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#110: Expansão de monoculturas afeta biodiversidade e preocupa especialista

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O programa Ambiente é o Meio dessa semana aborda o processo de zoneamento ambiental da silvicultura no Rio Grande do Sul, com o professor Paulo Brack da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Brack se dedica à conservação e ao uso sustentável da flora do Rio Grande do Sul e às políticas públicas relacionadas à biodiversidade e ao meio ambiente, com participação em conselhos ambientais das esferas municipal (Comam), estadual (Consema) e, por 11 anos, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O pesquisador também é ativista de causas ambientais. “Então sou uma pessoa indignada, mas ao mesmo tempo também estou indo para a rua quando eu posso, instigando, cobrando, fazendo documentos”, afirma.

O botânico conta que o Rio Grande do Sul enfrenta um desafio ambiental relacionado ao extenso cultivo de monoculturas abrangendo quase 1 milhão de hectares, em que predomina o plantio de eucalipto, pinus e acácia negra. No contexto nacional, segundo o professor, esse cenário se estende para além de 10 milhões de hectares dedicados a monoculturas.

Brack avalia que o contraste entre a riqueza natural e a expansão desenfreada de cultivos exóticos, como eucalipto e pinus, revela-se como uma preocupação para especialistas. A situação, garante, é agravada pela falta de consideração ambiental com o Brasil plantando árvores invasoras em grande densidade, comprometendo a biodiversidade ao impedir o crescimento de outras variedades e impulsionando a importância de maiores restrições ao uso comercial da terra.

O professor informa que uma resolução foi apresentada ao Consema por empresas interessadas, propondo a expansão de 1 milhão de hectares de monocultura, notadamente no bioma do Pampa, exclusivo do Rio Grande do Sul no Brasil. “Eu fiz um parecer longo de vários problemas, tentei discutir isso no conselho, mas não tive nenhum tipo de receptividade”, lamenta.

O dilema se estende à limitada variedade de opções econômicas, onde as escolhas parecem restringir-se a cultivos de soja e eucalipto, com a possibilidade de inclusão da mineração de carvão. Brack explica que, em 2009, uma resolução foi elaborada no Estado do Rio Grande do Sul pela Secretaria de Meio Ambiente, em colaboração com a Fundação Estadual de Proteção ao Ambiente (Fepam), estabelecendo normas para o plantio, mas que a visão econômica do País precisa mudar para conciliar as políticas de mercado e socioambientais.

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Brack se dedica à conservação e ao uso sustentável da flora do Rio Grande do Sul e às políticas públicas relacionadas à biodiversidade e ao meio ambiente, com participação em conselhos ambientais das esferas municipal (Comam), estadual (Consema) e, por 11 anos, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O pesquisador também é ativista de causas ambientais. “Então sou uma pessoa indignada, mas ao mesmo tempo também estou indo para a rua quando eu posso, instigando, cobrando, fazendo documentos”, afirma.

O botânico conta que o Rio Grande do Sul enfrenta um desafio ambiental relacionado ao extenso cultivo de monoculturas abrangendo quase 1 milhão de hectares, em que predomina o plantio de eucalipto, pinus e acácia negra. No contexto nacional, segundo o professor, esse cenário se estende para além de 10 milhões de hectares dedicados a monoculturas.

Brack avalia que o contraste entre a riqueza natural e a expansão desenfreada de cultivos exóticos, como eucalipto e pinus, revela-se como uma preocupação para especialistas. A situação, garante, é agravada pela falta de consideração ambiental com o Brasil plantando árvores invasoras em grande densidade, comprometendo a biodiversidade ao impedir o crescimento de outras variedades e impulsionando a importância de maiores restrições ao uso comercial da terra.

O professor informa que uma resolução foi apresentada ao Consema por empresas interessadas, propondo a expansão de 1 milhão de hectares de monocultura, notadamente no bioma do Pampa, exclusivo do Rio Grande do Sul no Brasil. “Eu fiz um parecer longo de vários problemas, tentei discutir isso no conselho, mas não tive nenhum tipo de receptividade”, lamenta.

O dilema se estende à limitada variedade de opções econômicas, onde as escolhas parecem restringir-se a cultivos de soja e eucalipto, com a possibilidade de inclusão da mineração de carvão. Brack explica que, em 2009, uma resolução foi elaborada no Estado do Rio Grande do Sul pela Secretaria de Meio Ambiente, em colaboração com a Fundação Estadual de Proteção ao Ambiente (Fepam), estabelecendo normas para o plantio, mas que a visão econômica do País precisa mudar para conciliar as políticas de mercado e socioambientais.

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