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A SENTINELA - de Arthur C. Clarke

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Escrito em 1948 para um concurso da BBC que Clarke não ganhou, o conto A Sentinela só chegou a ser publicado pela primeira em 1951, sob o título Sentinela da Eternidade, na revista pulp sci-fi americana 10 Story Fantasy, notabilizando-se a partir de 1968 como a principal fonte de inspiração para 2001 – Uma Odisseia no Espaço. Mas, na verdade, A Sentinela é mais do que “apenas” a inspiração para esse marco cinematográfico de Stanley Kubrick, já que os fundamentos da história, de certa forma, tornaram-se também os fundamentos da bibliografia de Clarke a partir daquele ponto, com elementos reconhecíveis em obras como O Fim da Infância e a série Rama.

O conto é simples em termos narrativos, mas profundamente desafiador em termos de conteúdo, pois ele planta o fascinante conceito (ou, melhor dizendo, um dos fascinantes conceitos) por trás do monólito de 2001: uma espécie de farol alienígena que anuncia que a raça humana chegou a determinado ponto na escada evolutiva. Na breve história, um astronauta, que é também o narrador, detecta algo estranho no cume de uma montanha lunar e parte para investigar, descobrindo uma estrutura piramidal cercada por um campo de força impenetrável e que transmite um sinal para o espaço.

Tudo é contado com um senso de fascinação e de dúvida, pois o objeto, de mineral polido, não ganha explicações científicas exatas. Longe disso, na verdade. Clarke não se preocupa com detalhes dessa natureza e joga com o mistério, mantendo o narrador como alguém que faz especulações e não afirmações. Portanto, a natureza de sinalizador de evolução da raça humana é, apenas, um hipótese que permanece em aberto ao final, mas que faz completo sentido dentro do contexto apresentado.

A Sentinela pode ser lido e compreendido de maneira estanque, com um começo, meio e fim satisfatórios se o leitor aceitar as dúvidas postas, ou como o embrião para algo muito maior. Seja como for, é uma leitura fluida, intrigante, por vezes inadvertidamente engraçada considerando o que hoje conhecemos da exploração lunar e que nos faz pensar fortemente sobre nossa insignificância diante do Cosmos. Um grande exemplo de texto que reafirma a teoria de que menos normalmente é mais.

Títulos originais: The Sentinel ou Sentinel of Eternity

Título alternativo em português: Sentinela da Eternidade

Data de publicação: 1951 (escrito em 1948)

Local original de publicação: 10 Story Fantasy

FONTE: https://www.planocritico.com/critica-a-sentinela-e-outros-contos-que-inspiraram-2001-uma-odisseia-no-espaco-de-arthur-c-clarke/

Música de Fundo:

Fluidscape de Kevin MacLeod é licenciada de acordo com a licença Atribuição 4.0 da Creative Commons. https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Fonte: http://incompetech.com/music/royalty-free/index.html?isrc=USUAN1100393

Artista: http://incompetech.com/

Produzido, narrado e interpretado por Carlos Eduardo Valente

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O conto é simples em termos narrativos, mas profundamente desafiador em termos de conteúdo, pois ele planta o fascinante conceito (ou, melhor dizendo, um dos fascinantes conceitos) por trás do monólito de 2001: uma espécie de farol alienígena que anuncia que a raça humana chegou a determinado ponto na escada evolutiva. Na breve história, um astronauta, que é também o narrador, detecta algo estranho no cume de uma montanha lunar e parte para investigar, descobrindo uma estrutura piramidal cercada por um campo de força impenetrável e que transmite um sinal para o espaço.

Tudo é contado com um senso de fascinação e de dúvida, pois o objeto, de mineral polido, não ganha explicações científicas exatas. Longe disso, na verdade. Clarke não se preocupa com detalhes dessa natureza e joga com o mistério, mantendo o narrador como alguém que faz especulações e não afirmações. Portanto, a natureza de sinalizador de evolução da raça humana é, apenas, um hipótese que permanece em aberto ao final, mas que faz completo sentido dentro do contexto apresentado.

A Sentinela pode ser lido e compreendido de maneira estanque, com um começo, meio e fim satisfatórios se o leitor aceitar as dúvidas postas, ou como o embrião para algo muito maior. Seja como for, é uma leitura fluida, intrigante, por vezes inadvertidamente engraçada considerando o que hoje conhecemos da exploração lunar e que nos faz pensar fortemente sobre nossa insignificância diante do Cosmos. Um grande exemplo de texto que reafirma a teoria de que menos normalmente é mais.

Títulos originais: The Sentinel ou Sentinel of Eternity

Título alternativo em português: Sentinela da Eternidade

Data de publicação: 1951 (escrito em 1948)

Local original de publicação: 10 Story Fantasy

FONTE: https://www.planocritico.com/critica-a-sentinela-e-outros-contos-que-inspiraram-2001-uma-odisseia-no-espaco-de-arthur-c-clarke/

Música de Fundo:

Fluidscape de Kevin MacLeod é licenciada de acordo com a licença Atribuição 4.0 da Creative Commons. https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Fonte: http://incompetech.com/music/royalty-free/index.html?isrc=USUAN1100393

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