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#100: Bitucas de cigarro oferecem risco à vida marinha

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O Programa Ambiente é o Meio desta semana entrevista Ítalo Braga de Castro, biólogo, pesquisador e professor do Instituto do Mar (Imar) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Graduado em Ciências Biológicas e doutor em Oceanografia Física, Química e Geológica, Castro estuda os riscos ambientais na vida marinha.

Segundo o pesquisador, a conservação da biodiversidade marinha passa por ameaças causadas por resíduos sólidos na água. Dentre as ameaças, conta, são estimadas mais de 4 trilhões de unidades de bitucas de cigarro descartadas inadequadamente no meio ambiente todo ano. A partir de estudo em Santos, o biólogo verificou que as bitucas representam entre 35% e 50% da quantidade de resíduos encontrados nas praias. A liberação e a dissolução de substâncias tóxicas dos cigarros, explica, podem atingir organismos importantes para o equilíbrio do ecossistema e também trazer perigos para a vida humana, considerando a comercialização e consumo dos animais.

Castro também conta que, inicialmente, o estudo descobriu, a partir de análise em laboratório, que as bitucas flutuam, em média, por três dias antes de afundar. O experimento foi fundamental para compreender o impacto nas espécies que vivem na água e, posteriormente, nas que se estabelecem nos sedimentos do fundo do oceano. Os experimentos com organismos aquáticos, afirma, mostraram que uma única bituca de cigarro tornava mil litros de água impróprios, devido à toxicidade. Um estudo mais recente com ostras revelou que uma única bituca poderia afetar até 2,5 mil litros de água.

Para o professor, um exemplo notável de política ambiental em relação às bitucas de cigarro no mar é o caso do governo de Barcelona que proibiu o fumo nas praias e passou a cobrar da indústria de tabaco o custo da limpeza pública das praias. Castro ressalta a importância de classificar as bitucas como um resíduo especial, devido às substâncias químicas perigosas, e adoção de políticas públicas semelhantes no Brasil.

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Segundo o pesquisador, a conservação da biodiversidade marinha passa por ameaças causadas por resíduos sólidos na água. Dentre as ameaças, conta, são estimadas mais de 4 trilhões de unidades de bitucas de cigarro descartadas inadequadamente no meio ambiente todo ano. A partir de estudo em Santos, o biólogo verificou que as bitucas representam entre 35% e 50% da quantidade de resíduos encontrados nas praias. A liberação e a dissolução de substâncias tóxicas dos cigarros, explica, podem atingir organismos importantes para o equilíbrio do ecossistema e também trazer perigos para a vida humana, considerando a comercialização e consumo dos animais.

Castro também conta que, inicialmente, o estudo descobriu, a partir de análise em laboratório, que as bitucas flutuam, em média, por três dias antes de afundar. O experimento foi fundamental para compreender o impacto nas espécies que vivem na água e, posteriormente, nas que se estabelecem nos sedimentos do fundo do oceano. Os experimentos com organismos aquáticos, afirma, mostraram que uma única bituca de cigarro tornava mil litros de água impróprios, devido à toxicidade. Um estudo mais recente com ostras revelou que uma única bituca poderia afetar até 2,5 mil litros de água.

Para o professor, um exemplo notável de política ambiental em relação às bitucas de cigarro no mar é o caso do governo de Barcelona que proibiu o fumo nas praias e passou a cobrar da indústria de tabaco o custo da limpeza pública das praias. Castro ressalta a importância de classificar as bitucas como um resíduo especial, devido às substâncias químicas perigosas, e adoção de políticas públicas semelhantes no Brasil.

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