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As pessoas do livro – Como encontrar o foco narrativo de sua história

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#039 – Durante muito tempo, convencionou-se ensinar que a primeira pessoa, ao narrar uma história, era a mais incerta, a duvidosa, porque implicava numa voz parcial, um recorte específico, que derivava muitas vezes numa perspectiva enviesada da realidade.
Como confiar num narrador assim?, diziam. Ele tem muito a perder ao contar a verdade.
Ora, os tempos mudaram. A verdade, se passa longe dos movimentos delirantes de massas submetidas aos torpedos de zap, nunca deixou de ser uma construção frágil, social, sujeita a questionamentos incessantes. A verdade é histórica e está muito mais perto da dúvida filosófica e científica que das convicções da audiência midiatizada.
Hoje, queremos crer que já não somos ingênuos, que sabemos que não existe narrativa sem recorte ou perspectiva. Sob essa luz, a terceira pessoa tornou-se a menos confiável, justamente por ser aquela que oculta o seu sujeito, pretende-se universal, detentora do bom senso de uma classe, de uma neutralidade, um ponto zero do olhar. A loucura do narrador de Memórias do Subsolo passa a ser mais confiável, em sua parcialidade, que a requintada mot juste de Flaubert.
Mas quando pensamos no foco narrativo de nossa história, serão estas as únicas implicações? O que mais devemos levar em consideração?

E por que o foco narrativo é tão determinante em desatar o seu processo de escrita, dando-lhe impulso, asas, voo?

E serão estas as únicas pessoas que existem, as únicas maneiras de narrar uma história?

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E hoje quero fazer um convite: dia 6 de maio, às 19h, uma segunda-feira, vou coordenar uma formação online gratuita chamada Mínima Linha Infinita – O Caminho do Haikai para a Poesia, ministrada pelo aclamado poeta e editor Tarso de Melo.
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Então clique no link e garanta a sua vaga: https://bit.ly/poesia-prelo

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Como confiar num narrador assim?, diziam. Ele tem muito a perder ao contar a verdade.
Ora, os tempos mudaram. A verdade, se passa longe dos movimentos delirantes de massas submetidas aos torpedos de zap, nunca deixou de ser uma construção frágil, social, sujeita a questionamentos incessantes. A verdade é histórica e está muito mais perto da dúvida filosófica e científica que das convicções da audiência midiatizada.
Hoje, queremos crer que já não somos ingênuos, que sabemos que não existe narrativa sem recorte ou perspectiva. Sob essa luz, a terceira pessoa tornou-se a menos confiável, justamente por ser aquela que oculta o seu sujeito, pretende-se universal, detentora do bom senso de uma classe, de uma neutralidade, um ponto zero do olhar. A loucura do narrador de Memórias do Subsolo passa a ser mais confiável, em sua parcialidade, que a requintada mot juste de Flaubert.
Mas quando pensamos no foco narrativo de nossa história, serão estas as únicas implicações? O que mais devemos levar em consideração?

E por que o foco narrativo é tão determinante em desatar o seu processo de escrita, dando-lhe impulso, asas, voo?

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