reuniões pode afetar diretamente a qualidade do trabalho. Isso pode ser medido pela atividade assimétrica no córtex frontal do cérebro, que está ligada à nossa capacidade de focar e participar de forma ativa de uma reunião. Sem pausas, os voluntários da pesquisa se mostraram menos participativos nos encontros. Além disso, a migração de uma reunião diretamente para outra se mostrou uma fonte a mais de estresse nos participantes.

Por fim, os pesquisadores apontam um fator menos óbvio. As videoconferências exigem mais esforço cognitivo ao não permitir que ocorra uma comunicação não-verbal paralela, algo extremamente natural em encontros presenciais. A modalidade virtual exige que os participantes se esforcem para enviar e interpretar sinais de seu interlocutor.

As pausas entre reuniões se mostraram essenciais para a saúde mental dos funcionários e para um bom desempenho no trabalho. Ambos estudos encorajam que as pessoas avaliem as fontes de estresse no trabalho remoto e busquem realizar mudanças, além de incluir na rotina atividades que ajudam no relaxamento entre reuniões. Meditar, caminhar, desenhar e ler são algumas das sugestões apontadas.

Resta saber agora o que acontecerá com as relações de trabalho quando a pandemia chegar ao fim.

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