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Akira Kurosawa (Parte 02): Tradição Popular, Teatro Noh e Kabuki. Análise do filme "Os Homens que Pisaram na Cauda do Tigre" (1946)

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Os Homens que Pisaram na Cauda do Tigre é um filme escrito e dirigido por Akira Kurosawa em 1945 (mas só lançado em 1952), baseado numa peça kabuki chamada Kanjinchō (de Namiki Gohei III), que por sua vez é baseada numa peça noh chamada Ataka (de Kanze Nobumitsu).

Os Homens que Pisaram na Cauda do Tigre é o melhor exemplo de como seria um teatro noh dirigido por um cineasta.

Trata-se também de um dos filmes mais curtos e musicais de Akira Kurosawa.

Sua dramaturgia e sua história estão completamente voltadas para as tradições japonesas.

O filme alterna entre diálogos e cantos que conduzem a narrativa, como é típica do teatro japonês.

Em momentos chave do enredo, a feição do filme se alterna para um teatro noh explícito, com os atores fazendo movimentos lentos e controlados, ao som atmosféricos de flautas e tambores.

Pela época em que foi feito e pelos valores que trazem consigo, esse filme foi inicialmente banido pelo general Douglas MacArthur, Comandante Supremo das Forças Aliadas, durante a ocupação americana no Japão no final da Segunda Guerra Mundial.

Apesar de não ter nenhum aspecto militarista ou mesmo nacionalista, o filme foi banido, provavelmente, devido ao seu retrato de valores feudais do Japão e uma noção de respeitabilidade mística com seus principes e imperadores.

Trata-se de uma exposição poética da aristocracia tradicional, da organicidade das relações entre nobres, súditos e a casta guerreira – não se furtando da existência das contingências políticas que até hoje soam atuais (com golpes e perseguições) e dos problemas sociais típicos da época.

O filme foi re-lançado mais tarde após a assinatura do Tratado de São Francisco em 1952.

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Os Homens que Pisaram na Cauda do Tigre é o melhor exemplo de como seria um teatro noh dirigido por um cineasta.

Trata-se também de um dos filmes mais curtos e musicais de Akira Kurosawa.

Sua dramaturgia e sua história estão completamente voltadas para as tradições japonesas.

O filme alterna entre diálogos e cantos que conduzem a narrativa, como é típica do teatro japonês.

Em momentos chave do enredo, a feição do filme se alterna para um teatro noh explícito, com os atores fazendo movimentos lentos e controlados, ao som atmosféricos de flautas e tambores.

Pela época em que foi feito e pelos valores que trazem consigo, esse filme foi inicialmente banido pelo general Douglas MacArthur, Comandante Supremo das Forças Aliadas, durante a ocupação americana no Japão no final da Segunda Guerra Mundial.

Apesar de não ter nenhum aspecto militarista ou mesmo nacionalista, o filme foi banido, provavelmente, devido ao seu retrato de valores feudais do Japão e uma noção de respeitabilidade mística com seus principes e imperadores.

Trata-se de uma exposição poética da aristocracia tradicional, da organicidade das relações entre nobres, súditos e a casta guerreira – não se furtando da existência das contingências políticas que até hoje soam atuais (com golpes e perseguições) e dos problemas sociais típicos da época.

O filme foi re-lançado mais tarde após a assinatura do Tratado de São Francisco em 1952.

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