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A delação de Mauro Cid e as reações de Bolsonaro e aliados
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No último sábado, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, teve seu acordo de delação premiada com a Polícia Federal homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O militar estava preso desde maio e agora precisa usar tornozeleira eletrônica e seguir regras como não sair à noite e não usar redes sociais. Cid prestou, ao todo, mais de 24 horas de depoimento aos investigadores. O tenente-coronel responde a oito inquéritos no Supremo e pode ser responsável por revelar supostos crimes envolvendo Jair Bolsonaro, já que foi o auxiliar mais próximo do presidente durante o mandato, além de aliados próximos e integrantes do seu governo. Uma das acusações, e justamente a que está dando mais dor de cabeça ao ex-presidente, é a relacionada à venda dos presentes oficiais ao longo dos quatro anos de mandato. Mauro Cid, junto ao pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, foram identificados como responsáveis pela venda de alguns dos itens, incluindo dois relógios de luxo. Contra Mauro Cid pesa ainda a acusação de falsificação de comprovantes da vacina da Covid-19 para a própria família, para o ex-presidente e sua filha caçula, Laura Bolsonaro. Sua prisão, em maio, foi decretada justamente nas investigações relacionadas à fraude, e no mesmo dia houve uma operação de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, em Brasília. A delação está incluída em uma investigação ainda mais ampla, a das milícias digitais, que apuram a existência de uma organização criminosa que teria o objetivo de atentar contra o Estado de Direito. Ao aceitar a delação, Cid se compromete a fornecer novas informações não apenas sobre as acusações que pesam contra si, mas também contra outros dos acusados, incluindo Bolsonaro, que tem adotado uma estratégia de silêncio nas últimas semanas, inclusive no depoimento que prestou à Polícia Federal no começo do mês. Nos bastidores, não são poucos os aliados que consideram sua situação legal cada vez mais complicada, e que também pode afetar seu capital político O Ao Ponto desta terça-feira discute a delação de Cid, e o que esperar dos próximos movimentos na Justiça. Direto de Brasília, a jornalista Mariana Muniz conta os detalhes das investigações e o que esperar da delação, e a colunista Bela Megale traz reações de aliados do ex-presidente, e revela como o partido de Bolsonaro, o PL, está se preparando para uma eventual condenação . Publicado de segunda a sexta-feira, às 6h, nas principais plataformas de podcast e no site do GLOBO, o Ao Ponto é apresentado pelos jornalistas Carolina Morand e Filipe Barini, sempre abordando acontecimentos relevantes da atualidade.
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No último sábado, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, teve seu acordo de delação premiada com a Polícia Federal homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O militar estava preso desde maio e agora precisa usar tornozeleira eletrônica e seguir regras como não sair à noite e não usar redes sociais. Cid prestou, ao todo, mais de 24 horas de depoimento aos investigadores. O tenente-coronel responde a oito inquéritos no Supremo e pode ser responsável por revelar supostos crimes envolvendo Jair Bolsonaro, já que foi o auxiliar mais próximo do presidente durante o mandato, além de aliados próximos e integrantes do seu governo. Uma das acusações, e justamente a que está dando mais dor de cabeça ao ex-presidente, é a relacionada à venda dos presentes oficiais ao longo dos quatro anos de mandato. Mauro Cid, junto ao pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, foram identificados como responsáveis pela venda de alguns dos itens, incluindo dois relógios de luxo. Contra Mauro Cid pesa ainda a acusação de falsificação de comprovantes da vacina da Covid-19 para a própria família, para o ex-presidente e sua filha caçula, Laura Bolsonaro. Sua prisão, em maio, foi decretada justamente nas investigações relacionadas à fraude, e no mesmo dia houve uma operação de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, em Brasília. A delação está incluída em uma investigação ainda mais ampla, a das milícias digitais, que apuram a existência de uma organização criminosa que teria o objetivo de atentar contra o Estado de Direito. Ao aceitar a delação, Cid se compromete a fornecer novas informações não apenas sobre as acusações que pesam contra si, mas também contra outros dos acusados, incluindo Bolsonaro, que tem adotado uma estratégia de silêncio nas últimas semanas, inclusive no depoimento que prestou à Polícia Federal no começo do mês. Nos bastidores, não são poucos os aliados que consideram sua situação legal cada vez mais complicada, e que também pode afetar seu capital político O Ao Ponto desta terça-feira discute a delação de Cid, e o que esperar dos próximos movimentos na Justiça. Direto de Brasília, a jornalista Mariana Muniz conta os detalhes das investigações e o que esperar da delação, e a colunista Bela Megale traz reações de aliados do ex-presidente, e revela como o partido de Bolsonaro, o PL, está se preparando para uma eventual condenação . Publicado de segunda a sexta-feira, às 6h, nas principais plataformas de podcast e no site do GLOBO, o Ao Ponto é apresentado pelos jornalistas Carolina Morand e Filipe Barini, sempre abordando acontecimentos relevantes da atualidade.
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