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Empresário baiano cria plataforma de exportação de produtos brasileiros em Portugal

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Projeto foi lançado em outubro, na cidade portuguesa de Vila Nova de Gaia, no distrito de Porto. O objetivo é acelerar o processo de exportação de produtos brasileiros e encontrar compradores nos países europeus.

Por Fábia Belém, correspondente da RFI em Lisboa

A Casa Brasiliana é uma criação do empreendedor e empresário baiano Marco Lessa, que quer ajudar pequenos e médios produtores, associações e cooperativas que têm mercadorias brasileiras com potencial para exportação. Internacionalizar o que produz “é o sonho de muitos empreendedores brasileiros, principalmente os menores”, conta Lessa. A iniciativa surgiu “para atender à necessidade do pequeno empresário, que não tem um amparo, uma estrutura privada para agilizar esse processo de venda [de seus produtos] para o mercado externo”, ele ressalta.

Rogério Assunção, diretor-executivo da Natucoa, marca de chocolates veganos da Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (Coopessba), por exemplo, está há oito meses em Portugal trabalhando no processo de internacionalização de seu negócio. Em sua opinião, para aqueles que, a partir de agora, vão dar os primeiros passos no lançamento de suas mercadorias no mercado europeu, a Casa Brasiliana vai representar “uma grande ajuda”, pois vai encurtar o caminho que leva à internacionalização de suas marcas.

Marco Lessa reforça: “a nossa intenção é diminuir distâncias e tempo. A minha tese é de que, a partir do momento que você leva um ano para dar uma resposta a um potencial comprador, para apresentar o produto, alguém vai ocupar esse espaço na gôndola”, adverte.

Um dos principais objetivos da Casa é encontrar, nos países europeus, potenciais compradores para os produtos brasileiros. Marco Lessa já planeja convidar potenciais clientes, traders para rodadas e encontros de negócios em Portugal, viabilizados pela Casa.

Assim como Lessa, o diretor-executivo da marca baiana de chocolates veganos também está otimista. Com o apoio da Casa Brasiliana, Rogério Assunção espera aumentar o portfólio de clientes “e a quantidade de produtos a serem importados do Brasil para cá”. Ele revela que a marca já vai, inclusive, começar a trabalhar com uma plataforma e-commerce e a se preparar para abrir lojas físicas no continente europeu.

Sustentabilidade

Além de ter assessoria jurídica, contábil, aduaneira e de marketing, quem se juntar à Casa também vai receber assistência para adaptar seus produtos ao mercado europeu, já que alguns ainda não reúnem todas as condições para serem exportados. De acordo com Lessa, ao avaliar as mercadorias, às vezes é preciso fazer pequenos ajustes para que “atendam às demandas do mercado-alvo”, sublinha. Há casos em que “um rótulo precisa ser ajustado, um ingrediente precisa ser retirado, uma embalagem precisa ser modificada, o volume pode ser outro”, explica.

Para o produtor que está interessado em ter sua mercadoria na Casa Brasiliana, Lessa avisa que um dos principais critérios é adotar ações de sustentabilidade em todo o processo produtivo. Ou seja, uma conjugação equilibrada de crescimento econômico, bem-estar social e respeito pelo meio ambiente. Na opinião dele, o produtor brasileiro precisa “se preparar para o novo momento que o mundo impõe”, respeitando os pilares “para que tenhamos produtos sustentáveis e com boa aceitação no mercado europeu”, alerta.

Não perder oportunidade

Lessa informa que já se juntaram à Casa cerca de 50 produtores, associações e cooperativas dos estados da Bahia e do Pará, mas está nos planos do projeto trazer artigos de todos os estados brasileiros. O hub já reúne amostras de cafés, cacau, chocolates, geleias, biojoias, artesanato, roupas e de outros produtos.

Ter amostras de mercadorias diversas na Casa Brasiliana é estratégico. Para seu criador, se o pequeno produtor, a cooperativa, a associação ou o próprio Estado tiver alguma dificuldade burocrática ou financeira para se deslocar do Brasil até uma feira em algum país europeu, a Casa poderá “estar lá apresentando o produto e não perdendo a oportunidade [de fazer negócios].

E para não perder a chance de encontrar mais produtos brasileiros que possam interessar potenciais clientes na Europa, a Casa dispõe de uma equipe própria, mas também quer contar com a ajuda de parceiros. “No Brasil, nós estamos fazendo a mesma ação também proativa, articulando com o Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas], com os governos dos Estados, com algumas instituições e organizações para que já haja uma curadoria [de produtos.].

Planos para o futuro não faltam. Com o intuito de atender os futuros clientes com maior rapidez, Marco Lessa pensa em montar uma central de distribuição, em Portugal, e já fala em levar a Casa Brasiliana para outros países. Ele conta que já há interessados na França, nos Estados Unidos, Emirados Árabes e na China. “É como se esse modelo [de negócio] materializasse o sonho de muita gente”, finaliza.

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Por Fábia Belém, correspondente da RFI em Lisboa

A Casa Brasiliana é uma criação do empreendedor e empresário baiano Marco Lessa, que quer ajudar pequenos e médios produtores, associações e cooperativas que têm mercadorias brasileiras com potencial para exportação. Internacionalizar o que produz “é o sonho de muitos empreendedores brasileiros, principalmente os menores”, conta Lessa. A iniciativa surgiu “para atender à necessidade do pequeno empresário, que não tem um amparo, uma estrutura privada para agilizar esse processo de venda [de seus produtos] para o mercado externo”, ele ressalta.

Rogério Assunção, diretor-executivo da Natucoa, marca de chocolates veganos da Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (Coopessba), por exemplo, está há oito meses em Portugal trabalhando no processo de internacionalização de seu negócio. Em sua opinião, para aqueles que, a partir de agora, vão dar os primeiros passos no lançamento de suas mercadorias no mercado europeu, a Casa Brasiliana vai representar “uma grande ajuda”, pois vai encurtar o caminho que leva à internacionalização de suas marcas.

Marco Lessa reforça: “a nossa intenção é diminuir distâncias e tempo. A minha tese é de que, a partir do momento que você leva um ano para dar uma resposta a um potencial comprador, para apresentar o produto, alguém vai ocupar esse espaço na gôndola”, adverte.

Um dos principais objetivos da Casa é encontrar, nos países europeus, potenciais compradores para os produtos brasileiros. Marco Lessa já planeja convidar potenciais clientes, traders para rodadas e encontros de negócios em Portugal, viabilizados pela Casa.

Assim como Lessa, o diretor-executivo da marca baiana de chocolates veganos também está otimista. Com o apoio da Casa Brasiliana, Rogério Assunção espera aumentar o portfólio de clientes “e a quantidade de produtos a serem importados do Brasil para cá”. Ele revela que a marca já vai, inclusive, começar a trabalhar com uma plataforma e-commerce e a se preparar para abrir lojas físicas no continente europeu.

Sustentabilidade

Além de ter assessoria jurídica, contábil, aduaneira e de marketing, quem se juntar à Casa também vai receber assistência para adaptar seus produtos ao mercado europeu, já que alguns ainda não reúnem todas as condições para serem exportados. De acordo com Lessa, ao avaliar as mercadorias, às vezes é preciso fazer pequenos ajustes para que “atendam às demandas do mercado-alvo”, sublinha. Há casos em que “um rótulo precisa ser ajustado, um ingrediente precisa ser retirado, uma embalagem precisa ser modificada, o volume pode ser outro”, explica.

Para o produtor que está interessado em ter sua mercadoria na Casa Brasiliana, Lessa avisa que um dos principais critérios é adotar ações de sustentabilidade em todo o processo produtivo. Ou seja, uma conjugação equilibrada de crescimento econômico, bem-estar social e respeito pelo meio ambiente. Na opinião dele, o produtor brasileiro precisa “se preparar para o novo momento que o mundo impõe”, respeitando os pilares “para que tenhamos produtos sustentáveis e com boa aceitação no mercado europeu”, alerta.

Não perder oportunidade

Lessa informa que já se juntaram à Casa cerca de 50 produtores, associações e cooperativas dos estados da Bahia e do Pará, mas está nos planos do projeto trazer artigos de todos os estados brasileiros. O hub já reúne amostras de cafés, cacau, chocolates, geleias, biojoias, artesanato, roupas e de outros produtos.

Ter amostras de mercadorias diversas na Casa Brasiliana é estratégico. Para seu criador, se o pequeno produtor, a cooperativa, a associação ou o próprio Estado tiver alguma dificuldade burocrática ou financeira para se deslocar do Brasil até uma feira em algum país europeu, a Casa poderá “estar lá apresentando o produto e não perdendo a oportunidade [de fazer negócios].

E para não perder a chance de encontrar mais produtos brasileiros que possam interessar potenciais clientes na Europa, a Casa dispõe de uma equipe própria, mas também quer contar com a ajuda de parceiros. “No Brasil, nós estamos fazendo a mesma ação também proativa, articulando com o Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas], com os governos dos Estados, com algumas instituições e organizações para que já haja uma curadoria [de produtos.].

Planos para o futuro não faltam. Com o intuito de atender os futuros clientes com maior rapidez, Marco Lessa pensa em montar uma central de distribuição, em Portugal, e já fala em levar a Casa Brasiliana para outros países. Ele conta que já há interessados na França, nos Estados Unidos, Emirados Árabes e na China. “É como se esse modelo [de negócio] materializasse o sonho de muita gente”, finaliza.

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