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865 | Poison V — Mea culpa | Escuro Como O Sol

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A poesia confessional em Escuro Como o Sol nos introduz a uma viagem emocional profunda e vulnerável. Uma série dupla face não linear de poemas e de experiências que flertam com o tempo, o amor e a morte — este livro é uma entrega total à vida, apesar da dor, frente aos dias que me engoliram e que me regurgitaram, inúmeras vezes, nos últimos nove anos.

Todas as palavras aqui presentes precisaram ser escritas em resposta a um sentir com força e, muitas vezes, inabitável. E, sendo assim, escrevi com o coração ardido, do fim ao começo — porque quis sobreviver. Entrego, de peito aberto e de ponta-cabeça, esse autorretrato, para que chegue amorosamente onde possa chegar, na esperança de que atinja à queima-roupa quem estiver presente.

Afetuosamente, da atriz teatral, da poeta & da psicóloga que habitam esta carcaça, Poison V.

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https://loja.tomaaiumpoema.com.br/
_________________________________

Poison V — Mea culpa

A dor é a flor da flor que torna o amor permanente,
portanto, não posso amar senão alguém que em parte me faça descontente.
Parte de mim carece, para permanecer, do encantamento, na mesma medida em que a outra parte precisa continuar carente.
Não posso amar inteiro alguém que me ame não junto, mas primeiro, nem com tanta força quanto no começo dos dias.
Desamei sem querer todo aquele que não me trouxe algum terror entre as alegrias.
O meu alvo de deslumbre é as (in)completas (des)companhias que me deram uma dose de sorte e duas doses de morte.
Parte de mim é vespertina, mas a parte que vive ao abrigo da luz é sem sombra de dúvida mais forte.
Desejei sempre alguém que, além de me fitar, me capturasse até no escuro, em cada trejeito, mas quase sempre que alguém me enxerga, não me inflama o peito.
Então, de vez em quando dou-me ao luxo do amor maldito, tipo do qual por toda vida tenho escrito e preenche cada gota de fel que é requisito.
E a cada vez que me prendi fui, por escolha, refém de mim, perseguindo o que não pode existir sem obliteração e perfeito.
Pra cada noite mal dormida e cada morte mal morrida... Mea culpa.
Todo mal que me fiz foi bem feito.

_________________________________

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Poema: Mea culpa
Poeta: Poison V
Voz: Jéssica Iancoski
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Então, de vez em quando dou-me ao luxo do amor maldito, tipo do qual por toda vida tenho escrito e preenche cada gota de fel que é requisito.
E a cada vez que me prendi fui, por escolha, refém de mim, perseguindo o que não pode existir sem obliteração e perfeito.
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