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Alejandro Claveux: Ser macho não é ser bruto

 
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Estrela da série “Rensga Hits” fala sobre a desconstrução do lugar do masculino na TV e lembra as dificuldades que enfrentou na infância Uma das estrelas da série “Rensga Hits”, da Globoplay, o goiano Alejandro Claveux cresceu acreditando que nunca poderia ser ator. Gago na infância, ele precisou superar muita insegurança para se sentir bem na própria pele. “Se hoje consigo falar quando antes não atendia sequer um telefone, é porque tudo é possível. É sobre superação, se arriscar sem medo, em busca de ser alguém melhor.” Com o fim dos problemas de fala, veio também uma voz ativa e a habilidade de se posicionar politicamente e sobre a sua sexualidade com a firmeza que é necessária aos dias de hoje. “Claro que dá pra gente ser o que a gente quer ser. Se esse presidente abre a boca todo o dia para ser essa coisa terrível e não tem vergonha, a gente não vai ser quem a gente quer? Uma das minhas funções é tentar normalizar o afeto entre dois homens. Enquanto os outros usam armas, a gente vai no amor”, diz. Ao Trip FM o ator falou ainda sobre morar no mato, do período em que trabalhou como sorveteiro e de quando uma crise de pânico virou um sucesso de interpretação. Confira a entrevista completa no play, encontre o programa no Spotify ou leia um trecho abaixo. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2022/10/63406aff4f8fc/alejandro-claveaux-ator-rensga-hits-globo-peao-sertanejo-tripfm-mh.jpg; CREDITS=Pedro Pedreira (@pedropedreira_); LEGEND=Alejandro Claveaux; ALT_TEXT=Alejandro Claveaux] Trip. Você pertence a um padrão que agrada o mercado. Por outro lado isso às vezes pode atrapalhar, caso você fique com um carimbo de galã. Existe esse lado ruim da beleza? Alejandro Claveux. Eu nunca me vi assim. O que me alimenta é tentar não me reconhecer e não reconhecer outros personagens que já fiz. Quando você assume o papel de galã é mais fácil de se repetir. Raspar o cabelo, ou tirar a barba, emagrecer demais... Tudo pode não ser atrativo. É preciso mudar esse modelo de masculino, do peão, do fortão. A gente precisa trabalhar o masculino na delicadeza, na sensibilidade, sem brutalidade. Somos homens e somos diversos. Levar para esses mocinhos outras características pode mudar a concepção desse macho. A sua gagueira na infância veio de algum sofrimento? Você teve problemas com timidez? Eu fui muito tímido, uma criança sensível. Nunca gostei de futebol e das coisas clássicas que os meninos aprendem. E era muito gago, então recebia muito bullying. É uma bola de neve: a partir do momento em que você é julgado e não se sente pertencente a nenhum grupo, você vai se vexando. Eu vejo esses meus amigos dessa época aparecendo nas redes e falando que sempre acreditaram que eu seria um grande ator. Não faz sentido. Hoje não acho ruim esse cara que eu fui, não me dá vergonha, faz parte de quem eu sou. E se hoje consigo falar quando antes eu não atendia sequer um telefone, é porque tudo é possível. É sobre superação, se arriscar sem medo em busca de ser alguém melhor. O medo é uma pedra que te trava, quando você tira a pedra, vai receber pequenos presentes que a vida oferece. Hoje em dia, com tudo que temos vivido, é possível ser quem a gente quer ser? Claro que dá pra gente ser o que a gente quer ser. Se esse presidente abre a boca todo o dia para ser essa coisa terrível e não tem vergonha, a gente não vai ser quem a gente quer? Como a gente não vai ser, se estamos falando de afeto, de amor e de carinho. Você precisa expor quem você é sem medo. Uma das minhas funções com a minha vida é tentar normalizar o afeto entre dois homens. Enquanto os outros usam armas, a gente vai no amor.
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