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No mundo acadêmico, posições pró-Palestina flertam com antissemitismo, diz revista

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Revistas francesas analisam, esta semana, as consequências dos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro. No mundo acadêmico, as posições pró-Palestina se exacerbam, alimentando discursos em defesa do Sul Global e, algumas vezes, flertando com o antissemitismo.

“O importante choque geopolítico alimenta os discursos de todos os que sonham em opor um ‘Sul global’ a um ‘Norte colonialista e imperialista’”, com Israel identificado ao norte e a Palestina ao sul, diz Gilles Kepel, autor do livro Holocaustes (Holocaustos), em entrevista à revista L’Express.

Para ele, a fratura divide as sociedades ocidentais, começando pelas universidades mais prestigiosas como Harvard, nos Eestados Unidos, ou a francesa Sciences Po.

Ele traça pontos comuns entre a engrenagem de violência causada pelo ataque do 7 de outubro (em Tel Aviv) e o do 11 de setembro, em Nova York. Em ambos os casos, duas potências militares “orgulhosas” e “invencíveis” como Estados Unidos e Israel foram atingidas em seu território. George Bush, presidente estadunidense na época, declarou guerra contra o terrorismo invadindo o Iraque, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, envia tropas para a Faixa de Gaza.

Conflito universitário

Mas o conflito no Oriente Médio se instalou também no meio dos países ocidentais, principalmente no mundo universitário. A presidente da Universidade de Harvard, Claudine Gay, foi obrigada a pedir demissão após ser acusada de não proteger estudantes judeus.

Enquanto na França, cursos sobre o Oriente Médio foram cancelados na École Normale Supérieur (Escola Normal Superior).

Nos EUA, não apenas a juventude diplomada se posiciona ao lado da Palestina, mas, em estados como Michigan, um certo número de americanos muçulmanos ameaça a base eleitoral do presidente Joe Biden. Eles acusam o atual líder de Estado de ser muito favorável a Israel. “Isso cria novas linhas de fratura no interior dos países do Norte”, diz Kepel.

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Contágio antissemita

A semanal Le Point fala de “contágio antissemita” nos meios acadêmicos e destaca o caso que aconteceu na Sciences Po, em Paris, no dia 12 de março, quando ativistas “pró-Gaza” invadiram um dos anfiteatros da faculdade, abriram grandes bandeiras palestinas e bloquearam a entrada de uma aluna, membro da União dos Estudantes Judeus da França (UEJF).

A UEJF apresentou denúncia por “incitação ao ódio e à discriminação”. Por sua vez, a Sciences Po abriu uma investigação administrativa, reconhecendo, à revista, que “várias linhas vermelhas foram ultrapassadas”.

De acordo com o texto, Le Point entrevistou vários estudantes e professores que dizem não reconhecerem mais a Sciences Po, que está passando por profundas mudanças. “Durante vários anos, a fábrica de criação de ‘elites’” na França, “foi infiltrada por uma minoria de esquerda radical, barulhenta, organizada e hiperativa”, diz a revista conservadora.

O clima tumultuado se reflete nas aulas. Cursos que abordam a história dos genocídios se transformam inevitavelmente em um debate sobre Gaza, lamenta a publicação.

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“O importante choque geopolítico alimenta os discursos de todos os que sonham em opor um ‘Sul global’ a um ‘Norte colonialista e imperialista’”, com Israel identificado ao norte e a Palestina ao sul, diz Gilles Kepel, autor do livro Holocaustes (Holocaustos), em entrevista à revista L’Express.

Para ele, a fratura divide as sociedades ocidentais, começando pelas universidades mais prestigiosas como Harvard, nos Eestados Unidos, ou a francesa Sciences Po.

Ele traça pontos comuns entre a engrenagem de violência causada pelo ataque do 7 de outubro (em Tel Aviv) e o do 11 de setembro, em Nova York. Em ambos os casos, duas potências militares “orgulhosas” e “invencíveis” como Estados Unidos e Israel foram atingidas em seu território. George Bush, presidente estadunidense na época, declarou guerra contra o terrorismo invadindo o Iraque, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, envia tropas para a Faixa de Gaza.

Conflito universitário

Mas o conflito no Oriente Médio se instalou também no meio dos países ocidentais, principalmente no mundo universitário. A presidente da Universidade de Harvard, Claudine Gay, foi obrigada a pedir demissão após ser acusada de não proteger estudantes judeus.

Enquanto na França, cursos sobre o Oriente Médio foram cancelados na École Normale Supérieur (Escola Normal Superior).

Nos EUA, não apenas a juventude diplomada se posiciona ao lado da Palestina, mas, em estados como Michigan, um certo número de americanos muçulmanos ameaça a base eleitoral do presidente Joe Biden. Eles acusam o atual líder de Estado de ser muito favorável a Israel. “Isso cria novas linhas de fratura no interior dos países do Norte”, diz Kepel.

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Contágio antissemita

A semanal Le Point fala de “contágio antissemita” nos meios acadêmicos e destaca o caso que aconteceu na Sciences Po, em Paris, no dia 12 de março, quando ativistas “pró-Gaza” invadiram um dos anfiteatros da faculdade, abriram grandes bandeiras palestinas e bloquearam a entrada de uma aluna, membro da União dos Estudantes Judeus da França (UEJF).

A UEJF apresentou denúncia por “incitação ao ódio e à discriminação”. Por sua vez, a Sciences Po abriu uma investigação administrativa, reconhecendo, à revista, que “várias linhas vermelhas foram ultrapassadas”.

De acordo com o texto, Le Point entrevistou vários estudantes e professores que dizem não reconhecerem mais a Sciences Po, que está passando por profundas mudanças. “Durante vários anos, a fábrica de criação de ‘elites’” na França, “foi infiltrada por uma minoria de esquerda radical, barulhenta, organizada e hiperativa”, diz a revista conservadora.

O clima tumultuado se reflete nas aulas. Cursos que abordam a história dos genocídios se transformam inevitavelmente em um debate sobre Gaza, lamenta a publicação.

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