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Por que a maconha foi proibida?

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A matéria “Marijuana: assassina de jovens”, foi publicada na revista American Magazine no ano de 1937. E ela começava com uma história completamente inventada: “O corpo esmagado da menina jazia espalhado na calçada um dia depois de mergulhar do quinto andar de um prédio de apartamentos em Chicago. Todos disseram que ela tinha se suicidado, mas, na verdade, foi homicídio. O assassino foi um narcótico conhecido na América como marijuana e na história como haxixe. Usado na forma de cigarros, ele é uma novidade nos Estados Unidos e é tão perigoso quanto uma cascavel.” O autor do texto era Harry Anslinger, provavelmente o homem que mais tem mérito (ou demérito) para que a maconha fosse criminalizada não só nos EUA como em praticamente o mundo todo. Tudo começa em 1920 com a Lei Seca. Durante aqueles terríveis anos onde o álcool era proibido, os estadunidenses tentaram relaxar de outro jeito: com a maconha. A planta era consumida normalmente por pessoas marginalizadas pela sociedade, como imigrantes mexicanos e árabes. De acordo com o historiador inglês Richard Davenport-Hines: “A proibição do álcool foi o estopim para o ‘boom’ da maconha. Na medida em que ficou mais difícil obter bebidas alcoólicas e elas ficaram mais caras e piores, pequenos cafés que vendiam maconha começaram a proliferar”. Mas a planta era usada em dezenas de remédios como xaropes para tosse a pílulas para dormir. O efeito relaxante da cannabis era utilizado frequentemente. Mas uma coisa fez com que a proibição entrasse em jogo: o cânhamo. Quase toda a produção de papel da época usava como matéria-prima a fibra do cânhamo, retirada do caule do pé de maconha. O cânhamo também era usado para confecção de cordas, velas de barco, redes de pesca e outros produtos que exigissem um material muito resistente. Até a Ford estava trabalhando para a criação de combustíveis e plásticos feitos a partir do óleo da semente de maconha. Plantações de maconha rondavam os EUA e a Europa. Acontece que o Harry Anslinger era parente de Andrew Mellon, dono da gigante petrolífera Gulf Oil, com seu principal investidor a petrolífera Du Pont. A Du Pont estava usando petróleo para a criação de aditivos para combustíveis, plásticos, fibras sintéticas como o náilon e processos químicos para a fabricação de papel feito de madeira. Todos esses produtos disputavam o mercado com o cânhamo. De acordo com o escritor o escritor Jack Herer: “A Du Pont foi uma das maiores responsáveis por orquestrar a destruição da indústria do cânhamo”. Para atacar o cânhamo, atacou-se a maconha.
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A matéria “Marijuana: assassina de jovens”, foi publicada na revista American Magazine no ano de 1937. E ela começava com uma história completamente inventada: “O corpo esmagado da menina jazia espalhado na calçada um dia depois de mergulhar do quinto andar de um prédio de apartamentos em Chicago. Todos disseram que ela tinha se suicidado, mas, na verdade, foi homicídio. O assassino foi um narcótico conhecido na América como marijuana e na história como haxixe. Usado na forma de cigarros, ele é uma novidade nos Estados Unidos e é tão perigoso quanto uma cascavel.” O autor do texto era Harry Anslinger, provavelmente o homem que mais tem mérito (ou demérito) para que a maconha fosse criminalizada não só nos EUA como em praticamente o mundo todo. Tudo começa em 1920 com a Lei Seca. Durante aqueles terríveis anos onde o álcool era proibido, os estadunidenses tentaram relaxar de outro jeito: com a maconha. A planta era consumida normalmente por pessoas marginalizadas pela sociedade, como imigrantes mexicanos e árabes. De acordo com o historiador inglês Richard Davenport-Hines: “A proibição do álcool foi o estopim para o ‘boom’ da maconha. Na medida em que ficou mais difícil obter bebidas alcoólicas e elas ficaram mais caras e piores, pequenos cafés que vendiam maconha começaram a proliferar”. Mas a planta era usada em dezenas de remédios como xaropes para tosse a pílulas para dormir. O efeito relaxante da cannabis era utilizado frequentemente. Mas uma coisa fez com que a proibição entrasse em jogo: o cânhamo. Quase toda a produção de papel da época usava como matéria-prima a fibra do cânhamo, retirada do caule do pé de maconha. O cânhamo também era usado para confecção de cordas, velas de barco, redes de pesca e outros produtos que exigissem um material muito resistente. Até a Ford estava trabalhando para a criação de combustíveis e plásticos feitos a partir do óleo da semente de maconha. Plantações de maconha rondavam os EUA e a Europa. Acontece que o Harry Anslinger era parente de Andrew Mellon, dono da gigante petrolífera Gulf Oil, com seu principal investidor a petrolífera Du Pont. A Du Pont estava usando petróleo para a criação de aditivos para combustíveis, plásticos, fibras sintéticas como o náilon e processos químicos para a fabricação de papel feito de madeira. Todos esses produtos disputavam o mercado com o cânhamo. De acordo com o escritor o escritor Jack Herer: “A Du Pont foi uma das maiores responsáveis por orquestrar a destruição da indústria do cânhamo”. Para atacar o cânhamo, atacou-se a maconha.
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