BOM DIA AMIGO, 2985 — D.O.M. (2/2)

BOM DIA AMIGO

“Não fechemos com a nossa desumanidade a porta da misericórdia de Deus, que se apresenta a nós tão liberalmente”. (João Calvino)

D.O.M., 2/2

Para vivermos a dádiva do Natal, precisamos mostrar misericórdia. Sentir misericórdia é ser uma alma compadecida, é olhar solidariamente para as necessidades dos outros, é carregar os carentes (“miseri”, em latim) dentro do nosso coração (em latim, “cors”). Misericórdia para conosco teve Jesus, desde que nasceu entre nós, pobre como a maioria da população. Misericórdia teve Jesus em toda a sua vida. Ele não despediu a multidão esfomeada, mas a alimentou. Ele não evitou os doentes, mas os curou. Ele não deixou no chão os caídos, mas os levantou. Ele não desprezou as mulheres, mas as valorizou. Ele não expulsou as crianças, mas as abençoou. Misericórdia mostramos quando nos importamos com os outros, sofrendo juntos, chorando juntos, seguindo juntos, tendo para com eles as mesmas atitudes de entrega vividas por Jesus. A misericórdia torna habitável o nosso mundo, faz do deserto um pomar, põe mais gente na mesa para que a refeição seja para muitos e nos leva a conspirar em favor do que é bom e belo, justo e fraterno. A misericórdia converte o dinheiro, o poder e a fama, que alguns legitimamente conquistam, em oportunidades para arrancar da miséria os empobrecidos, resgatar os oprimidos e valorizar os esquecidos A misericórdia faz com que todo dia do ano seja Natal. Prolongamos o Natal quando somos as mãos de Jesus, que oferecemos para servir, os pés de Jesus, com os quais caminhamos para ajudar, o coração de Jesus, com o qual amamos os amigos e os estranhos, os humanos e os animais. A misericórdia torna viva a nossa vida. “Sejam misericordiosos, como também é misericordioso o Pai de vocês”. (Lucas 6.36)

Bom dia!!

Israel Belo de Azevedo