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Baltazar Cateco ao serviço da difusão dos livros em Angola

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Neste programa Artes , vamos apresentar o projecto "Livro Zunga", da ONG Vitoria Luami em Angola. Uma iniciativa implementada por Baltazar Cateco, que trabalha para permitir que o maior número de pessoas tenha acesso à leitura. Foi na municipalidade de Cazenga, na província de Luanda, que tudo começou.

Com o seu grupo de amigos, Baltazar Cateco organizou-se para concretizar os seus planos, sem imaginar um dia que a sua associação se tornaria uma organização não governamental reconhecida pelo Estado.

Baltazar Cateco : "Nunca imaginei e nunca pensei em legalizar. Nunca pensei. Eu comecei no orfanato, um orfanato onde eu normalmente organizo eventos solidários. Eu sempre realizei eventos solidários com grupo de amigos. Para que chegasse a legalizar foi porque pediram-me. Alguém que gostava de também fazer parte e queria uma documentação que mostrasse que nós estávamos organizados oficialmente. Então, nunca pensei na legalização porque não me dedico 100% só nesta organização. Foi uma evolução que eu nunca pensei. Mas as coisas acontecem naturalmente, circunstancialmente. "

Apaixonado pela leitura, Baltazar propõe acções solidárias em diversos locais da cidade, de forma a promover o acesso aos livros.

"Nestes espaços eu posso colocar uma biblioteca e as pessoas aí vão procurar e consultar a minha biblioteca. Mesmo que eles não terminam de ler um livro, porque não estarei lá permanentemente, mas pelo menos vão ter noção do que é ver o livro X ou a capa do livro. E poderia, ao contrário, é procurar numa outra biblioteca. "

Uma biblioteca itinerante que ocupa o espaço público e que dá acesso à colecção pessoal do Baltazar, sem uma temática específica, mas simplesmente e puramente pelo prazer da leitura e pela valorização da cultura literária angolana.

"Sempre gostei de ler e adquirir muitos livros. Adquiri muitos livros. Normalmente não tenho ainda doações nem peço muitas solicitações de pessoas para me doarem livros, mas eu procuro mesmo os livros que tenho e que eu adquiri. Os livros são também de referência, até de estimação, são os meus livros de autores angolanos a autores estrangeiros são poucos. Deve haver muita, muita, muita literatura de crianças."

Além desta iniciativa, a associação também actua nos hospitais tentando alegrar de forma lúdica o quotidiano das crianças internadas, nomeadamente no Hospital Américo Boavida, na capital angolana, Luanda.

"A iniciativa vem depois de uma festa que eu tinha dado no Américo Boavida. Foi uma sopa solidária que levávamos e notámos que tinha lá também crianças. Eu me apercebi que nos hospitais muitas crianças passam mais de um, dois anos e três não só internados, com uma grave doença psicológica que não lhe permite ainda sair do hospital e que eu já fiz referência anteriormente, que essa criança passa a usar o hospital como sua segunda casa. Então, como é essa necessidade? E como base também as pessoas que conversaram connosco dentro do hospital? Então eu levei a iniciativa de que a criança, tendo a sua segunda casa ou hospital, também precisam de brincar, sobretudo aquelas crianças que estão em fase de recuperação. "

Para Baltazar Cateco a multiplicação dessas acções por todo o país é possível graças ao número de pessoas que trabalham para a ONG Vitória Lumi. Noutras províncias de Angola.

"Neste momento, é apenas em Luanda, mais as pessoas que faziam parte da nossa organização, porque a nossa organização tem muitos voluntário, pois já estão fora de Luanda e trabalham lá como professores e também pela experiência que eles tiveram da nossa associação. O objectivo é a biblioteca móvel, mas também pretendo criar biblioteca fixa, mas nesse sentido, eu pretendo colaborar com a administração local. Eu identifico alguns espaços e solicito a administração para criar um centro, não só como biblioteca, mas também simultaneamente como Centro de recolha de donativos."

Com esperança para o futuro, o criador do projecto Livro Zunga espera que a tecnologia possa permitir o acesso à leitura ao maior número de angolanos, sem se esquecer que o acesso aos tablets e smartphones ainda não é uma realidade para muitos habitantes de várias zonas de Angola.

"Eu acho que sempre que se trata de uma evolução, é bem-vinda seleção e modernização. Então, se alguém tiver acesso à leitura por intermédio de um tablet, um telefone ou qualquer outro dispositivo eletrônico é sempre bem-vindo. Para os angolanos está muito bom. Só que muita gente não tem acesso ao telefone. Por isso a importância mesmo da livraria móvel."

Através de bibliotecas itinerantes e iniciativas nos hospitais, Baltazar e a sua equipa trabalham para tornar a leitura acessível a todos, enriquecendo a vida das crianças e das comunidades. É o ponto final neste magazine que volta à antena já para a semana. Até breve !

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Com o seu grupo de amigos, Baltazar Cateco organizou-se para concretizar os seus planos, sem imaginar um dia que a sua associação se tornaria uma organização não governamental reconhecida pelo Estado.

Baltazar Cateco : "Nunca imaginei e nunca pensei em legalizar. Nunca pensei. Eu comecei no orfanato, um orfanato onde eu normalmente organizo eventos solidários. Eu sempre realizei eventos solidários com grupo de amigos. Para que chegasse a legalizar foi porque pediram-me. Alguém que gostava de também fazer parte e queria uma documentação que mostrasse que nós estávamos organizados oficialmente. Então, nunca pensei na legalização porque não me dedico 100% só nesta organização. Foi uma evolução que eu nunca pensei. Mas as coisas acontecem naturalmente, circunstancialmente. "

Apaixonado pela leitura, Baltazar propõe acções solidárias em diversos locais da cidade, de forma a promover o acesso aos livros.

"Nestes espaços eu posso colocar uma biblioteca e as pessoas aí vão procurar e consultar a minha biblioteca. Mesmo que eles não terminam de ler um livro, porque não estarei lá permanentemente, mas pelo menos vão ter noção do que é ver o livro X ou a capa do livro. E poderia, ao contrário, é procurar numa outra biblioteca. "

Uma biblioteca itinerante que ocupa o espaço público e que dá acesso à colecção pessoal do Baltazar, sem uma temática específica, mas simplesmente e puramente pelo prazer da leitura e pela valorização da cultura literária angolana.

"Sempre gostei de ler e adquirir muitos livros. Adquiri muitos livros. Normalmente não tenho ainda doações nem peço muitas solicitações de pessoas para me doarem livros, mas eu procuro mesmo os livros que tenho e que eu adquiri. Os livros são também de referência, até de estimação, são os meus livros de autores angolanos a autores estrangeiros são poucos. Deve haver muita, muita, muita literatura de crianças."

Além desta iniciativa, a associação também actua nos hospitais tentando alegrar de forma lúdica o quotidiano das crianças internadas, nomeadamente no Hospital Américo Boavida, na capital angolana, Luanda.

"A iniciativa vem depois de uma festa que eu tinha dado no Américo Boavida. Foi uma sopa solidária que levávamos e notámos que tinha lá também crianças. Eu me apercebi que nos hospitais muitas crianças passam mais de um, dois anos e três não só internados, com uma grave doença psicológica que não lhe permite ainda sair do hospital e que eu já fiz referência anteriormente, que essa criança passa a usar o hospital como sua segunda casa. Então, como é essa necessidade? E como base também as pessoas que conversaram connosco dentro do hospital? Então eu levei a iniciativa de que a criança, tendo a sua segunda casa ou hospital, também precisam de brincar, sobretudo aquelas crianças que estão em fase de recuperação. "

Para Baltazar Cateco a multiplicação dessas acções por todo o país é possível graças ao número de pessoas que trabalham para a ONG Vitória Lumi. Noutras províncias de Angola.

"Neste momento, é apenas em Luanda, mais as pessoas que faziam parte da nossa organização, porque a nossa organização tem muitos voluntário, pois já estão fora de Luanda e trabalham lá como professores e também pela experiência que eles tiveram da nossa associação. O objectivo é a biblioteca móvel, mas também pretendo criar biblioteca fixa, mas nesse sentido, eu pretendo colaborar com a administração local. Eu identifico alguns espaços e solicito a administração para criar um centro, não só como biblioteca, mas também simultaneamente como Centro de recolha de donativos."

Com esperança para o futuro, o criador do projecto Livro Zunga espera que a tecnologia possa permitir o acesso à leitura ao maior número de angolanos, sem se esquecer que o acesso aos tablets e smartphones ainda não é uma realidade para muitos habitantes de várias zonas de Angola.

"Eu acho que sempre que se trata de uma evolução, é bem-vinda seleção e modernização. Então, se alguém tiver acesso à leitura por intermédio de um tablet, um telefone ou qualquer outro dispositivo eletrônico é sempre bem-vindo. Para os angolanos está muito bom. Só que muita gente não tem acesso ao telefone. Por isso a importância mesmo da livraria móvel."

Através de bibliotecas itinerantes e iniciativas nos hospitais, Baltazar e a sua equipa trabalham para tornar a leitura acessível a todos, enriquecendo a vida das crianças e das comunidades. É o ponto final neste magazine que volta à antena já para a semana. Até breve !

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