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#108: Gilberto Jannuzzi fala sobre a viabilidade e os desafios da energia nuclear no Brasil

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O Programa Ambiente é o Meio desta semana entrevista o professor Gilberto De Martino Jannuzzi da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutor em Estudos Energéticos pela Universidade de Cambridge, do Reino Unido. O professor fala sobre o uso e a viabilidade da energia nuclear no Brasil e o funcionamento das usinas de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) inclui as usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e Angra 3, a última em construção desde os anos 1980. O complexo foi um investimento do governo militar e, para Jannuzzi, foi implantado mais por questões estratégicas de desenvolvimento tecnológico do que por demanda energética. “É bom lembrar também que o Brasil tem uma reserva grande de urânio e, naquela época, tinha-se a intenção de dominar ciclos do combustível para agregar valor e exportar”, explica.

A energia nuclear, embora tecnologicamente avançada e com suas vantagens, como a redução de emissões de gases de efeito estufa, enfrenta desafios significativos, segundo Jannuzzi, incluindo altos custos, preocupações com segurança e a gestão do lixo atômico.

Uma discussão recorrente, diz o professor, é quanto à necessidade da terceira usina, Angra 3, que tem o processo de finalização interrompido constantemente e voltou a ser pauta no governo Lula. O professor afirma ter se posicionado contra a construção da usina em diversos artigos publicados no Boletim dos Cientistas Atômicos em anos anteriores, pela variedade de recursos energéticos do Brasil em comparação com outros países do mundo.

Contudo, explica que a crítica persiste em investir recursos na energia nuclear para a geração de eletricidade, mas reconhece desenvolvimentos interessantes na área, como o da Marinha brasileira em reatores nucleares para submarinos e aplicações adicionais na indústria nuclear, como a produção de medicamentos e insumos agrícolas.

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A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) inclui as usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e Angra 3, a última em construção desde os anos 1980. O complexo foi um investimento do governo militar e, para Jannuzzi, foi implantado mais por questões estratégicas de desenvolvimento tecnológico do que por demanda energética. “É bom lembrar também que o Brasil tem uma reserva grande de urânio e, naquela época, tinha-se a intenção de dominar ciclos do combustível para agregar valor e exportar”, explica.

A energia nuclear, embora tecnologicamente avançada e com suas vantagens, como a redução de emissões de gases de efeito estufa, enfrenta desafios significativos, segundo Jannuzzi, incluindo altos custos, preocupações com segurança e a gestão do lixo atômico.

Uma discussão recorrente, diz o professor, é quanto à necessidade da terceira usina, Angra 3, que tem o processo de finalização interrompido constantemente e voltou a ser pauta no governo Lula. O professor afirma ter se posicionado contra a construção da usina em diversos artigos publicados no Boletim dos Cientistas Atômicos em anos anteriores, pela variedade de recursos energéticos do Brasil em comparação com outros países do mundo.

Contudo, explica que a crítica persiste em investir recursos na energia nuclear para a geração de eletricidade, mas reconhece desenvolvimentos interessantes na área, como o da Marinha brasileira em reatores nucleares para submarinos e aplicações adicionais na indústria nuclear, como a produção de medicamentos e insumos agrícolas.

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