Artwork

Conteúdo fornecido por Pedro Schwarcz. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por Pedro Schwarcz ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.
Player FM - Aplicativo de podcast
Fique off-line com o app Player FM !

#22 | Billie Holiday, a fruta estranha

26:57
 
Compartilhar
 

Manage episode 380381451 series 3366843
Conteúdo fornecido por Pedro Schwarcz. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por Pedro Schwarcz ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.

Na voz de Billie Holiday em 1939, essa icônica canção e poema de três estrofes de Abel Merpool, um professor judeu americano e compositor filiado ao partido comunista, ganhou destaque como uma das maiores bofetadas contra o racismo, a canção modelo que praticamente inspirou boa parte das canções de protesto americanas que vieram depois.
A primeira versão foi na voz da também cantora de jazz Laura Duncan, mas foi Holiday que de fato a fez virar uma canção símbolo da luta antirracista. A canção se tornou tão significativa que mereceu uma bela biografia do jornalista David Margolick, “Strange Fruit: Billie Holiday e a biografia de uma canção”.
Os versos descrevem através da dura e bela metáfora “fruto estranho” as práticas de linchamento e assassinato de corpos negros que eram pendurados em árvores. Leonard Feather, crítico importante de jazz, considera a primeira canção de protesto relevante na história da música, "o primeiro clamor não emudecido contra o racismo”.
Margolick, autor do livro, cita como a música vivia em uma espécie de “quarentena artística”. Não era seguro cantá-la e mesmo nos lugares onde conseguiam executá-la ela podia ser recebida negativamente . Ele fala do contraste entre uma cantora negra que cantava com profundo sentimento uma canção trágica de protesto sobre linchamentos e uma plateia branca que saía para se divertir, dar umas risadas, encher a cara e, no fim, ficava em choque.
Aperta o play!
Músicas

Produção: Baioque Conteúdo
Roteiro e apresentação: Pedro Schwarcz
Direção: Newman Costa
Edição: Felipe Caldo
Redação: Luiz Fujita e Paulo Borgia
Arte: CRIO.LAH

Segue a gente lá no insta: @umpaposobresom

Produção: Baioque Conteúdo
Roteiro e apresentação: Pedro Schwarcz
Direção: Newman Costa
Edição: Felipe Caldo
Redação: Luiz Fujita e Paulo Borgia
Arte: CRIO.LAH

  continue reading

29 episódios

Artwork
iconCompartilhar
 
Manage episode 380381451 series 3366843
Conteúdo fornecido por Pedro Schwarcz. Todo o conteúdo do podcast, incluindo episódios, gráficos e descrições de podcast, é carregado e fornecido diretamente por Pedro Schwarcz ou por seu parceiro de plataforma de podcast. Se você acredita que alguém está usando seu trabalho protegido por direitos autorais sem sua permissão, siga o processo descrito aqui https://pt.player.fm/legal.

Na voz de Billie Holiday em 1939, essa icônica canção e poema de três estrofes de Abel Merpool, um professor judeu americano e compositor filiado ao partido comunista, ganhou destaque como uma das maiores bofetadas contra o racismo, a canção modelo que praticamente inspirou boa parte das canções de protesto americanas que vieram depois.
A primeira versão foi na voz da também cantora de jazz Laura Duncan, mas foi Holiday que de fato a fez virar uma canção símbolo da luta antirracista. A canção se tornou tão significativa que mereceu uma bela biografia do jornalista David Margolick, “Strange Fruit: Billie Holiday e a biografia de uma canção”.
Os versos descrevem através da dura e bela metáfora “fruto estranho” as práticas de linchamento e assassinato de corpos negros que eram pendurados em árvores. Leonard Feather, crítico importante de jazz, considera a primeira canção de protesto relevante na história da música, "o primeiro clamor não emudecido contra o racismo”.
Margolick, autor do livro, cita como a música vivia em uma espécie de “quarentena artística”. Não era seguro cantá-la e mesmo nos lugares onde conseguiam executá-la ela podia ser recebida negativamente . Ele fala do contraste entre uma cantora negra que cantava com profundo sentimento uma canção trágica de protesto sobre linchamentos e uma plateia branca que saía para se divertir, dar umas risadas, encher a cara e, no fim, ficava em choque.
Aperta o play!
Músicas

Produção: Baioque Conteúdo
Roteiro e apresentação: Pedro Schwarcz
Direção: Newman Costa
Edição: Felipe Caldo
Redação: Luiz Fujita e Paulo Borgia
Arte: CRIO.LAH

Segue a gente lá no insta: @umpaposobresom

Produção: Baioque Conteúdo
Roteiro e apresentação: Pedro Schwarcz
Direção: Newman Costa
Edição: Felipe Caldo
Redação: Luiz Fujita e Paulo Borgia
Arte: CRIO.LAH

  continue reading

29 episódios

Todos os episódios

×
 
Loading …

Bem vindo ao Player FM!

O Player FM procura na web por podcasts de alta qualidade para você curtir agora mesmo. É o melhor app de podcast e funciona no Android, iPhone e web. Inscreva-se para sincronizar as assinaturas entre os dispositivos.

 

Guia rápido de referências

Ouça este programa enquanto explora
Reproduzir