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Em discurso de posse, novo primeiro-ministro da França promete “não esconder e nem negligenciar nada”

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O centrista François Bayrou tomou posse nesta sexta-feira (13) como o novo primeiro-ministro da França, o quarto em apenas um ano. Em uma rápida cerimônia no Hôtel de Matignon, em Paris, o chefe de governo escolhido por Emmanuel Macron afirmou estar ciente das dificuldades que enfrentará, mas se disse disposto a enfrentar os desafios “com os olhos abertos”.

Ao lado de Michel Barnier, destituído na semana passada, François Bayrou fez um discurso improvisado, prometendo "não esconder e nem negligenciar nada". Adotando um tom pessoal, o líder centrista também prevê acabar com “o muro de vidro” entre os cidadãos e o poder. Para isso, ele sabe que terá um longo e árduo caminho.

“Ninguém mais do que eu conhece a dificuldade da situação”, afirmou Bayrou, evocando o impasse político e econômico da França. “Não ignoro o Himalaia que aparece diante de nós”, reiterou. Para ele, o déficit do país atinge 6,1% do PIB, e a dívida de € 60 bilhões por ano, “é um problema moral e não apenas financeiro”.

O orçamento para 2025, além das divisões políticas na Assembleia dos Deputados, serão os grandes desafios do premiê em seu início de governo. Resta saber se ele conseguirá se manter no poder, já que, a exemplo de seu antecessor, Michel Barnier, Bayrou também poderá enfrentar uma moção de censura na Assembleia de Deputados.

Antes dele, o chefe de governo destituído na semana passada, Michel Barnier, foi quem inaugurou a cerimônia de posse, com um breve discurso. Em sua fala, o ex-premiê fez duras críticas aos deputados da esquerda e da extrema direita responsáveis por sua queda, há nove dias. Segundo ele, a aliança entre as duas forças políticas opostas deixou o país “em uma situação inédita e grave”.

Barnier não poupou elogios ao novo primeiro-ministro, destacando sua tenacidade e seu engajamento. “Nosso país precisa de verdade”, afirmou o republicano, recebendo um longo aplauso dos ex-ministros que fizeram parte de seu efêmero governo, que durou apenas três meses.

Forte aliado de Macron

Peso-pesado da política francesa, François Bayrou é uma figura conhecida na França. O premiê já foi ministro da Educação nos anos 1990 e foi nomeado ministro da Justiça no primeiro mandato de Macron, cargo que deixou ao ser acusado de desvio de fundos públicos europeus. Em fevereiro deste ano, foi inocentado, mas dias depois o Ministério Público recorreu da decisão. Segundo o jornal Libération, o processo ainda não tem data para começar.

Bayrou também exerceu vários mandatos de deputado na Assembleia francesa. Há dez anos é prefeito da cidade de Pau, no sudoeste da França.

Ao longo de sua extensa carreira política, o centrista fundou o partido MoDem (Movimento Democrata) e disputou eleições presidenciais em três ocasiões, 2002, 2007 e 2012. Em 2017, desistiu de se candidatar para apoiar Macron.

Essa fidelidade teve um peso importante na escolha do presidente para o novo chefe de governo. Macron precisa de apoio em um momento que sua popularidade está em 21% - o nível mais baixo desde que chegou ao poder.

Bayrou: o homem da situação

Desde a queda do ex-primeiro-ministro Michel Barnier, na semana passada, toda a imprensa francesa apostava na nomeação de Bayrou, classificado pelas mídias de "o homem da situação". O líder do MoDem nunca escondeu sua ambição de chegar ao cargo e em declarações recentes à imprensa francesa garantiu que estava pronto para assumir a chefia do governo.

“Há um caminho a ser encontrado que reúna as pessoas no lugar de dividi-las. Acho que a reconciliação é necessária”, declarou o novo primeiro-ministro a jornalistas, logo após a nomeação.

Embora analistas políticos afirmem ser difícil prever a constituição do governo Bayrou, acredita-se que a tendência é de uma nova administração de direita. O Partido Socialista, ala mais moderada da esquerda francesa, afirmou nesta tarde que continuará na oposição. Enquanto isso, a legenda França Insubmissa já ameaça o premiê com uma nova moção de censura.

Na noite desta sexta-feira, o primeiro líder a ser recebido pelo premiê é o conservador Bruno Retailleau, ex-ministro do Interior de Barnier e uma das principais figuras do Partido Republicano.

Do lado dos macronistas, a esperança é que Bayrou apazigue a crise política iniciada em junho deste ano, quando o presidente francês resolveu dissolver a Assembleia de Deputados e convocar novas eleições legislativas. "François Bayrou é a pessoa certa, no momento certo e no lugar certo para responder às aspirações da população, que quer sobriedade, tranquilidade, e sobretudo união em prol do país", avalia o ex-primeiro-ministro Gabriel Attal.

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Ao lado de Michel Barnier, destituído na semana passada, François Bayrou fez um discurso improvisado, prometendo "não esconder e nem negligenciar nada". Adotando um tom pessoal, o líder centrista também prevê acabar com “o muro de vidro” entre os cidadãos e o poder. Para isso, ele sabe que terá um longo e árduo caminho.

“Ninguém mais do que eu conhece a dificuldade da situação”, afirmou Bayrou, evocando o impasse político e econômico da França. “Não ignoro o Himalaia que aparece diante de nós”, reiterou. Para ele, o déficit do país atinge 6,1% do PIB, e a dívida de € 60 bilhões por ano, “é um problema moral e não apenas financeiro”.

O orçamento para 2025, além das divisões políticas na Assembleia dos Deputados, serão os grandes desafios do premiê em seu início de governo. Resta saber se ele conseguirá se manter no poder, já que, a exemplo de seu antecessor, Michel Barnier, Bayrou também poderá enfrentar uma moção de censura na Assembleia de Deputados.

Antes dele, o chefe de governo destituído na semana passada, Michel Barnier, foi quem inaugurou a cerimônia de posse, com um breve discurso. Em sua fala, o ex-premiê fez duras críticas aos deputados da esquerda e da extrema direita responsáveis por sua queda, há nove dias. Segundo ele, a aliança entre as duas forças políticas opostas deixou o país “em uma situação inédita e grave”.

Barnier não poupou elogios ao novo primeiro-ministro, destacando sua tenacidade e seu engajamento. “Nosso país precisa de verdade”, afirmou o republicano, recebendo um longo aplauso dos ex-ministros que fizeram parte de seu efêmero governo, que durou apenas três meses.

Forte aliado de Macron

Peso-pesado da política francesa, François Bayrou é uma figura conhecida na França. O premiê já foi ministro da Educação nos anos 1990 e foi nomeado ministro da Justiça no primeiro mandato de Macron, cargo que deixou ao ser acusado de desvio de fundos públicos europeus. Em fevereiro deste ano, foi inocentado, mas dias depois o Ministério Público recorreu da decisão. Segundo o jornal Libération, o processo ainda não tem data para começar.

Bayrou também exerceu vários mandatos de deputado na Assembleia francesa. Há dez anos é prefeito da cidade de Pau, no sudoeste da França.

Ao longo de sua extensa carreira política, o centrista fundou o partido MoDem (Movimento Democrata) e disputou eleições presidenciais em três ocasiões, 2002, 2007 e 2012. Em 2017, desistiu de se candidatar para apoiar Macron.

Essa fidelidade teve um peso importante na escolha do presidente para o novo chefe de governo. Macron precisa de apoio em um momento que sua popularidade está em 21% - o nível mais baixo desde que chegou ao poder.

Bayrou: o homem da situação

Desde a queda do ex-primeiro-ministro Michel Barnier, na semana passada, toda a imprensa francesa apostava na nomeação de Bayrou, classificado pelas mídias de "o homem da situação". O líder do MoDem nunca escondeu sua ambição de chegar ao cargo e em declarações recentes à imprensa francesa garantiu que estava pronto para assumir a chefia do governo.

“Há um caminho a ser encontrado que reúna as pessoas no lugar de dividi-las. Acho que a reconciliação é necessária”, declarou o novo primeiro-ministro a jornalistas, logo após a nomeação.

Embora analistas políticos afirmem ser difícil prever a constituição do governo Bayrou, acredita-se que a tendência é de uma nova administração de direita. O Partido Socialista, ala mais moderada da esquerda francesa, afirmou nesta tarde que continuará na oposição. Enquanto isso, a legenda França Insubmissa já ameaça o premiê com uma nova moção de censura.

Na noite desta sexta-feira, o primeiro líder a ser recebido pelo premiê é o conservador Bruno Retailleau, ex-ministro do Interior de Barnier e uma das principais figuras do Partido Republicano.

Do lado dos macronistas, a esperança é que Bayrou apazigue a crise política iniciada em junho deste ano, quando o presidente francês resolveu dissolver a Assembleia de Deputados e convocar novas eleições legislativas. "François Bayrou é a pessoa certa, no momento certo e no lugar certo para responder às aspirações da população, que quer sobriedade, tranquilidade, e sobretudo união em prol do país", avalia o ex-primeiro-ministro Gabriel Attal.

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