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Como criar uma boa campanha eleitoral. Artigo no Jornal O Diabo 23 de Fevereiro 2024.
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Dizem os órgãos de comunicação social que na próxima semana é que começa a campanha eleitoral, como se os portugueses não estivessem já em pré-aviso de eleições, mas se os jornalistas ficam felizes em serem eles a dar o tiro de partido, por mim está tudo bem, levem a medalhinha de participação.
Qual é a definição de “uma boa campanha eleitoral?” É uma campanha que cumpriu objectivos? Que os superou? Que foi divertida e marcante? Qual é a definição? Para mim uma boa campanha é aquela que cumpriu os resultados propostos, tudo o resto é bónus.
Uma campanha eleitoral tem custos e a gestão tem que ser feita com mãos de ferro, dinheiro da campanha é da campanha, não é para pagar gelados aos filhos dos amigos do candidato. Tudo o que não está orçamentado não existe, só com orçamento, que é para não acontecer com as campanhas que o PS faz onde o derrape financeiro é garantido. Reparem, se uma campanha não sabe gerir o seu próprio dinheiro que varia entre 500 mil euros a 2 milhões de euros, como vai gerir esta malta o país? Sempre em défice? Não! Pois o exemplo começa por dentro.
É importante definir qual é a eleição a que nos propomos, pois as eleições não são todas iguais e não têm os mesmos propósitos e nem todos os partidos podem verdadeiramente tirar resultados. Quando estamos no cenário de eleições legislativas nos distritos do interior o rácio de distribuição de mandatos (deputados) só vai dar para dois partidos terem deputados, com alguma sorte uma terceira força política quando vamos a sul. Mas nos círculos fora Portugal Continental e Ilhas só um partido faz um pleno ou os deputados são distribuídos em número igual para apenas dois partidos.
Vamos fazer o cenário para as Eleições Legislativas 2024. Nesta introdução importa dizermos o que temos de base e objectivos. Temos 2 milhões em dinheiro para gastar com a campanha. O nosso objectivo é ganhar as eleições.
Assim importa definir a nossa estratégia em vários pontos:
1. A escolha dos cabeças de lista é essencial. Queremos ter o partido connosco? Ou só vamos premiar aqueles que estiveram em campanha connosco? Este ponto é mesmo importante, pois não queremos estar em campanha com contra-torpedeiros a fazerem campanha contra nós, por mais estranho que seja, há sempre quem faça mal ao seu partido só para que as pessoas da lista que venceu a liderança do partido não tenha acesso ao poder, isso acontece hoje em dia com o PSD e Iniciativa Liberal, tal como no passado aconteceu com o PSD e com o CDS-PP (só assim se justifica que tenha desaparecido do Parlamento).
454 episódios
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Dizem os órgãos de comunicação social que na próxima semana é que começa a campanha eleitoral, como se os portugueses não estivessem já em pré-aviso de eleições, mas se os jornalistas ficam felizes em serem eles a dar o tiro de partido, por mim está tudo bem, levem a medalhinha de participação.
Qual é a definição de “uma boa campanha eleitoral?” É uma campanha que cumpriu objectivos? Que os superou? Que foi divertida e marcante? Qual é a definição? Para mim uma boa campanha é aquela que cumpriu os resultados propostos, tudo o resto é bónus.
Uma campanha eleitoral tem custos e a gestão tem que ser feita com mãos de ferro, dinheiro da campanha é da campanha, não é para pagar gelados aos filhos dos amigos do candidato. Tudo o que não está orçamentado não existe, só com orçamento, que é para não acontecer com as campanhas que o PS faz onde o derrape financeiro é garantido. Reparem, se uma campanha não sabe gerir o seu próprio dinheiro que varia entre 500 mil euros a 2 milhões de euros, como vai gerir esta malta o país? Sempre em défice? Não! Pois o exemplo começa por dentro.
É importante definir qual é a eleição a que nos propomos, pois as eleições não são todas iguais e não têm os mesmos propósitos e nem todos os partidos podem verdadeiramente tirar resultados. Quando estamos no cenário de eleições legislativas nos distritos do interior o rácio de distribuição de mandatos (deputados) só vai dar para dois partidos terem deputados, com alguma sorte uma terceira força política quando vamos a sul. Mas nos círculos fora Portugal Continental e Ilhas só um partido faz um pleno ou os deputados são distribuídos em número igual para apenas dois partidos.
Vamos fazer o cenário para as Eleições Legislativas 2024. Nesta introdução importa dizermos o que temos de base e objectivos. Temos 2 milhões em dinheiro para gastar com a campanha. O nosso objectivo é ganhar as eleições.
Assim importa definir a nossa estratégia em vários pontos:
1. A escolha dos cabeças de lista é essencial. Queremos ter o partido connosco? Ou só vamos premiar aqueles que estiveram em campanha connosco? Este ponto é mesmo importante, pois não queremos estar em campanha com contra-torpedeiros a fazerem campanha contra nós, por mais estranho que seja, há sempre quem faça mal ao seu partido só para que as pessoas da lista que venceu a liderança do partido não tenha acesso ao poder, isso acontece hoje em dia com o PSD e Iniciativa Liberal, tal como no passado aconteceu com o PSD e com o CDS-PP (só assim se justifica que tenha desaparecido do Parlamento).
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