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TS#017 | O EXORCISMO DE ANNELIESE MICHEL

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No programa de hoje, talvez, o caso mais famoso e polêmico de possessão demoníaca do mundo, uma história tão forte e intrigante que ganhou as telas de Hollywood, em uma adaptação cheia de controvérsias assim como a história original, esta é a história de Anneliese Michel.

O FILME:

Bem, como disse, o programa de hoje traz uma história que foi adaptada para Hollywood, e é justamente sobre esta adaptação que quero começar.

No dia 02 de dezembro de 2005, distribuído pela Columbia Pictures do Brasil, chegava às nossas salas de cinema um filme que já nasceu como um clássico do cinema de horror.

Dirigido por Scott Derrickson e protagonizado por Jennifer Carpenter (a Debra, irmã do Dexter), o filme “O Exorcismo de Emily Rose” foi produzido com um orçamento de 11 milhões de dólares, e teve um faturamento mundial estimado em 145 milhões de dólares, e tem a seguinte sinopse oficial:

Emily Rose (Jennifer Carpenter) é uma jovem que deixou sua casa em uma região rural para cursar a faculdade. Um dia, sozinha em seu quarto no alojamento, ela tem uma alucinação assustadora, perdendo a consciência logo em seguida. Como seus surtos ficam cada vez mais frequentes, Emily, que é católica praticante, aceita ser submetida a uma sessão de exorcismo.

Quem realiza a sessão é o sacerdote de sua paróquia, o padre Richard Moore (Tom Wilkinson).

Porém Emily morre durante o exorcismo, o que faz com que o padre seja acusado de assassinato.

Erin Bruner (Laura Linney), uma advogada famosa, aceita pegar a defesa do padre Moore em troca da garantia de sociedade em uma banca de advocacia. À medida que o processo transcorre, o cinismo e o ateísmo de Erin são desafiados pela fé do padre Moore e também pelos eventos inexplicáveis em torno do caso.

De fato o filme fez muito sucesso, mesmo enfrentando duras críticas, e um dos grandes chamarizes do filme, é que nele, foram utilizados áudios originais do exorcismo, isso levantou olhares curiosos e críticos por parte de correntes religiosas.

Além deste que é o mais conhecido filme sobre o caso, dois outros também contam sobre a narrativa da garota, são eles Requiem e Asilo Anneliese Michel: The Exorcist Tapes

História Real

Onde Aconteceu e Quando?

No sul do estado da Baviera que fica na alemanha, existe uma grande comunidade formada pelos distritos de Schwimmbach, Hailing, Hankofen, Metting, Oberwalting, Eschlbach, Haidersberg, Nieder, Obersunzing e o distroto palco de nossa história Leiblfing, segundo o site da prefeitura local, a região possui atualmente 4218 habitantes.

Leiblfing é uma grande e organizada vila paroquial em Gäuboden. Ele está localizado na estrada principal Straubing-Landshut e fica a cerca de três horas a pé de Straubing.

Neste local, no dia 21 de setembro de 1952, nasceu Anneliese Michel.

A Infância:

Anneliese Michel nasceu em uma família católica de classe média e que possuía seu próprio negócio – uma serraria.

Seu pai, Josef Michael, chegou a passar pelas etapas de estágio vocacional, porém não concluiu o caminho para se tornar seminarista, e levou sua vida profissional como carpinteiro. Sua mãe se chamava Anna Michael e tinha três irmãs, dessas, duas eram freiras, ou seja, a religião era muito presente na sua casa tanto por lado de pai como por lado de mãe.

Ela teve uma irmã mais velha, Martha, que era filha bastarda de sua mãe, e que morreu aos oito anos vítima de complicações após contrair uma uma doença renal, quando Anneliese tinha apenas quatro anos.

Além de Martha, ela também tinha três irmãs mais novas, Gertrud, Bárbara e Roswitha, com dois, quatro e cinco anos de diferença respectivamente.

De todas as filhas, Anneliese sempre foi a mais fraca, sofrendo muito sempre com todo o tipo de doença infantil, a sua imunidade era tão baixa, que devido a grande quantidade de doenças que teve na infância, foi obrigada a entrar na escola um ano mais tarde.

Isso fez com que ela se tornasse um alvo fácil para os bullers da escola, seus colegas de classe, e das pessoas em Klingenberg, a pequena comunidade da Baviera em que ela cresceu, porém seus estado de saude sempre se agravava e ela pouco frenquentou a escola neste período.

Quando chegou a sua adolescência, Annelise viveu o melhor momento de sua vida, sem apresentar problemas de saúde, foi possível então que ela frequentava regularmente a escola secundária.

Nesta época, ela era descrita como uma criança feliz e animada, e que tinha vários amigos.

Ela também gostava muito de música, inclusive tocando instrumentos como acordeão e piano, e na escola, ela era considerada uma excelente aluna, se destacando especialmente em latim.

Os Michels eram rígidos com as filhas, e elas eram consideradas realmente boas meninas pela comunidade, e frequentavam a igreja duas vezes por semana, e sempre rezavam o rosário juntos em casa. As meninas também frequentavam aulas de dança de salão, para desgosto da mãe.

Para a mãe, Anna Michel, havia uma equação simples sobre a qual ela discutira várias vezes com as filhas, a saber: meninos = pecado = doença. As regras estritas da mãe provavelmente também se baseavam na penitência que ela tinha que fazer por seu próprio pecado, que foi dar à luz um filho ilegítimo, e que, por isso, ela teve que usar um véu preto no casamento, e um fardo que ela carregou para a vida, inclusive acreditando que a criança havia falecido muito cedo, justamente por ser um filho bastardo.

No final de setembro de 1968, Anneliese desmaiou na escola e na mesma noite teve a primeira crise convulsiva.

A convulsão durou cerca de quinze minutos e na manhã seguinte Anneliese sentia-se muito exausta e mal conseguia se mover.

Cerca de um ano depois, em agosto de 1969, ocorreu uma segunda convulsão muito semelhante à primeira.

Diagnóstico Médico:

Os Michels então, decidiram procurar atendimento médico, o neurologista Dr. Lüthy foi o encarregado por todo o tratamento de Anneliese, ele realizou um eletroencefalograma que não mostrou nenhuma anormalidade no cérebro da garota, entretanto, pelos sintomas apresentados, ele diagnosticou um quadro de epilepsia e prescreveu a garota, o uso de Fenitoína, mais precisamente o medicamento Dilantin produzido pela Pfizer.

Mais ou menos na mesma época, Anneliese teve que remover as amígdalas e adoeceu com pleurisia e pneumonia, complicadas por tuberculose.

No início do ano seguinte, com o agravamento de seu quadro de saúde, ela foi transferida para a Clínica Psiquiátrica de Wurzburg, que ficava cerca de 350 quilômetros ao sul de sua cidade natal.

Durante este período, Anneliese descrevia sentir inúmeros sentimentos suicidas, que cada vez mais se intensificavam devido à solidão imposta pelo tratamento, já que ela não poderia ter alta devido a agravantes clínicos, que criaram desta vez problemas cardíacos e circulatórios.

Em junho de 1970, ainda no sanatório, ela teve outra convulsão.

Anneliese então voltou sua mente para Deus e orava diariamente buscando ajuda, neste período, outros pacientes do sanatório, descreveram que era possível ver a cor de seus olhos escurecendo repentinamente e os dedos de suas mãos escurecendo e mudando de formato para algo que pareciam grandes garras.

Foi nessa época que Anneliese, após rezar um terço, viu um rosto descrito por ela como sendo enorme e de aparência cruel, algo como uma grande careta, essa visão a aterrorizou tanto, que ela passou a ter medo de rezar novamente.

Em agosto de 1970 a garota recebeu alta e voltou para casa, porém sua família a descrevia como severas mudanças de humor e até mesmo de caráter.

Com essa internação, Annaelise passou a ficar dois anos atrasada na escola, sendo constantemente mais bombardeada por bullyngs a garota que antes era feliz e repleta de amigos, se isolou do mundo e aparentemente desenvolveu uma severa depressão.

Um colega de escola da época a descreveu como uma pessoa quieta, retraída e profundamente religiosa.

Seu desempenho escolar que era ótimo e que fazia sua família crer que ela se tornaria uma professora, passou a ser péssimo, sua mãe então, procurou novamente o Dr. Luthy, e existe uma grande dúvida deste período se foi nesta consulta ou ja np primeiro diagnostico que Dr. Lutty receitou o uso da Fenitoína.

Mesmo sob forte medicação, Anneliese teve seu quinto e último ataque.

Percepções Escuras:

Em setembro de 1972, seu neurologista, Dr. Lüthy, relatou que acreditava que a Fenitoína, poderia ter tido efeitos graves em Anneliese, ela tinha constantes desmaios e sentia rigidez em seus membros, além disso, as visões descritas por ela sobre rostos horríveis, tinham se tornado mais frequentes e ela dizia que podia sentir um fedor que as pessoas a sua volta não sentiam, isso fez o médico acreditar que ela sofria ilusões fortes.

Com o tempo passando, cada vez mais a garota era sensível ao passar próximo a artefatos religiosos, imagens de santos, crucifixos, assim como ela descrevia no período em que esteve no sanatório, desta vez, não foram os pacientes que visualizaram, mas mãe dela testemunhou o escurecimento dos olhos e as mãos se transformando em garras, quando Anneliese passou por uma estátua da Virgem Maria dentro de sua casa.

Preocupado e buscando ajuda espiritual, o pai de Anneliese a levou para um santuário localizado em San Damiano, na Itália. Este lugar causou uma enorme repulsa na garota que não conseguiu nem passar pela porta do santuário, ela descrevia a seu pai, como se o chão em que ela estava pisando estivesse pegando fogo e que ela se sentia cega quando olhava para as imagens de Jesus Cristo ou de algum santo disposta no lugar.

No ônibus de retorno da Itália para a Alemanha, sua voz mudou de repente para a de um homem, e ela rasgou um rosário e começou a exalar um odor horrível que todos no ônibus puderam sentir.

Em setembro de 1973, por insistência de sua mãe e pouco antes de se mudar para a universidade na cidade de Würzburg, Anneliese foi mais uma vez ao Dr. Lüthy, que adicionou mais um medicamento ao seu tratamento, o Aolept, periciazina, que é usada no tratamento de várias psicoses, incluindo esquizofrenia e comportamento perturbado. Em novembro de 1973, Anneliese iniciou seu tratamento com Tegretol (carbamazepina), que é um medicamento anticonvulsivo e estabilizador do humor. Ela tomou este medicamento com frequência, até pouco antes de sua morte.

Anna Michel, a mãe, disse mais tarde em depoimento à polícia que foi neste período que o próprio Dr. Lüthy os aconselhou a procurarem ajuda espiritual, fato esse negado pelo doutor durante o julgamento.

A família então recorreram à ajuda sacerdotal para tratar sua condição. Os sacerdotes estavam céticos quanto ao fato de Anneliese estar possuída por demônios e inicialmente indicaram que ela continuasse com o tratamento indicado pelo médico.

Insistindo na busca por auxílio espiritual, a família conseguiu o contato com o padre Rodewyk, que era considerado um especialista em possessão demoníaca, e acabou concordando com a família que era realmente um caso de possessão e os encaminhou ao padre Alt. O padre Alt começou a visitar Anneliese regularmente e orou com ela.

O exorcismo demorou algum tempo e, entretanto, o estado de Anneliese agravou-se mais uma vez. Ela parou de comer e beber por algum tempo, gritou incontrolavelmente, não se mexeu ou suas pernas ficaram rígidas como gravetos. Ela se tornou agressiva, ou seja, usava palavras grosseiras, mordia ou batia nas pessoas e quebrava artefatos religiosos. Ela ficou inquieta; ela não dormia mais de uma hora por noite e corria pela casa ou se ajoelhava e se levantava com extrema velocidade.

Houve também incidentes em que ela mostrou “força sobre-humana” e apertou uma maçã até explodir ou jogou a irmã como se ela não pesasse nada. Seus músculos ficaram tensos, o que a impediu de engolir comida e começou a engasgar. Seu corpo tornou-se aparentemente quente, pelo que ela buscou uma série de alívios como rolar em pó de carvão no porão, ou encher uma velha chaleira de ferro com água gelada, ou até correr pelada. Além disso, ela começou a dormir no chão e a comer aranhas e moscas, mascar carvão ou roupas íntimas encharcadas de sua própria urina que ela também lambia do chão.

Depois que ela começou a ver parentes falecidos e as feridas de estigmas apareceram em suas mãos e pés, a família mais uma vez pediu a ajuda do Padre Rodewyk porque o Padre Alt estava temporariamente indisponível.

Em uma carta ao procurador do estado, o padre mais tarde descreveu sua visita à casa da família Michel no início de setembro de 1975:

“Quando entrei em casa, Anneliese Michel estava deitada, completamente vestida, no chão da cozinha e obviamente não poderia ser abordada. Sou de opinião que ela se encontrava num estado hipnótico típico, numa espécie de sono profundo.

Eu gostaria de observar que tal estado é um sintoma de possessão. Eu o designo como uma condição de crise.

Primeiro, fui até a sala de estar com os pais dela e pedi que me contassem sobre a condição de sua filha. Então, ordenei que trouxessem Anneliese para a sala e a fizessem sentar no sofá.

Seu pai a conduziu e segurou-a pela mão porque ela tentou bater em seus pais. Ela não parecia emaciada.

Sentei-me ao lado dela e segurei suas mãos. Em seu estado de transe, uma segunda personagem se anunciou, chamando-se Judas. Eu havia perguntado: “Qual é o seu nome?” e veio a resposta: “Judas”. Ela falou com uma voz alterada, muito mais baixa. Eu a segurei pelos pulsos. Durante a conversa, percebi que seus músculos contraídos relaxaram. Ela acordou e olhou para mim com surpresa. Aparentemente, foi só então que ela me notou conscientemente. Posteriormente, fui capaz de manter uma conversa inteiramente razoável com ela. Disse-lhe que não a abandonaremos e que a ajudaríamos. Eu estava pensando em ajuda sacerdotal por meio do exorcismo. …”

Em outro trecho desta carta o sacerdote diz:

De repente, as cólicas começaram novamente. Pedi à sua família que a levasse de volta para a cozinha. Disse-lhes que sabia o suficiente sobre o caso, que havia encontrado a confirmação de minha suposição de que estávamos lidando com um caso de posse e que teria de considerar o que poderia ser feito. Quando saí de casa, Anneliese saiu da cozinha e deu um tapa na minha bochecha.

O padre Rodewyk, então, juntamente ao padre Alt solicitaram para que bispo Bispo de Wurzburg, Josef Stangl, a autorização para o exorcismo, este então designou ao Padre Arnold Renz e ao Pastor Ernst Alt a ordem de realizar o ato seguindo a do “Rituale Romanum”, que ainda era, na época, uma lei canônica válida do século XVII.

As Sessões De Exorcismo:

De setembro de 1975 até sua morte em julho de 1976, Anneliese Michel passou por 67 sessões de exorcismo, sendo a primeira realizada em 24 de setembro de 1975. Sobre o primeiro exorcismo, o Padre Renz escreveu em seu diário:

24 de setembro de 1975. Chegada às 16 horas. Exorcismo iniciado de acordo com as instruções. Anneliese, ou melhor, os demônios, comportaram-se discretamente no início. Anneliese está sendo abalada cada vez mais e cada vez mais com mais força. Anneliese, ou melhor, os demônios, reagem violentamente contra a água benta. Ela começa a gritar e se enfurece.

Ainda sobre este período o padre relata também em seus diários:

Anneliese sabe tudo. Ela sabe o que disse; aparentemente ela está sempre totalmente consciente. Sem amnésia. Anneliese é segurada por três homens, para não se machucar ou machucar os outros, por Herr Hein, seu amigo Peter e também seu pai. Ela quer morder à direita e à esquerda. Ela chuta em minha direção. Às vezes, ela simplesmente bate para a frente. A princípio ela se senta em uma cadeira, depois no sofá. Ela não tem permissão para ficar deitada. Às vezes ela faz isso, mas tem que se levantar imediatamente. Ela reclama que o diabo está sentado em suas costas.

Ocasionalmente, ela grita, especialmente se ela for borrifada com água benta. Às vezes ela uiva como um cachorro. Ela diz repetidamente: “Pare com essa merda” ou “Seu cara de merda”, “Sua porca suja”, “Jogue fora essa merda” (água benta). Na verdade ela não fala muito, usa até as obscenidades com moderação.”

Esta primeira sessão de exorcismo teve quase seis horas de duração.

A partir da segunda sessão de exorcismo, quatro dias depois, o padre Renz e a família gravaram todas as demais sessões.

Ao longo das semanas seguintes, seis demônios puderam ser nomeados: Judas, Lúcifer, Nero, Cain, Hitler e o pastor Fleischmann, um pastor bávaro do século XVI que foi excomungado da igreja devido a mau comportamento, ele era tido como um homem que possuía um vício extremo em álcool, e que foi acusado de diversas agressões e e um assassinato, onde ele surrou um homem até a morte dentro da casa paroquial.

Em várias sessões também ficou claro que os demônios preferiam o latim ao alemão e que eles também eram capazes de entender chinês, francês e holandês. Os demônios haviam indicado que deixariam o corpo de Anneliese no final de outubro de 1975.

E a partir de meados de outubro a Virgem Maria e Jesus começaram a se comunicar com ela.

Em 31 de outubro de 1975, os seis demônios mantiveram sua promessa e partiram, porém um novo demônio anteriormente desconhecido havia permanecido dentro dela, mantendo a porta aberta para outros demônios.

No final de fevereiro de 1976, esses demônios foram ouvidos pela última vez, embora não fossem considerados expulsos do corpo de Anneliese.

Ela previu que os meses de maio e junho seriam os piores e que tudo acabaria e ela estaria livre em julho. Ela também pediu à irmã e à Sra. Hein, que estava muito envolvida em seu exorcismo e comparecia com frequência às sessões, para que nenhum médico fosse solicitado a tratá-la, independente da situação em que ela se encontrasse.

Como previsto, maio e junho foram meses muito difíceis. Anneliese parou de comer, tornou-se muito agressiva não só com os outros, mas também consigo mesma, de modo que sua família teve que amarrá-la durante a noite. No final de junho, Anneliese teve uma febre e no dia 30 de junho o padre Renz realizou o último exorcismo.

Nesta sessão, ela dizia repentinamente ao padre: “Por favor, absolvição”

Na manhã seguinte, 1º de julho de 1976, sua mãe encontrou Anneliese morta em sua cama.

O relatório da autópsia dizia que ela morreu alegadamente de fome, seu corpo estava pesando apenas 31 quilos neste momento.

Os pais de Anneliese, bem como o padre Renz e o padre Alt foram acusados ​​de homicídio por negligência.

O julgamento pelo exorcismo de Anneliese Michel

A acusação oficial do estado veio em 17 de julho de 1977, apenas um ano após sua morte.

É interessante notar que um punhado de outras pessoas, incluindo o bispo Josef Stangl, o padre Adolf Rodewyk e dois outros membros da igreja foram investigados, mas nunca acusados. Foi o bispo Stangl quem aprovou o exorcismo de Anneliese por recomendação do padre Rodewyk, de 82 anos, que se dizia ser um especialista em direitos de exorcismo. O bispo Stangl também nomeou os padres Alt e Renz para realizar seu exorcismo.

No entanto, o promotor Karl Stenger disse que embora eles pudessem estar envolvidos no planejamento do exorcismo, nem o bispo Stangl nem o padre Rodewyk tiveram qualquer contato com Anneliese ou seus parceiros. Eles também não sabiam que ela não estava recebendo tratamento médico na época.

O julgamento teve início em 30 de março de 1978, e gerou grande comoição popular, principalemte no que diz respeito a igreja e seus ritos, um veredicto de inocência neste cenário, poderia visto como a abertura para mais tentativas de exorcismo e, possivelmente, mais resultados infelizes.

O caso da acusação

No momento da acusação, o promotor bávaro Karl Stenger argumentou que a morte de Anneliese poderia ter sido evitada, se seus pais e os dois padres tivessem recebido ajuda médica adequada. Apesar de ela ser adulta na época e poder tomar suas próprias decisões, eles devem ter reconhecido que ela estava morrendo.

O estado argumentou que Anneliese tinha uma combinação de epilepsia e psicose, o que explicava seu comportamento errático. Por causa de seu estado mental diminuído, seus pais eram responsáveis ​​por fornecer um ato de salvamento, cujo fracasso resultou em sua morte.

Stenger rapidamente destruiu as noções de possessão, questionando a credibilidade do padre Alt por ter dois especialistas testemunhando que Anneleise “exibia sinais de esquizofrenia.” Os especialistas argumentaram ainda que, embora a medicação que ela estava tomando suprimisse com sucesso as crises epilépticas que Anneliese tinha, a supressão na verdade se transformou em “psicose delirante, associada à epilepsia”. Essencialmente, embora sua psicose fosse anterior às drogas, ela foi provocada com força total pela suspensão dos remédios.

No final das contas, foi o fato de que, em vez de procurar atendimento médico para Anneliese, os quatro acusados ​​decidiram que um exorcismo era um tratamento melhor que acabou resultando em sua morte.

Argumento da Defesa

A defesa dos pais de Anneliese, junto com o padre Renz e o padre Alt estavam lutando uma batalha difícil. Embora este caso fosse estranho, não havia como negar que os quatro realmente participaram da morte de Anneliese. A verdadeira questão era quanto eles contribuíram para sua morte e quanto disso era sua responsabilidade como adulta.

A Defesa apresentou o depoimento de uma testemunha ocular, juntamente com a apresentação das gravações das evidências da posse de Anneliese. Eles argumentaram que, quando adulta, Anneliese teve permissão para negar tratamento médico, que poderia incluir coisas desagradáveis ​​como tranquilizantes, alimentação forçada ou terapia de eletrochoque. Eles trouxeram a testemunha e amiga da família Thea Hein para corroborar essa história. Thea testemunhou que, em 1976, Anneliese “implorou de joelhos para que ela (Hein) não sugerisse atenção médica a ninguém”.

A defesa afirmou ainda que o padre Alt realmente procurou atendimento médico no final da vida de Anneliese. Em 30 de maio de 1976, um amigo seu, o Dr. Richard Roth, a visitou. Porém, o Dr. Roth o visitou como “curiosidade científica e não como médico”. No entanto, ele testemunhou que ela não tinha ferimentos físicos no momento de sua visita. Mas isso foi contestado pelo co-réu, padre Renz, que testemunhou que ela tinha vários hematomas, além de uma bochecha inchada e olhos roxos.

O interessante foi que a autópsia de Anneliese revelou que ela, de fato, tinha um cérebro saudável, sem danos causados ​​por quaisquer ataques epilépticos, nem mesmo em um “nível microscópico”. Ela também não tinha pupilas dilatadas ou úlceras no corpo, ambas frequentemente encontradas em vítimas de fome.

Os padres foram defendidos por advogados contratados pela Igreja e os pais foram defendidos por Erich Schmidt-Leichner. Schmidt-Leichner afirmou que o exorcismo era legal e que a constituição alemã protegia os cidadãos no exercício irrestrito de suas crenças religiosas.

A decisão

Apesar do argumento da Defesa, o Tribunal decidiu a favor da acusação dizendo que, na época, Anneleise não era capaz de tomar decisões por si mesma e deveria ter sido forçada a se submeter a cuidados médicos.

Todos os quatro acusados ​​foram condenados a seis meses de prisão, o Padre Alt e o Padre Renz ainda receberam uma suspensão de 3 anos do sacerdócio.

Exumação

Antes do julgamento, os pais pediram às autoridades permissão para exumar os restos mortais de sua filha. Eles fizeram isso como resultado de uma mensagem recebida de uma freira carmelita do distrito de Allgäu, no sul da Baviera. A freira disse aos pais que uma visão revelou a ela que o corpo de sua filha ainda estava intacto e que isso autenticava o caráter sobrenatural de seu caso. A razão oficial apresentada pelos pais às autoridades foi que Michel foi enterrado com pressa indevida em um caixão barato. Quase dois anos após o sepultamento, em 25 de fevereiro de 1978, seus restos mortais foram substituídos em um novo caixão de carvalho forrado com estanho.

Os exorcistas acusados ​​foram desencorajados de ver os restos mortais de Michel. O padre Arnold Renz afirmou mais tarde que foi impedido de entrar no necrotério.

Uma comissão da Conferência Episcopal Alemã declarou mais tarde que Anneliese Michel não estava possuída, Seu cadáver foi exumado onze anos e meio depois de seu enterro, apenas para confirmar que havia se deteriorado como seria de se esperar em circunstâncias normais.

Encerramento

Hoje, o túmulo de Michel em Klingenberg am Main continua a ser um lugar de peregrinação para muitos católicos que consideram Anneliese Michel uma crente devota que experimentou sofrimentos extremos para ajudar as almas que partiram no purgatório, e para a conversão dos pecadores.

Desde sua morte, especula-se que Michel pode ter tido transtorno dissociativo de identidade (comumente conhecido como transtorno de personalidade múltipla). Alguns médicos sugeriram que muitos dos sintomas de Michel são consistentes e sugestivos de transtornos mentais na seção do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR) sobre transtornos dissociativos e / ou com comportamentos observados em pacientes com esses distúrbios, como a adoção temporária de posturas corporais rígidas e bizarras (distonia); o uso do pronome da primeira pessoa do plural nós para descrever a si mesmo; as pupilas marcadamente dilatadas não explicadas por nenhum estímulo externo; amnésia total ou parcial; o surgimento de personalidades distintas entre os demônios; A sensação de que seu corpo estivesse agindo fora de sua vontade (despersonalização); medo ou rejeição da sexualidade; a persistência desses sintomas apesar do tratamento médico e na ausência de qualquer causa médica conhecida; e muitos outros.

Em 1999, o Cardeal Medina Estevez apresentou aos jornalistas na Cidade do Vaticano a nova versão do “Rituale Romanum” que tem sido usado pela Igreja Católica desde 1614. As atualizações vieram após mais de 10 anos de edição e são chamadas de “De exorcismis et supplicationibus quibusdam “também conhecido como” O exorcismo para o próximo milênio “. O Papa aprovou o novo Rito de Exorcismo, que agora é permitido para uso em todo o mundo. Esta nova forma de exorcismo surgiu depois que a Conferência Episcopal Alemã exigiu a abolição do “Rituale Romanum”. Também aconteceu mais de 20 anos depois da morte de Anneliese Michel.

Trilha Sonora:

Dreams Of War by Rafael Krux
Link: https://filmmusic.io/song/5404-dreams-of-war-
License: https://filmmusic.io/standard-license

Ignition by Alexander Nakarada
Link: https://filmmusic.io/song/4885-ignition
License: https://filmmusic.io/standard-license

LoFi Hip Hop Intro 06 by TaigaSoundProd
Link: https://filmmusic.io/song/6868-lofi-hip-hop-intro-06
License: https://filmmusic.io/standard-license

Cryptic Sorrow by Kevin MacLeod
Link: https://filmmusic.io/song/3568-cryptic-sorrow
License: https://filmmusic.io/standard-license

Echoes of Time by Kevin MacLeod
Link: https://filmmusic.io/song/3699-echoes-of-time
License: https://filmmusic.io/standard-license

Symmetry by Kevin MacLeod
Link: https://filmmusic.io/song/4790-symmetry
License: https://filmmusic.io/standard-license

Cinema Blockbuster Trailer 13 (99FIRE-FILMS AWARD) by Sascha Ende
Link: https://filmmusic.io/song/3137-cinema-blockbuster-trailer-13-99fire-films-award-
License: https://filmmusic.io/standard-license

Links:

https://www.imdb.com/title/tt0404032/

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-59130/

Michel, Anneliese

O que é O ESTÁGIO VOCACIONAL?

https://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/1504158/God-told-us-to-exorcise-my-daughters-demons.-I-dont-regret-her-death.html

https://super.abril.com.br/blog/turma-do-fundao/semana-de-halloween-8211-5-casos-de-exorcismo-que-ficaram-famosos/

https://br.aeplay.tv/damien/noticia/imagens-e-o-audio-do-exorcismo-mais-famoso-do-mundo

https://pt.findagrave.com/memorial/11381816/anneliese-michel

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leiblfing

https://www.leiblfing.de/startseite-gemeinde

https://www.leiblfing.de/Geschichte.n26.html

The Exorcism of Anneliese Michel: Introduction

https://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/1504158/God-told-us-to-exorcise-my-daughters-demons.-I-dont-regret-her-death.html

https://www.dilantin.com/

The Exorcism of Anneliese Michel

https://aminoapps.com/c/paranormal/page/blog/anneliese-michel/Z6BN_zxLhBuwMnw3vgwL50N2o5gKbwNXYM

The Weird Tale of Anneliese Michel

http://www.chasingthefrog.com/reelfaces/emilyrose.php

http://www.lastgasps.com/page55.html

Anneliese Michel: the Girl, the Possession, the Exorcisms

Anneliese Michel And The Shocking Images From The Exorcism Of The Real Emily Rose

Who was Priest Valentin Fleischmann? Did he really possess Anneliese Michel?

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No programa de hoje, talvez, o caso mais famoso e polêmico de possessão demoníaca do mundo, uma história tão forte e intrigante que ganhou as telas de Hollywood, em uma adaptação cheia de controvérsias assim como a história original, esta é a história de Anneliese Michel.

O FILME:

Bem, como disse, o programa de hoje traz uma história que foi adaptada para Hollywood, e é justamente sobre esta adaptação que quero começar.

No dia 02 de dezembro de 2005, distribuído pela Columbia Pictures do Brasil, chegava às nossas salas de cinema um filme que já nasceu como um clássico do cinema de horror.

Dirigido por Scott Derrickson e protagonizado por Jennifer Carpenter (a Debra, irmã do Dexter), o filme “O Exorcismo de Emily Rose” foi produzido com um orçamento de 11 milhões de dólares, e teve um faturamento mundial estimado em 145 milhões de dólares, e tem a seguinte sinopse oficial:

Emily Rose (Jennifer Carpenter) é uma jovem que deixou sua casa em uma região rural para cursar a faculdade. Um dia, sozinha em seu quarto no alojamento, ela tem uma alucinação assustadora, perdendo a consciência logo em seguida. Como seus surtos ficam cada vez mais frequentes, Emily, que é católica praticante, aceita ser submetida a uma sessão de exorcismo.

Quem realiza a sessão é o sacerdote de sua paróquia, o padre Richard Moore (Tom Wilkinson).

Porém Emily morre durante o exorcismo, o que faz com que o padre seja acusado de assassinato.

Erin Bruner (Laura Linney), uma advogada famosa, aceita pegar a defesa do padre Moore em troca da garantia de sociedade em uma banca de advocacia. À medida que o processo transcorre, o cinismo e o ateísmo de Erin são desafiados pela fé do padre Moore e também pelos eventos inexplicáveis em torno do caso.

De fato o filme fez muito sucesso, mesmo enfrentando duras críticas, e um dos grandes chamarizes do filme, é que nele, foram utilizados áudios originais do exorcismo, isso levantou olhares curiosos e críticos por parte de correntes religiosas.

Além deste que é o mais conhecido filme sobre o caso, dois outros também contam sobre a narrativa da garota, são eles Requiem e Asilo Anneliese Michel: The Exorcist Tapes

História Real

Onde Aconteceu e Quando?

No sul do estado da Baviera que fica na alemanha, existe uma grande comunidade formada pelos distritos de Schwimmbach, Hailing, Hankofen, Metting, Oberwalting, Eschlbach, Haidersberg, Nieder, Obersunzing e o distroto palco de nossa história Leiblfing, segundo o site da prefeitura local, a região possui atualmente 4218 habitantes.

Leiblfing é uma grande e organizada vila paroquial em Gäuboden. Ele está localizado na estrada principal Straubing-Landshut e fica a cerca de três horas a pé de Straubing.

Neste local, no dia 21 de setembro de 1952, nasceu Anneliese Michel.

A Infância:

Anneliese Michel nasceu em uma família católica de classe média e que possuía seu próprio negócio – uma serraria.

Seu pai, Josef Michael, chegou a passar pelas etapas de estágio vocacional, porém não concluiu o caminho para se tornar seminarista, e levou sua vida profissional como carpinteiro. Sua mãe se chamava Anna Michael e tinha três irmãs, dessas, duas eram freiras, ou seja, a religião era muito presente na sua casa tanto por lado de pai como por lado de mãe.

Ela teve uma irmã mais velha, Martha, que era filha bastarda de sua mãe, e que morreu aos oito anos vítima de complicações após contrair uma uma doença renal, quando Anneliese tinha apenas quatro anos.

Além de Martha, ela também tinha três irmãs mais novas, Gertrud, Bárbara e Roswitha, com dois, quatro e cinco anos de diferença respectivamente.

De todas as filhas, Anneliese sempre foi a mais fraca, sofrendo muito sempre com todo o tipo de doença infantil, a sua imunidade era tão baixa, que devido a grande quantidade de doenças que teve na infância, foi obrigada a entrar na escola um ano mais tarde.

Isso fez com que ela se tornasse um alvo fácil para os bullers da escola, seus colegas de classe, e das pessoas em Klingenberg, a pequena comunidade da Baviera em que ela cresceu, porém seus estado de saude sempre se agravava e ela pouco frenquentou a escola neste período.

Quando chegou a sua adolescência, Annelise viveu o melhor momento de sua vida, sem apresentar problemas de saúde, foi possível então que ela frequentava regularmente a escola secundária.

Nesta época, ela era descrita como uma criança feliz e animada, e que tinha vários amigos.

Ela também gostava muito de música, inclusive tocando instrumentos como acordeão e piano, e na escola, ela era considerada uma excelente aluna, se destacando especialmente em latim.

Os Michels eram rígidos com as filhas, e elas eram consideradas realmente boas meninas pela comunidade, e frequentavam a igreja duas vezes por semana, e sempre rezavam o rosário juntos em casa. As meninas também frequentavam aulas de dança de salão, para desgosto da mãe.

Para a mãe, Anna Michel, havia uma equação simples sobre a qual ela discutira várias vezes com as filhas, a saber: meninos = pecado = doença. As regras estritas da mãe provavelmente também se baseavam na penitência que ela tinha que fazer por seu próprio pecado, que foi dar à luz um filho ilegítimo, e que, por isso, ela teve que usar um véu preto no casamento, e um fardo que ela carregou para a vida, inclusive acreditando que a criança havia falecido muito cedo, justamente por ser um filho bastardo.

No final de setembro de 1968, Anneliese desmaiou na escola e na mesma noite teve a primeira crise convulsiva.

A convulsão durou cerca de quinze minutos e na manhã seguinte Anneliese sentia-se muito exausta e mal conseguia se mover.

Cerca de um ano depois, em agosto de 1969, ocorreu uma segunda convulsão muito semelhante à primeira.

Diagnóstico Médico:

Os Michels então, decidiram procurar atendimento médico, o neurologista Dr. Lüthy foi o encarregado por todo o tratamento de Anneliese, ele realizou um eletroencefalograma que não mostrou nenhuma anormalidade no cérebro da garota, entretanto, pelos sintomas apresentados, ele diagnosticou um quadro de epilepsia e prescreveu a garota, o uso de Fenitoína, mais precisamente o medicamento Dilantin produzido pela Pfizer.

Mais ou menos na mesma época, Anneliese teve que remover as amígdalas e adoeceu com pleurisia e pneumonia, complicadas por tuberculose.

No início do ano seguinte, com o agravamento de seu quadro de saúde, ela foi transferida para a Clínica Psiquiátrica de Wurzburg, que ficava cerca de 350 quilômetros ao sul de sua cidade natal.

Durante este período, Anneliese descrevia sentir inúmeros sentimentos suicidas, que cada vez mais se intensificavam devido à solidão imposta pelo tratamento, já que ela não poderia ter alta devido a agravantes clínicos, que criaram desta vez problemas cardíacos e circulatórios.

Em junho de 1970, ainda no sanatório, ela teve outra convulsão.

Anneliese então voltou sua mente para Deus e orava diariamente buscando ajuda, neste período, outros pacientes do sanatório, descreveram que era possível ver a cor de seus olhos escurecendo repentinamente e os dedos de suas mãos escurecendo e mudando de formato para algo que pareciam grandes garras.

Foi nessa época que Anneliese, após rezar um terço, viu um rosto descrito por ela como sendo enorme e de aparência cruel, algo como uma grande careta, essa visão a aterrorizou tanto, que ela passou a ter medo de rezar novamente.

Em agosto de 1970 a garota recebeu alta e voltou para casa, porém sua família a descrevia como severas mudanças de humor e até mesmo de caráter.

Com essa internação, Annaelise passou a ficar dois anos atrasada na escola, sendo constantemente mais bombardeada por bullyngs a garota que antes era feliz e repleta de amigos, se isolou do mundo e aparentemente desenvolveu uma severa depressão.

Um colega de escola da época a descreveu como uma pessoa quieta, retraída e profundamente religiosa.

Seu desempenho escolar que era ótimo e que fazia sua família crer que ela se tornaria uma professora, passou a ser péssimo, sua mãe então, procurou novamente o Dr. Luthy, e existe uma grande dúvida deste período se foi nesta consulta ou ja np primeiro diagnostico que Dr. Lutty receitou o uso da Fenitoína.

Mesmo sob forte medicação, Anneliese teve seu quinto e último ataque.

Percepções Escuras:

Em setembro de 1972, seu neurologista, Dr. Lüthy, relatou que acreditava que a Fenitoína, poderia ter tido efeitos graves em Anneliese, ela tinha constantes desmaios e sentia rigidez em seus membros, além disso, as visões descritas por ela sobre rostos horríveis, tinham se tornado mais frequentes e ela dizia que podia sentir um fedor que as pessoas a sua volta não sentiam, isso fez o médico acreditar que ela sofria ilusões fortes.

Com o tempo passando, cada vez mais a garota era sensível ao passar próximo a artefatos religiosos, imagens de santos, crucifixos, assim como ela descrevia no período em que esteve no sanatório, desta vez, não foram os pacientes que visualizaram, mas mãe dela testemunhou o escurecimento dos olhos e as mãos se transformando em garras, quando Anneliese passou por uma estátua da Virgem Maria dentro de sua casa.

Preocupado e buscando ajuda espiritual, o pai de Anneliese a levou para um santuário localizado em San Damiano, na Itália. Este lugar causou uma enorme repulsa na garota que não conseguiu nem passar pela porta do santuário, ela descrevia a seu pai, como se o chão em que ela estava pisando estivesse pegando fogo e que ela se sentia cega quando olhava para as imagens de Jesus Cristo ou de algum santo disposta no lugar.

No ônibus de retorno da Itália para a Alemanha, sua voz mudou de repente para a de um homem, e ela rasgou um rosário e começou a exalar um odor horrível que todos no ônibus puderam sentir.

Em setembro de 1973, por insistência de sua mãe e pouco antes de se mudar para a universidade na cidade de Würzburg, Anneliese foi mais uma vez ao Dr. Lüthy, que adicionou mais um medicamento ao seu tratamento, o Aolept, periciazina, que é usada no tratamento de várias psicoses, incluindo esquizofrenia e comportamento perturbado. Em novembro de 1973, Anneliese iniciou seu tratamento com Tegretol (carbamazepina), que é um medicamento anticonvulsivo e estabilizador do humor. Ela tomou este medicamento com frequência, até pouco antes de sua morte.

Anna Michel, a mãe, disse mais tarde em depoimento à polícia que foi neste período que o próprio Dr. Lüthy os aconselhou a procurarem ajuda espiritual, fato esse negado pelo doutor durante o julgamento.

A família então recorreram à ajuda sacerdotal para tratar sua condição. Os sacerdotes estavam céticos quanto ao fato de Anneliese estar possuída por demônios e inicialmente indicaram que ela continuasse com o tratamento indicado pelo médico.

Insistindo na busca por auxílio espiritual, a família conseguiu o contato com o padre Rodewyk, que era considerado um especialista em possessão demoníaca, e acabou concordando com a família que era realmente um caso de possessão e os encaminhou ao padre Alt. O padre Alt começou a visitar Anneliese regularmente e orou com ela.

O exorcismo demorou algum tempo e, entretanto, o estado de Anneliese agravou-se mais uma vez. Ela parou de comer e beber por algum tempo, gritou incontrolavelmente, não se mexeu ou suas pernas ficaram rígidas como gravetos. Ela se tornou agressiva, ou seja, usava palavras grosseiras, mordia ou batia nas pessoas e quebrava artefatos religiosos. Ela ficou inquieta; ela não dormia mais de uma hora por noite e corria pela casa ou se ajoelhava e se levantava com extrema velocidade.

Houve também incidentes em que ela mostrou “força sobre-humana” e apertou uma maçã até explodir ou jogou a irmã como se ela não pesasse nada. Seus músculos ficaram tensos, o que a impediu de engolir comida e começou a engasgar. Seu corpo tornou-se aparentemente quente, pelo que ela buscou uma série de alívios como rolar em pó de carvão no porão, ou encher uma velha chaleira de ferro com água gelada, ou até correr pelada. Além disso, ela começou a dormir no chão e a comer aranhas e moscas, mascar carvão ou roupas íntimas encharcadas de sua própria urina que ela também lambia do chão.

Depois que ela começou a ver parentes falecidos e as feridas de estigmas apareceram em suas mãos e pés, a família mais uma vez pediu a ajuda do Padre Rodewyk porque o Padre Alt estava temporariamente indisponível.

Em uma carta ao procurador do estado, o padre mais tarde descreveu sua visita à casa da família Michel no início de setembro de 1975:

“Quando entrei em casa, Anneliese Michel estava deitada, completamente vestida, no chão da cozinha e obviamente não poderia ser abordada. Sou de opinião que ela se encontrava num estado hipnótico típico, numa espécie de sono profundo.

Eu gostaria de observar que tal estado é um sintoma de possessão. Eu o designo como uma condição de crise.

Primeiro, fui até a sala de estar com os pais dela e pedi que me contassem sobre a condição de sua filha. Então, ordenei que trouxessem Anneliese para a sala e a fizessem sentar no sofá.

Seu pai a conduziu e segurou-a pela mão porque ela tentou bater em seus pais. Ela não parecia emaciada.

Sentei-me ao lado dela e segurei suas mãos. Em seu estado de transe, uma segunda personagem se anunciou, chamando-se Judas. Eu havia perguntado: “Qual é o seu nome?” e veio a resposta: “Judas”. Ela falou com uma voz alterada, muito mais baixa. Eu a segurei pelos pulsos. Durante a conversa, percebi que seus músculos contraídos relaxaram. Ela acordou e olhou para mim com surpresa. Aparentemente, foi só então que ela me notou conscientemente. Posteriormente, fui capaz de manter uma conversa inteiramente razoável com ela. Disse-lhe que não a abandonaremos e que a ajudaríamos. Eu estava pensando em ajuda sacerdotal por meio do exorcismo. …”

Em outro trecho desta carta o sacerdote diz:

De repente, as cólicas começaram novamente. Pedi à sua família que a levasse de volta para a cozinha. Disse-lhes que sabia o suficiente sobre o caso, que havia encontrado a confirmação de minha suposição de que estávamos lidando com um caso de posse e que teria de considerar o que poderia ser feito. Quando saí de casa, Anneliese saiu da cozinha e deu um tapa na minha bochecha.

O padre Rodewyk, então, juntamente ao padre Alt solicitaram para que bispo Bispo de Wurzburg, Josef Stangl, a autorização para o exorcismo, este então designou ao Padre Arnold Renz e ao Pastor Ernst Alt a ordem de realizar o ato seguindo a do “Rituale Romanum”, que ainda era, na época, uma lei canônica válida do século XVII.

As Sessões De Exorcismo:

De setembro de 1975 até sua morte em julho de 1976, Anneliese Michel passou por 67 sessões de exorcismo, sendo a primeira realizada em 24 de setembro de 1975. Sobre o primeiro exorcismo, o Padre Renz escreveu em seu diário:

24 de setembro de 1975. Chegada às 16 horas. Exorcismo iniciado de acordo com as instruções. Anneliese, ou melhor, os demônios, comportaram-se discretamente no início. Anneliese está sendo abalada cada vez mais e cada vez mais com mais força. Anneliese, ou melhor, os demônios, reagem violentamente contra a água benta. Ela começa a gritar e se enfurece.

Ainda sobre este período o padre relata também em seus diários:

Anneliese sabe tudo. Ela sabe o que disse; aparentemente ela está sempre totalmente consciente. Sem amnésia. Anneliese é segurada por três homens, para não se machucar ou machucar os outros, por Herr Hein, seu amigo Peter e também seu pai. Ela quer morder à direita e à esquerda. Ela chuta em minha direção. Às vezes, ela simplesmente bate para a frente. A princípio ela se senta em uma cadeira, depois no sofá. Ela não tem permissão para ficar deitada. Às vezes ela faz isso, mas tem que se levantar imediatamente. Ela reclama que o diabo está sentado em suas costas.

Ocasionalmente, ela grita, especialmente se ela for borrifada com água benta. Às vezes ela uiva como um cachorro. Ela diz repetidamente: “Pare com essa merda” ou “Seu cara de merda”, “Sua porca suja”, “Jogue fora essa merda” (água benta). Na verdade ela não fala muito, usa até as obscenidades com moderação.”

Esta primeira sessão de exorcismo teve quase seis horas de duração.

A partir da segunda sessão de exorcismo, quatro dias depois, o padre Renz e a família gravaram todas as demais sessões.

Ao longo das semanas seguintes, seis demônios puderam ser nomeados: Judas, Lúcifer, Nero, Cain, Hitler e o pastor Fleischmann, um pastor bávaro do século XVI que foi excomungado da igreja devido a mau comportamento, ele era tido como um homem que possuía um vício extremo em álcool, e que foi acusado de diversas agressões e e um assassinato, onde ele surrou um homem até a morte dentro da casa paroquial.

Em várias sessões também ficou claro que os demônios preferiam o latim ao alemão e que eles também eram capazes de entender chinês, francês e holandês. Os demônios haviam indicado que deixariam o corpo de Anneliese no final de outubro de 1975.

E a partir de meados de outubro a Virgem Maria e Jesus começaram a se comunicar com ela.

Em 31 de outubro de 1975, os seis demônios mantiveram sua promessa e partiram, porém um novo demônio anteriormente desconhecido havia permanecido dentro dela, mantendo a porta aberta para outros demônios.

No final de fevereiro de 1976, esses demônios foram ouvidos pela última vez, embora não fossem considerados expulsos do corpo de Anneliese.

Ela previu que os meses de maio e junho seriam os piores e que tudo acabaria e ela estaria livre em julho. Ela também pediu à irmã e à Sra. Hein, que estava muito envolvida em seu exorcismo e comparecia com frequência às sessões, para que nenhum médico fosse solicitado a tratá-la, independente da situação em que ela se encontrasse.

Como previsto, maio e junho foram meses muito difíceis. Anneliese parou de comer, tornou-se muito agressiva não só com os outros, mas também consigo mesma, de modo que sua família teve que amarrá-la durante a noite. No final de junho, Anneliese teve uma febre e no dia 30 de junho o padre Renz realizou o último exorcismo.

Nesta sessão, ela dizia repentinamente ao padre: “Por favor, absolvição”

Na manhã seguinte, 1º de julho de 1976, sua mãe encontrou Anneliese morta em sua cama.

O relatório da autópsia dizia que ela morreu alegadamente de fome, seu corpo estava pesando apenas 31 quilos neste momento.

Os pais de Anneliese, bem como o padre Renz e o padre Alt foram acusados ​​de homicídio por negligência.

O julgamento pelo exorcismo de Anneliese Michel

A acusação oficial do estado veio em 17 de julho de 1977, apenas um ano após sua morte.

É interessante notar que um punhado de outras pessoas, incluindo o bispo Josef Stangl, o padre Adolf Rodewyk e dois outros membros da igreja foram investigados, mas nunca acusados. Foi o bispo Stangl quem aprovou o exorcismo de Anneliese por recomendação do padre Rodewyk, de 82 anos, que se dizia ser um especialista em direitos de exorcismo. O bispo Stangl também nomeou os padres Alt e Renz para realizar seu exorcismo.

No entanto, o promotor Karl Stenger disse que embora eles pudessem estar envolvidos no planejamento do exorcismo, nem o bispo Stangl nem o padre Rodewyk tiveram qualquer contato com Anneliese ou seus parceiros. Eles também não sabiam que ela não estava recebendo tratamento médico na época.

O julgamento teve início em 30 de março de 1978, e gerou grande comoição popular, principalemte no que diz respeito a igreja e seus ritos, um veredicto de inocência neste cenário, poderia visto como a abertura para mais tentativas de exorcismo e, possivelmente, mais resultados infelizes.

O caso da acusação

No momento da acusação, o promotor bávaro Karl Stenger argumentou que a morte de Anneliese poderia ter sido evitada, se seus pais e os dois padres tivessem recebido ajuda médica adequada. Apesar de ela ser adulta na época e poder tomar suas próprias decisões, eles devem ter reconhecido que ela estava morrendo.

O estado argumentou que Anneliese tinha uma combinação de epilepsia e psicose, o que explicava seu comportamento errático. Por causa de seu estado mental diminuído, seus pais eram responsáveis ​​por fornecer um ato de salvamento, cujo fracasso resultou em sua morte.

Stenger rapidamente destruiu as noções de possessão, questionando a credibilidade do padre Alt por ter dois especialistas testemunhando que Anneleise “exibia sinais de esquizofrenia.” Os especialistas argumentaram ainda que, embora a medicação que ela estava tomando suprimisse com sucesso as crises epilépticas que Anneliese tinha, a supressão na verdade se transformou em “psicose delirante, associada à epilepsia”. Essencialmente, embora sua psicose fosse anterior às drogas, ela foi provocada com força total pela suspensão dos remédios.

No final das contas, foi o fato de que, em vez de procurar atendimento médico para Anneliese, os quatro acusados ​​decidiram que um exorcismo era um tratamento melhor que acabou resultando em sua morte.

Argumento da Defesa

A defesa dos pais de Anneliese, junto com o padre Renz e o padre Alt estavam lutando uma batalha difícil. Embora este caso fosse estranho, não havia como negar que os quatro realmente participaram da morte de Anneliese. A verdadeira questão era quanto eles contribuíram para sua morte e quanto disso era sua responsabilidade como adulta.

A Defesa apresentou o depoimento de uma testemunha ocular, juntamente com a apresentação das gravações das evidências da posse de Anneliese. Eles argumentaram que, quando adulta, Anneliese teve permissão para negar tratamento médico, que poderia incluir coisas desagradáveis ​​como tranquilizantes, alimentação forçada ou terapia de eletrochoque. Eles trouxeram a testemunha e amiga da família Thea Hein para corroborar essa história. Thea testemunhou que, em 1976, Anneliese “implorou de joelhos para que ela (Hein) não sugerisse atenção médica a ninguém”.

A defesa afirmou ainda que o padre Alt realmente procurou atendimento médico no final da vida de Anneliese. Em 30 de maio de 1976, um amigo seu, o Dr. Richard Roth, a visitou. Porém, o Dr. Roth o visitou como “curiosidade científica e não como médico”. No entanto, ele testemunhou que ela não tinha ferimentos físicos no momento de sua visita. Mas isso foi contestado pelo co-réu, padre Renz, que testemunhou que ela tinha vários hematomas, além de uma bochecha inchada e olhos roxos.

O interessante foi que a autópsia de Anneliese revelou que ela, de fato, tinha um cérebro saudável, sem danos causados ​​por quaisquer ataques epilépticos, nem mesmo em um “nível microscópico”. Ela também não tinha pupilas dilatadas ou úlceras no corpo, ambas frequentemente encontradas em vítimas de fome.

Os padres foram defendidos por advogados contratados pela Igreja e os pais foram defendidos por Erich Schmidt-Leichner. Schmidt-Leichner afirmou que o exorcismo era legal e que a constituição alemã protegia os cidadãos no exercício irrestrito de suas crenças religiosas.

A decisão

Apesar do argumento da Defesa, o Tribunal decidiu a favor da acusação dizendo que, na época, Anneleise não era capaz de tomar decisões por si mesma e deveria ter sido forçada a se submeter a cuidados médicos.

Todos os quatro acusados ​​foram condenados a seis meses de prisão, o Padre Alt e o Padre Renz ainda receberam uma suspensão de 3 anos do sacerdócio.

Exumação

Antes do julgamento, os pais pediram às autoridades permissão para exumar os restos mortais de sua filha. Eles fizeram isso como resultado de uma mensagem recebida de uma freira carmelita do distrito de Allgäu, no sul da Baviera. A freira disse aos pais que uma visão revelou a ela que o corpo de sua filha ainda estava intacto e que isso autenticava o caráter sobrenatural de seu caso. A razão oficial apresentada pelos pais às autoridades foi que Michel foi enterrado com pressa indevida em um caixão barato. Quase dois anos após o sepultamento, em 25 de fevereiro de 1978, seus restos mortais foram substituídos em um novo caixão de carvalho forrado com estanho.

Os exorcistas acusados ​​foram desencorajados de ver os restos mortais de Michel. O padre Arnold Renz afirmou mais tarde que foi impedido de entrar no necrotério.

Uma comissão da Conferência Episcopal Alemã declarou mais tarde que Anneliese Michel não estava possuída, Seu cadáver foi exumado onze anos e meio depois de seu enterro, apenas para confirmar que havia se deteriorado como seria de se esperar em circunstâncias normais.

Encerramento

Hoje, o túmulo de Michel em Klingenberg am Main continua a ser um lugar de peregrinação para muitos católicos que consideram Anneliese Michel uma crente devota que experimentou sofrimentos extremos para ajudar as almas que partiram no purgatório, e para a conversão dos pecadores.

Desde sua morte, especula-se que Michel pode ter tido transtorno dissociativo de identidade (comumente conhecido como transtorno de personalidade múltipla). Alguns médicos sugeriram que muitos dos sintomas de Michel são consistentes e sugestivos de transtornos mentais na seção do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR) sobre transtornos dissociativos e / ou com comportamentos observados em pacientes com esses distúrbios, como a adoção temporária de posturas corporais rígidas e bizarras (distonia); o uso do pronome da primeira pessoa do plural nós para descrever a si mesmo; as pupilas marcadamente dilatadas não explicadas por nenhum estímulo externo; amnésia total ou parcial; o surgimento de personalidades distintas entre os demônios; A sensação de que seu corpo estivesse agindo fora de sua vontade (despersonalização); medo ou rejeição da sexualidade; a persistência desses sintomas apesar do tratamento médico e na ausência de qualquer causa médica conhecida; e muitos outros.

Em 1999, o Cardeal Medina Estevez apresentou aos jornalistas na Cidade do Vaticano a nova versão do “Rituale Romanum” que tem sido usado pela Igreja Católica desde 1614. As atualizações vieram após mais de 10 anos de edição e são chamadas de “De exorcismis et supplicationibus quibusdam “também conhecido como” O exorcismo para o próximo milênio “. O Papa aprovou o novo Rito de Exorcismo, que agora é permitido para uso em todo o mundo. Esta nova forma de exorcismo surgiu depois que a Conferência Episcopal Alemã exigiu a abolição do “Rituale Romanum”. Também aconteceu mais de 20 anos depois da morte de Anneliese Michel.

Trilha Sonora:

Dreams Of War by Rafael Krux
Link: https://filmmusic.io/song/5404-dreams-of-war-
License: https://filmmusic.io/standard-license

Ignition by Alexander Nakarada
Link: https://filmmusic.io/song/4885-ignition
License: https://filmmusic.io/standard-license

LoFi Hip Hop Intro 06 by TaigaSoundProd
Link: https://filmmusic.io/song/6868-lofi-hip-hop-intro-06
License: https://filmmusic.io/standard-license

Cryptic Sorrow by Kevin MacLeod
Link: https://filmmusic.io/song/3568-cryptic-sorrow
License: https://filmmusic.io/standard-license

Echoes of Time by Kevin MacLeod
Link: https://filmmusic.io/song/3699-echoes-of-time
License: https://filmmusic.io/standard-license

Symmetry by Kevin MacLeod
Link: https://filmmusic.io/song/4790-symmetry
License: https://filmmusic.io/standard-license

Cinema Blockbuster Trailer 13 (99FIRE-FILMS AWARD) by Sascha Ende
Link: https://filmmusic.io/song/3137-cinema-blockbuster-trailer-13-99fire-films-award-
License: https://filmmusic.io/standard-license

Links:

https://www.imdb.com/title/tt0404032/

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-59130/

Michel, Anneliese

O que é O ESTÁGIO VOCACIONAL?

https://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/1504158/God-told-us-to-exorcise-my-daughters-demons.-I-dont-regret-her-death.html

https://super.abril.com.br/blog/turma-do-fundao/semana-de-halloween-8211-5-casos-de-exorcismo-que-ficaram-famosos/

https://br.aeplay.tv/damien/noticia/imagens-e-o-audio-do-exorcismo-mais-famoso-do-mundo

https://pt.findagrave.com/memorial/11381816/anneliese-michel

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leiblfing

https://www.leiblfing.de/startseite-gemeinde

https://www.leiblfing.de/Geschichte.n26.html

The Exorcism of Anneliese Michel: Introduction

https://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/northamerica/usa/1504158/God-told-us-to-exorcise-my-daughters-demons.-I-dont-regret-her-death.html

https://www.dilantin.com/

The Exorcism of Anneliese Michel

https://aminoapps.com/c/paranormal/page/blog/anneliese-michel/Z6BN_zxLhBuwMnw3vgwL50N2o5gKbwNXYM

The Weird Tale of Anneliese Michel

http://www.chasingthefrog.com/reelfaces/emilyrose.php

http://www.lastgasps.com/page55.html

Anneliese Michel: the Girl, the Possession, the Exorcisms

Anneliese Michel And The Shocking Images From The Exorcism Of The Real Emily Rose

Who was Priest Valentin Fleischmann? Did he really possess Anneliese Michel?

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