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QUEM MORREU NÃO PERDEU A LUTA - Episódio 488 – Fabio Flores

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Nunca diga que alguém perdeu a luta pra uma doença. Entendeu? Nunca diga que alguém perdeu a luta contra uma doença. Independente de que doença for... Nunca confunda tratamento com luta e nem morte com derrota. Olá. Eu sou o Professor Fabio Flores e este é o podcast Precisava Ouvir Isso. E hoje eu venho aqui te dizer uma frase muito repetida em tempos de luto... eu até imagino que quem diz pode até falar com o coração puro... sem a intenção de causar dor... mas dizer que alguém perdeu a luta pra uma doença é uma das mais cruéis formas de condenar alguém depois da morte. E por que eu digo isso? Simplesmente porque o tratamento de uma doença não é uma luta, é um processo. Em segundo lugar... lutas a gente escolhe quais queremos lutar. E com uma doença não é assim. Ninguém acorda numa terça-feira e diz... ah, to meio sem nada pra fazer... vou ali lutar contra um Alzheimer. As doenças simplesmente surgem e passam a conviver com a gente, com os nossos medos, com as nossas dores e com as dores dos nossos familiares. Mesmo que a pessoa supostamente vença a doença ela não ganha nada. Pode até alguém dizer... Ela ganha a vida... mas a vida ela já tinha antes da doença. Dizer que alguém perdeu a luta pra uma doença significa dizer que o último ato da vida desta pessoa foi uma derrota. Significa dizer que a pessoa foi fraca. E o que a gente vê na fase terminal de muitas doenças são pessoas que se apegam ao limiar de suas resistências para terem mais um dia de vida com seus familiares e amigos. Pessoas que muitas vezes passam a limpo suas vidas no leito de morte. Pessoas que liberam perdões e palavras de amor. Gente que deixa inspiração pra quem fica viver melhor e mais conectado ao presente. Esta obrigatoriedade de transformar paciente terminal em guerreiro é só mais uma pressão dolorida na rotina de quem está no processo de desligamento da vida. Alguns jornalistas que fizeram a cobertura da morte de um conhecido político brasileiro que faleceu jovem em decorrência de um câncer relataram que ele dava entrevistas empolgado e aparentando confiança e esperança... publicava mensagens motivacionais que faziam o público vibrar pelo exemplo de força e resiliência... mas quando se apagavam os holofotes ele chorava bastante e vivia uma tristeza profunda. Porque além de todas as dores deste processo ele não sentia que tinha o direito de ser um ser humano que também sente medo, também sente dores e também tem um fim. Talvez ele tivesse medo de ser retratado pela história como alguém que perdeu sua última luta. Tudo por conta de uma Cultura que insiste em chamar de derrotado quem é vitimado por uma doença. A gente precisa ter mais respeito e empatia por quem está em um processo de busca pela cura ou pela atenuação das dores do processo de adoecimento. A dor da doença já é dolorida demais pra você chamar de luta, é processo. Ajude com as suas palavras a fazer com que as pessoas lembrem de quem partiu pelas virtudes e pelas conquistas. Não grife de maneira tão negativa a jornada de alguém. Mais amor por favor! Façamos como num espetáculo teatral... que quando se apagam os holofotes o público aplaude e retribui ao artista toda a entrega dele no palco. Eu sou o professor Fabio Flores e este foi mais um episódio do podcast Precisava Ouvir Isso. Se você quiser conhecer os conteúdos inspiracionais que eu publico no instagram é só procurar lá por arroba ofabioflores ... se quiser me conhecer pessoalmente é só me convidar pra palestrar aí onde você trabalha, estuda ou congrega. E se você quiser tornar mais humano o processo de quem está em busca da cura... encaminhe esta mensagem para amigos e familiares de quem ainda está usando o verbo lutar pra designar a dor do adoecimento. Faz bem compartilhar o bem. Eu fico por aqui e te encontro em um novo episódio... Um forte abraço e até... até a sua vitória.
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Nunca diga que alguém perdeu a luta pra uma doença. Entendeu? Nunca diga que alguém perdeu a luta contra uma doença. Independente de que doença for... Nunca confunda tratamento com luta e nem morte com derrota. Olá. Eu sou o Professor Fabio Flores e este é o podcast Precisava Ouvir Isso. E hoje eu venho aqui te dizer uma frase muito repetida em tempos de luto... eu até imagino que quem diz pode até falar com o coração puro... sem a intenção de causar dor... mas dizer que alguém perdeu a luta pra uma doença é uma das mais cruéis formas de condenar alguém depois da morte. E por que eu digo isso? Simplesmente porque o tratamento de uma doença não é uma luta, é um processo. Em segundo lugar... lutas a gente escolhe quais queremos lutar. E com uma doença não é assim. Ninguém acorda numa terça-feira e diz... ah, to meio sem nada pra fazer... vou ali lutar contra um Alzheimer. As doenças simplesmente surgem e passam a conviver com a gente, com os nossos medos, com as nossas dores e com as dores dos nossos familiares. Mesmo que a pessoa supostamente vença a doença ela não ganha nada. Pode até alguém dizer... Ela ganha a vida... mas a vida ela já tinha antes da doença. Dizer que alguém perdeu a luta pra uma doença significa dizer que o último ato da vida desta pessoa foi uma derrota. Significa dizer que a pessoa foi fraca. E o que a gente vê na fase terminal de muitas doenças são pessoas que se apegam ao limiar de suas resistências para terem mais um dia de vida com seus familiares e amigos. Pessoas que muitas vezes passam a limpo suas vidas no leito de morte. Pessoas que liberam perdões e palavras de amor. Gente que deixa inspiração pra quem fica viver melhor e mais conectado ao presente. Esta obrigatoriedade de transformar paciente terminal em guerreiro é só mais uma pressão dolorida na rotina de quem está no processo de desligamento da vida. Alguns jornalistas que fizeram a cobertura da morte de um conhecido político brasileiro que faleceu jovem em decorrência de um câncer relataram que ele dava entrevistas empolgado e aparentando confiança e esperança... publicava mensagens motivacionais que faziam o público vibrar pelo exemplo de força e resiliência... mas quando se apagavam os holofotes ele chorava bastante e vivia uma tristeza profunda. Porque além de todas as dores deste processo ele não sentia que tinha o direito de ser um ser humano que também sente medo, também sente dores e também tem um fim. Talvez ele tivesse medo de ser retratado pela história como alguém que perdeu sua última luta. Tudo por conta de uma Cultura que insiste em chamar de derrotado quem é vitimado por uma doença. A gente precisa ter mais respeito e empatia por quem está em um processo de busca pela cura ou pela atenuação das dores do processo de adoecimento. A dor da doença já é dolorida demais pra você chamar de luta, é processo. Ajude com as suas palavras a fazer com que as pessoas lembrem de quem partiu pelas virtudes e pelas conquistas. Não grife de maneira tão negativa a jornada de alguém. Mais amor por favor! Façamos como num espetáculo teatral... que quando se apagam os holofotes o público aplaude e retribui ao artista toda a entrega dele no palco. Eu sou o professor Fabio Flores e este foi mais um episódio do podcast Precisava Ouvir Isso. Se você quiser conhecer os conteúdos inspiracionais que eu publico no instagram é só procurar lá por arroba ofabioflores ... se quiser me conhecer pessoalmente é só me convidar pra palestrar aí onde você trabalha, estuda ou congrega. E se você quiser tornar mais humano o processo de quem está em busca da cura... encaminhe esta mensagem para amigos e familiares de quem ainda está usando o verbo lutar pra designar a dor do adoecimento. Faz bem compartilhar o bem. Eu fico por aqui e te encontro em um novo episódio... Um forte abraço e até... até a sua vitória.
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