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TS#007 | AS CRIANÇAS VERDES DE WOOLPIT

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Why? Feed inativo status. Nossos servidores foram incapazes de recuperar um feed de podcast válido por um período razoável.

What now? You might be able to find a more up-to-date version using the search function. This series will no longer be checked for updates. If you believe this to be in error, please check if the publisher's feed link below is valid and contact support to request the feed be restored or if you have any other concerns about this.

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Olá pessoas, já ouviram falar sobre a lenda das crianças verdes?

Hoje iremos debater um famoso caso ocorrido na cidade Inglesa de Woolpit, que segundo a Wikipédia “abre aspas”:

é uma vila no condado inglês de Suffolk, a meio caminho entre as cidades de Bury St Edmunds e Stowmarket. Em 2007, tinha uma população de 2.030 pessoas. É notável pela sua igreja paroquial, que tem especialmente bom trabalho em madeira medieval. Administrativamente Woolpit é uma freguesia, parte do distrito de Mid Suffolk.

O nome da aldeia, registrado pela primeira vez no século 10, deriva do wulf-pytt do inglês antigo, que significa “poço para lobos trapaceiros”

Além de ser conhecida pela sua igreja, Woolpit ficou conhecida também a partir do conto dos “Filhos Verdes de Woolpit”, um livro de Thomas Keightley, que foi publicado em 1850.

Este livro, retrata uma lenda do século XII, que fala de duas crianças que apareceram à beira de um campo na vila de Woolpit.

A lenda das crianças verdes de Woolpit ocorreu durante o reinado do rei Estêvão I, em um período bastante tumultuado da história da Inglesa que é conhecida com ‘A Anarquia’ uma guerra civil entre a Inglaterra e a Normandia, curiosamente comandada pela prima de Estêvão I, a Imperatriz Matilde.

Igreja em Woolpit

O QUE FOI

De acordo com o relato as crianças verdes, eram um menino e sua irmã, e que foram encontrados por ceifeiros que trabalhavam em seus campos na época da colheita, perto de algumas valas que haviam sido escavadas para prender lobos em Santa Maria dos Poços do Lobo (Woolpit).

A pele deles era tingida de um tom verde, suas roupas eram feitas de materiais desconhecidos e sua fala era ininteligível para os homens.

Eles foram levados para a vila, onde foram finalmente aceitos na casa do proprietário local, Sir Richard de Caine, em Wilkes.

As crianças não comiam nenhum tipo de alimento apresentado oferecido para elas, mas pareciam estarem famintas.

Eventualmente, os aldeões trouxeram feijão recém-colhido, que as crianças devoraram.

Em alguns textos existe a versão que as crianças encontraram o feijão nascendo dentro da aldeia e comiam direto do chão mesmo.

Eles então, sobreviveram apenas com feijão por muitos meses, até que conseguiram que eles comecem outro tipo de alimento e elas pegaram gosto pelo pão.

O menino ficou doente e logo sucumbiu à doença e morreu, enquanto a menina permaneceu em boa saúde e acabou perdendo a pele esverdeada.

Segundo alguns relatos, ela adotou o nome Agnes Barre, e trabalhou na comunidade ajudando Sir Caine por anos, até conhecer um homem de, King’s Lynnse, no condado vizinho de Norfolk, era o arquidiácono de Ely, Richard Barre ou Narre, que supostamente chegou a ser embaixador de Henrique II, come ele a menina se casou, também existem suposições que o casal teve um filho.

MAIS DETALHES

Após dominarem a língua da rainha, as crianças puderam dizer um pouco sobre a origem delas.

Como surgiram

Também são inexplicáveis como as crianças apareceram naquele fosso. A garotinha disse que ela e seu irmão estavam procurando o rebanho do pai e seguiram por caverna escutando o som dos sinos. Vagaram na escuridão por um longo tempo até que acharam uma saída; de repente, eles ficaram cegos por um clarão de luz.

A luz do sol e a temperatura diferente deixaram-nos cansados; descansavam quando ouviram vozes, viram pessoas estranhas e tentaram fugir, mas não deu tempo e foram encontrados.

Terra De São Martin

Segundo a garotinha, ela e seu irmão vieram de um lugar chamado ‘St. Martin’s Land’, localizado no subsolo terrestre, onde a atmosfera de crepúsculo era permanente.

Explicava que seu irmão e ela tinham vindo de “uma terra sem sol”, com um perpétuo crepúsculo. Todos os habitantes eram verdes.

Ela não tinha certeza exata onde se localizava sua terra. Ainda, ela chamava de “Luminous” a outra terra, que era cruzada por um “rio considerável” separando o mundo deles.

ONDE FOI REGISTRADO

A história foi registrada por dois cronistas do século XII.

O primeiro foi, Ralph de Coggestall, que era o abade de um mosteiro cisterciense em Coggeshall, ele registrou o relato das crianças verdes no Chronicon Anglicanum e Augustinian Newburgh Priory.

De acordo com os escritos Ralph de Coggeshall, as crianças foram levadas para a casa vizinha da abadia, onde Sir Richard de Calne, ofereceu comida as crianças, mas elas se recusaram repetidamente a comer.

Isso continuou por alguns dias até as crianças encontrarem alguns feijões verdes no jardim de Richard de Calne, que eles comeram direto do chão.

Em alguns documentos de registros diários da abadia, Coggeshall cita que as crianças eram incrivelmente inteligentes e prendadas.

Ainda segundo Coggeshall, a menina, posteriormente foi batizada de Berta (e não Agnes como em todos os outros textos). E que ela aprendeu a inglês apenas ouvindo as pessoas ao seu redor, e que tamanha facilidade para idiomas, ela também aprendeu latim e francês em poucas semanas.

O segundo registro do caso foi de, William De Newburgh, um historiador e cânone inglês no Agostiniano Newburgh Priory, ao norte de Yorkshire, ele incluiu a história das crianças verdes na sua obra principal a, Historia rerum Anglicarum.

Há um documento datado do século XIV redigido por William of Newburgh, onde ele que menciona que a lenda das crianças verdes, e fala dos jovens terem descido dos céus em uma espécie de “barril metálico”.

Ainda ele diz que o tal barril teria sido guardado na sacristia da Igreja de Woolpit, mas um dia o objeto simplesmente desapareceu.

Ambos os escritores relataram que os eventos ocorreram entre o reinado do dos reis, rei Estêvão (1135-54) e do rei Henrique II (1154-1189).

A história também aparece na Chronicon Anglicanum (A Crônica Britânica), que foi um volume escrito sob ordens do Rei Stephen para conter toda a história das Ilhas Britânicas.

Na época o Rei advertiu os autores de que superstição e crendices deveriam ficar de fora desse trabalho, já que ele deveria se concentrar exclusivamente em fatos e acontecimentos ligados a história britânica.

Mas mesmo assim, além das crianças verdes, no livro ainda tem de avistamento de dragões, a sequestros orquestrados pelo povo fada.

POSSÍVEIS EXPLICAÇÕES

Pele Verde

Uma possibilidade, é que as crianças sofram de Anemia Hipocrômica, originalmente conhecida como Clorose (palavra grega ‘Chloris’, que significa amarelo-esverdeado).

Essa condição, é causada por uma dieta muito pobre, e que afeta a cor dos glóbulos vermelhos e resulta em uma tonalidade visivelmente verde da pele.

O que justificaria essa teoria, é que a menina voltou a possuir um tom de pele normal após adotar uma dieta saudável.

Terra de são Martin:

Sobre a origem das crianças ser de uma terra estranha, Paul Harris, sugeriu no livro Fortean Studies 4 publicado em 1998 pela editora John Brown Publishing, que as crianças eram órfãs flamengas, possivelmente de um local próximo conhecido como Fornham St. Martin, que era separado de Woolpit pelo rio Cotovia, assim como na descrição da menina.

Nesta época, muitos imigrantes flamengos chegaram durante o século XII, mas foram perseguidos sob o reinado do rei Henrique II.

Em 1173, muitos foram mortos perto de Bury St Edmunds.

Se eles tivessem fugido para a floresta de Thetford, talvez parecesse um crepúsculo permanente para as crianças assustadas.

Eles também podem ter entrado em uma das muitas passagens subterrâneas da área, o que finalmente os levou a Woolpit.

Isso justificaria as roupas e idiomas estranhos, pois eram todos flamencos.

Origens Espaciais:

Já o autor Robert Burton, sugeriu em seu livro de 1621 ‘The Anatomy of Melancholy‘ que as crianças verdes “caíram do céu”, levando outros a especular que as crianças podem ter sido extraterrestres.

Em um artigo de 1996 publicado na revista Analog, o astrônomo Duncan Lunan levantou a hipótese de que as crianças foram transportadas acidentalmente para Woolpit de seu planeta natal, que podem ficar presas em órbita síncrona ao redor do sol, apresentando as condições de vida apenas em uma estreita zona crepuscular entre uma superfície ferozmente quente e um lado escuro congelado.

Grande Trauma:

Alguns antropólogos que se dedicaram a estudar a lenda, defendem que as crianças verdes poderiam ser um fenômeno de “crianças selvagens”, tendo crescido nos recônditos florestais sem a supervisão ou proximidade de um adulto, desenvolvendo suas próprias regras e noções de sobrevivência.

Encontradas próximas a cidades, essas crianças muitas vezes são incapazes de compreender as noções básicas da vida em sociedade e tendem a encontrar dificuldades para se adaptar.

O aparecimento de crianças selvagens em várias partes do mundo – inclusive na Grã-Bretanha, é um acontecimento conhecido e analisado por especialistas em comportamento social.

A PROFECIA:

No século XVI, um estudioso britânico que vivia em Suffolk e atendia pelo nome de Mark de Cloister, que dizia ser um discípulo do famoso ocultista Dr. John Dee, escreveu uma profecia sobre o caso, e segundo ele as fontes das trágicas informações e previsões, foram obtidas por intermédio da astrologia e da comunicação com anjos.

Cloister deu a essa profecia o nome de “Previsões para uma Era Tumultuada” que a Grã Bretanha de fato, e todo o mundo estaria próximo de entrar em um tempo de grande agitação política, culminando em guerras, genocídio e tragédias.

O estudioso disse que o prenúncio dessa Era de Agitação (“A Time of Troubles“) seria o surgimento de duas crianças gêmeas que seriam encontradas em uma floresta britânica.

Essas crianças poderiam ser reconhecidas por ter a pele esverdeada.

Ainda nessas previsões, ele dizia que a aparição dessas notáveis crianças verdes, seria o ponta pé, para uma invasão a Britânia, realizada por povos vindos das Terras do Norte, que teriam os cabelos claros e uma predisposição belicista.

Estes conquistadores estariam dispostos a cruzar o Canal Inglês e marchar sobre as cidades britânicas incendiando todas aquelas que resistissem a sua investida. Por fim, a Inglaterra inteira arderia em ruínas. Sim, ele estava falando dos Nazistas.

ENVOLVIMENTO COM NAZIS

Agora o mais fantástico: sabendo da lenda e de suas implicações como Propaganda de Guerra, os Nazistas usaram a estória das Crianças Verdes de Cloister para justificar uma vitória esmagadora sobre a Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra.

Supostamente, existiriam arquivos, nos quais, no início dos anos 40, o Alto Comando Alemão, conduziu investigações sobre o surgimento de crianças com a pele esverdeada na Inglaterra, pouco antes da Guerra ser declarada.

O projeto alemão ficou conhecido como Operação Grün Kinder.

Participaram Deste Programa:

Ana Lady Siph:

Twitter @aquedadoveu

Feed: feeds.feedburner.com/plcasts

Léo Nocete:

Twitter @Doublecast1

Site Do Doublecast Podcast

Feed: feeds.feedburner.com/doublecastpodcast

Yure Braule:

Twitter @mongecast

Site Do Mongecast

Feed: mongecast.com.br/feeds/posts/default

Links Relevantes:

https://koutroularis.wordpress.com/2018/07/17/as-criancas-verdes-de-woolpit/

https://verdademundial.com.br/2015/09/o-misterio-das-criancas-verdes/

https://arquivoufo.com.br/2016/02/09/o-caso-estranho-das-criancas-verdes-de-woolpit/

https://www.tricurioso.com/2018/10/21/conheca-o-bizarro-caso-das-criancas-verdes-de-woolpit/

https://www.detetivedoimprovavel.com.br/2019/04/o-misterio-das-criancas-verdes/

https://www.alemdesalem.com.br/as-criancas-verdes-de-woolpit/

https://www.mentalfloss.com/article/62878/mystery-green-children-woolpit

https://www.historic-uk.com/CultureUK/The-Green-Children-of-Woolpit/

https://www.ancient-origins.net/unexplained-phenomena/green-children-woolpit-12th-century-legend-visitors-another-world-002347

http://anomalyinfo.com/Stories/1887-august-green-children-banjos

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Olá pessoas, já ouviram falar sobre a lenda das crianças verdes?

Hoje iremos debater um famoso caso ocorrido na cidade Inglesa de Woolpit, que segundo a Wikipédia “abre aspas”:

é uma vila no condado inglês de Suffolk, a meio caminho entre as cidades de Bury St Edmunds e Stowmarket. Em 2007, tinha uma população de 2.030 pessoas. É notável pela sua igreja paroquial, que tem especialmente bom trabalho em madeira medieval. Administrativamente Woolpit é uma freguesia, parte do distrito de Mid Suffolk.

O nome da aldeia, registrado pela primeira vez no século 10, deriva do wulf-pytt do inglês antigo, que significa “poço para lobos trapaceiros”

Além de ser conhecida pela sua igreja, Woolpit ficou conhecida também a partir do conto dos “Filhos Verdes de Woolpit”, um livro de Thomas Keightley, que foi publicado em 1850.

Este livro, retrata uma lenda do século XII, que fala de duas crianças que apareceram à beira de um campo na vila de Woolpit.

A lenda das crianças verdes de Woolpit ocorreu durante o reinado do rei Estêvão I, em um período bastante tumultuado da história da Inglesa que é conhecida com ‘A Anarquia’ uma guerra civil entre a Inglaterra e a Normandia, curiosamente comandada pela prima de Estêvão I, a Imperatriz Matilde.

Igreja em Woolpit

O QUE FOI

De acordo com o relato as crianças verdes, eram um menino e sua irmã, e que foram encontrados por ceifeiros que trabalhavam em seus campos na época da colheita, perto de algumas valas que haviam sido escavadas para prender lobos em Santa Maria dos Poços do Lobo (Woolpit).

A pele deles era tingida de um tom verde, suas roupas eram feitas de materiais desconhecidos e sua fala era ininteligível para os homens.

Eles foram levados para a vila, onde foram finalmente aceitos na casa do proprietário local, Sir Richard de Caine, em Wilkes.

As crianças não comiam nenhum tipo de alimento apresentado oferecido para elas, mas pareciam estarem famintas.

Eventualmente, os aldeões trouxeram feijão recém-colhido, que as crianças devoraram.

Em alguns textos existe a versão que as crianças encontraram o feijão nascendo dentro da aldeia e comiam direto do chão mesmo.

Eles então, sobreviveram apenas com feijão por muitos meses, até que conseguiram que eles comecem outro tipo de alimento e elas pegaram gosto pelo pão.

O menino ficou doente e logo sucumbiu à doença e morreu, enquanto a menina permaneceu em boa saúde e acabou perdendo a pele esverdeada.

Segundo alguns relatos, ela adotou o nome Agnes Barre, e trabalhou na comunidade ajudando Sir Caine por anos, até conhecer um homem de, King’s Lynnse, no condado vizinho de Norfolk, era o arquidiácono de Ely, Richard Barre ou Narre, que supostamente chegou a ser embaixador de Henrique II, come ele a menina se casou, também existem suposições que o casal teve um filho.

MAIS DETALHES

Após dominarem a língua da rainha, as crianças puderam dizer um pouco sobre a origem delas.

Como surgiram

Também são inexplicáveis como as crianças apareceram naquele fosso. A garotinha disse que ela e seu irmão estavam procurando o rebanho do pai e seguiram por caverna escutando o som dos sinos. Vagaram na escuridão por um longo tempo até que acharam uma saída; de repente, eles ficaram cegos por um clarão de luz.

A luz do sol e a temperatura diferente deixaram-nos cansados; descansavam quando ouviram vozes, viram pessoas estranhas e tentaram fugir, mas não deu tempo e foram encontrados.

Terra De São Martin

Segundo a garotinha, ela e seu irmão vieram de um lugar chamado ‘St. Martin’s Land’, localizado no subsolo terrestre, onde a atmosfera de crepúsculo era permanente.

Explicava que seu irmão e ela tinham vindo de “uma terra sem sol”, com um perpétuo crepúsculo. Todos os habitantes eram verdes.

Ela não tinha certeza exata onde se localizava sua terra. Ainda, ela chamava de “Luminous” a outra terra, que era cruzada por um “rio considerável” separando o mundo deles.

ONDE FOI REGISTRADO

A história foi registrada por dois cronistas do século XII.

O primeiro foi, Ralph de Coggestall, que era o abade de um mosteiro cisterciense em Coggeshall, ele registrou o relato das crianças verdes no Chronicon Anglicanum e Augustinian Newburgh Priory.

De acordo com os escritos Ralph de Coggeshall, as crianças foram levadas para a casa vizinha da abadia, onde Sir Richard de Calne, ofereceu comida as crianças, mas elas se recusaram repetidamente a comer.

Isso continuou por alguns dias até as crianças encontrarem alguns feijões verdes no jardim de Richard de Calne, que eles comeram direto do chão.

Em alguns documentos de registros diários da abadia, Coggeshall cita que as crianças eram incrivelmente inteligentes e prendadas.

Ainda segundo Coggeshall, a menina, posteriormente foi batizada de Berta (e não Agnes como em todos os outros textos). E que ela aprendeu a inglês apenas ouvindo as pessoas ao seu redor, e que tamanha facilidade para idiomas, ela também aprendeu latim e francês em poucas semanas.

O segundo registro do caso foi de, William De Newburgh, um historiador e cânone inglês no Agostiniano Newburgh Priory, ao norte de Yorkshire, ele incluiu a história das crianças verdes na sua obra principal a, Historia rerum Anglicarum.

Há um documento datado do século XIV redigido por William of Newburgh, onde ele que menciona que a lenda das crianças verdes, e fala dos jovens terem descido dos céus em uma espécie de “barril metálico”.

Ainda ele diz que o tal barril teria sido guardado na sacristia da Igreja de Woolpit, mas um dia o objeto simplesmente desapareceu.

Ambos os escritores relataram que os eventos ocorreram entre o reinado do dos reis, rei Estêvão (1135-54) e do rei Henrique II (1154-1189).

A história também aparece na Chronicon Anglicanum (A Crônica Britânica), que foi um volume escrito sob ordens do Rei Stephen para conter toda a história das Ilhas Britânicas.

Na época o Rei advertiu os autores de que superstição e crendices deveriam ficar de fora desse trabalho, já que ele deveria se concentrar exclusivamente em fatos e acontecimentos ligados a história britânica.

Mas mesmo assim, além das crianças verdes, no livro ainda tem de avistamento de dragões, a sequestros orquestrados pelo povo fada.

POSSÍVEIS EXPLICAÇÕES

Pele Verde

Uma possibilidade, é que as crianças sofram de Anemia Hipocrômica, originalmente conhecida como Clorose (palavra grega ‘Chloris’, que significa amarelo-esverdeado).

Essa condição, é causada por uma dieta muito pobre, e que afeta a cor dos glóbulos vermelhos e resulta em uma tonalidade visivelmente verde da pele.

O que justificaria essa teoria, é que a menina voltou a possuir um tom de pele normal após adotar uma dieta saudável.

Terra de são Martin:

Sobre a origem das crianças ser de uma terra estranha, Paul Harris, sugeriu no livro Fortean Studies 4 publicado em 1998 pela editora John Brown Publishing, que as crianças eram órfãs flamengas, possivelmente de um local próximo conhecido como Fornham St. Martin, que era separado de Woolpit pelo rio Cotovia, assim como na descrição da menina.

Nesta época, muitos imigrantes flamengos chegaram durante o século XII, mas foram perseguidos sob o reinado do rei Henrique II.

Em 1173, muitos foram mortos perto de Bury St Edmunds.

Se eles tivessem fugido para a floresta de Thetford, talvez parecesse um crepúsculo permanente para as crianças assustadas.

Eles também podem ter entrado em uma das muitas passagens subterrâneas da área, o que finalmente os levou a Woolpit.

Isso justificaria as roupas e idiomas estranhos, pois eram todos flamencos.

Origens Espaciais:

Já o autor Robert Burton, sugeriu em seu livro de 1621 ‘The Anatomy of Melancholy‘ que as crianças verdes “caíram do céu”, levando outros a especular que as crianças podem ter sido extraterrestres.

Em um artigo de 1996 publicado na revista Analog, o astrônomo Duncan Lunan levantou a hipótese de que as crianças foram transportadas acidentalmente para Woolpit de seu planeta natal, que podem ficar presas em órbita síncrona ao redor do sol, apresentando as condições de vida apenas em uma estreita zona crepuscular entre uma superfície ferozmente quente e um lado escuro congelado.

Grande Trauma:

Alguns antropólogos que se dedicaram a estudar a lenda, defendem que as crianças verdes poderiam ser um fenômeno de “crianças selvagens”, tendo crescido nos recônditos florestais sem a supervisão ou proximidade de um adulto, desenvolvendo suas próprias regras e noções de sobrevivência.

Encontradas próximas a cidades, essas crianças muitas vezes são incapazes de compreender as noções básicas da vida em sociedade e tendem a encontrar dificuldades para se adaptar.

O aparecimento de crianças selvagens em várias partes do mundo – inclusive na Grã-Bretanha, é um acontecimento conhecido e analisado por especialistas em comportamento social.

A PROFECIA:

No século XVI, um estudioso britânico que vivia em Suffolk e atendia pelo nome de Mark de Cloister, que dizia ser um discípulo do famoso ocultista Dr. John Dee, escreveu uma profecia sobre o caso, e segundo ele as fontes das trágicas informações e previsões, foram obtidas por intermédio da astrologia e da comunicação com anjos.

Cloister deu a essa profecia o nome de “Previsões para uma Era Tumultuada” que a Grã Bretanha de fato, e todo o mundo estaria próximo de entrar em um tempo de grande agitação política, culminando em guerras, genocídio e tragédias.

O estudioso disse que o prenúncio dessa Era de Agitação (“A Time of Troubles“) seria o surgimento de duas crianças gêmeas que seriam encontradas em uma floresta britânica.

Essas crianças poderiam ser reconhecidas por ter a pele esverdeada.

Ainda nessas previsões, ele dizia que a aparição dessas notáveis crianças verdes, seria o ponta pé, para uma invasão a Britânia, realizada por povos vindos das Terras do Norte, que teriam os cabelos claros e uma predisposição belicista.

Estes conquistadores estariam dispostos a cruzar o Canal Inglês e marchar sobre as cidades britânicas incendiando todas aquelas que resistissem a sua investida. Por fim, a Inglaterra inteira arderia em ruínas. Sim, ele estava falando dos Nazistas.

ENVOLVIMENTO COM NAZIS

Agora o mais fantástico: sabendo da lenda e de suas implicações como Propaganda de Guerra, os Nazistas usaram a estória das Crianças Verdes de Cloister para justificar uma vitória esmagadora sobre a Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra.

Supostamente, existiriam arquivos, nos quais, no início dos anos 40, o Alto Comando Alemão, conduziu investigações sobre o surgimento de crianças com a pele esverdeada na Inglaterra, pouco antes da Guerra ser declarada.

O projeto alemão ficou conhecido como Operação Grün Kinder.

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Links Relevantes:

https://koutroularis.wordpress.com/2018/07/17/as-criancas-verdes-de-woolpit/

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