Episódio 97 - "Atlas da Solidão" - Conversa com Marta Rema
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Marta Rema nasceu em Torres Novas e vive em Lisboa. Escreve, é coordenadora editorial da revista Electra e responsável pela área de Projetos Curatoriais da efabula. Com formação em Filosofia e em Estudos Curatoriais, a partir de 1995 assumiu a inquietação com o silêncio na relação com a escrita, expandido a investigação a outras relações, nomeadamente com o corpo, com o tempo, com a linguagem, a música, o cinema e com as artes plásticas. Atualmente, trabalha acerca de sistemas de resistência, tendo colocado a investigação sobre o silêncio e a solidão no núcleo desses dispositivos.
Concebeu e dirigiu o programa “As coisas fundadas no silêncio”, que decorreu em Lisboa, em 2020. O seu projeto de curadoria “Muitas vezes marquei encontro comigo próprio no ponto zero”, que igualmente propunha uma reflexão sobre o silêncio, obteve o prémio Júlio Pomar (edição 2018-19). Comissariou a exposição “Como silenciar uma poeta”, de Susana Mendes Silva (MNAC) e três exposições sobre design na galeria Round the Corner (2012) de João Machado, "O efeito de um livro expandido para além da forma"; Margarida Garcia, "Wintering" e Sara Lamúrias, "The Birdwatchers". Em 2021 criou o programa Atlas da Solidão que decorre atualmente na Appleton até dia 29 de abril.
Inventariou e catalogou o acervo documental e bibliográfico do espólio de Agostinho da Silva para a Associação Agostinho da Silva em Lisboa. Trabalhou em produção, coordenação e comunicação entre 2009 e 2021, nomeadamente nas associações Artéria – Humanizing Architecture, Artes e Engenhos, Máquina Agradável, AADK Portugal e na produtora Terratreme Filmes com dois filmes de Susana Nobre, Vida Activa (2014) e Provas e Exorcismos (2015). Fez a voz-off do documentário de ficção Naçara, de Ana Pissarra e José Nascimento, a estrear ainda este ano.
Nas artes performativas foi intérprete em "Drifting/Em Deriva" de António Pedro Lopes e Gustavo Ciríaco (Negócio/ZDB, 2012), criou as peças "Bardo" (com Sofia Borges, 2012), "Jacarandá" (com Jonas Lopes, 2013), "Arlequina" (solo, 2013) e, em 2020, foi intérprete da leitura performativa da conferência de Judith Teixeira, numa performance de Susana Mendes da Silva integrada na exposição "Como silenciar uma poeta".
Autora da peça de teatro "Como um quarto sem telhado" (Coleção de Textos de Teatro do Teatro D. Maria II), apresentada no Festival de Leituras Encenadas em 2016, com encenação de Paula Diogo. Os seus contos e ensaios estão publicados em diversas plataformas online e periódicos. Escreve desde 2010 no seu blogue fogos locais.
Links:
https://fogoslocais.blogspot.com/
https://efabula.pt/projects/solitude-atlas/
https://www.fundacaoedp.pt/en/content/electra-magazine
https://www.coffeepaste.com/en/artigo/marta-rema-e-o-atlas-da-solidao/
https://www.dn.pt/lusa/marta-rema-venceu-a-3-edicao-do-premio-de-curadoria-atelier-museu-julio-pomar-10156031.html
https://comunidadeculturaearte.com/tag/marta-rema/
Episódio gravado a 19.04.2023
http://www.appleton.pt
Mecenas Appleton:
HCI / Colecção Maria e Armando Cabral / A2P / MyStory Hotels
Apoio:
Câmara Municipal de Lisboa
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