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Chã das Caldeiras já tem acesso a energia solar fotovoltaica

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Cerca de 800 pessoas da localidade de Chã das Caldeiras, na ilha do Fogo, já têm acesso a electricidade através de uma mini-rede alimentada por energia solar fotovoltaica. "O projecto foi conduzido pelo Centro para as Energias Renováveis e Eficiência Energética da CEDEAO e visa levar energia eléctrica à comunidade de Chã das Caldeiras", como nos explicou Carlos Monteiro, director do Serviço de Energia do Ministério da Energia de Cabo Verde.

A localidade de Chã das Caldeiras, em Cabo Verde, passou a contar com uma central solar fotovoltaica para electrificação desta comunidade do município de Santa Catarina na ilha do Fogo. Cerca de 800 pessoas da localidade de Chã das Caldeiras já têm acesso a electricidade através de uma mini-rede alimentada por energia solar fotovoltaica.

Este foi um projecto conduzido pelo Centro para as Energias Renováveis e Eficiência Energética da CEDEAO. Com financiamento do Governo de Cabo Verde, da agência norte-americana USAID e do Fundo Especial de Intervenção da CEDEAO (ESIF).

RFI: Em que consiste este projecto?

Carlos Monteiro: O projecto consiste na construção de uma central fotovoltaica, financiada pela USAID, o CEREEC e o Estado de Cabo Verde e que visa levar energia elétrica à comunidade de Chã das Caldeiras.

Este projecto marca uma fase importante no desenvolvimento da Ilha do Fogo?

Sim, o projecto vem dar uma contribuição ao aumento da taxa de acesso da electricidade a nível do país e particularmente a nível de Chã das Caldeiras. É um processo que, não obstante a primeira fase que foi inaugurada, já está sendo trabalhada desde há uns tempos para cá. Há ainda que estender as conexões a mais pontos de consumo. O objectivo é atingir a totalidade dos pontos de consumo existentes dentro de Chã das Caldeiras e que, naturalmente, queiram ser conectadas a essa rede, a moradias e os pontos de consumo. A intenção é ver todos conectados de alguma forma, seja por tipos individuais ou por esta central para ter acesso à electricidade.

O Centro de Energias Renováveis vai distribuir electricidade à comunidade de Chã das Caldeiras, uma população de cerca de 800 pessoas, na cratera do vulcão do Pico do Fogo, na Ilha do Fogo, Chã das Caldeiras pode vir a ser auto-suficiente em produção e distribuição de energia?

Sim esse é o objectivo. É por isso que está sendo trabalhada a questão da expansão, porque a capacidade actual é insuficiente para ligar todos os pontos de consumo requeridos porque a energia que seria disponibilizada teria muita limitação em termos de quantidade. É por isso que se está a expandir tanto em termos de capacidade de produção como a capacidade de armazenamento. Naturalmente, a expansão vai contemplar um outro aspecto que é os sistemas isolados e fotovoltaicos para efectivamente proceder com a conexão a todos os pontos de consumo.

O que é que está a ser feito para que essa expansão aconteça?

Esse é um processo contínuo. Há um trabalho que é invisível aos olhos do público que é a questão do dimensionamento do sistema. A questão da mobilização dos fundos, a questão também da gestão. A parte visível são as obras, não é? Mas isso é um processo continuado. Foi inaugurada a primeira fase e, brevemente, vamos prosseguir com o lançamento de concurso para instalação de 16 kits fotovoltaicos. Estamos a trabalhar no caderno de encargos para o lançamento do concurso da expansão. Há um segundo aspecto que é a expansão da central, com todas as infra-estruturas associadas, designadamente o campo solar, baterias.

A CEDEAO tem vindo a apostar em projectos de energia limpa para levar energias sustentáveis às comunidades mais vulneráveis na África Ocidental, como é o caso da Nigéria, da Gâmbia, do Togo. Este apoio por parte da CEDEAO é imprescindível para este projecto em curso em Cabo Verde?

É claro, acho que todos reconhecemos o papel que o Centro de Energia Renováveis e Eficiência Energética para a CEDEAO tem feito na nossa sub-região e é um trabalho muito meritório a nível do nosso país e concretamente neste projecto.

Cabo Verde tem vindo a apostar nas energias limpas e o país tem definido a estratégia nacional para atingir a neutralidade carbónica em 2050. Imagino que este seja uma boa notícia. E o que é que isso significa?

Sim, claro. Por exemplo, em termos de taxa de electrificação, já superamos os 95% e a taxa de acesso também anda por aí. Em termos da expansão de redes, em termos de comunidades por electrificar, quase já atingimos a totalidade, através da expansão da rede. Há comunidades que vão ter que ser electrificadas com recurso à distribuição, a geração distribuída, sistemas fora de rede. Todas estas iniciativas que visam fornecer e promover o acesso à energia a estas comunidades representam passos significativos no cumprimento dos objectivos do Desenvolvimento Sustentável e também da neutralidade carbónica porque a instalação de sistemas de produção de energias renováveis, que visam também aproveitar o potencial do país. Tudo isso faz com que haja uma redução na importação dos combustíveis fósseis e, naturalmente, da questão económica também, em que a poupança. Todas as iniciativas que vão nesta direcção de reduzir a nossa pegada carbónica, a descarbonização da economia do país são iniciativas que devem ser aplaudidas e incentivadas.

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Cerca de 800 pessoas da localidade de Chã das Caldeiras, na ilha do Fogo, já têm acesso a electricidade através de uma mini-rede alimentada por energia solar fotovoltaica. "O projecto foi conduzido pelo Centro para as Energias Renováveis e Eficiência Energética da CEDEAO e visa levar energia eléctrica à comunidade de Chã das Caldeiras", como nos explicou Carlos Monteiro, director do Serviço de Energia do Ministério da Energia de Cabo Verde.

A localidade de Chã das Caldeiras, em Cabo Verde, passou a contar com uma central solar fotovoltaica para electrificação desta comunidade do município de Santa Catarina na ilha do Fogo. Cerca de 800 pessoas da localidade de Chã das Caldeiras já têm acesso a electricidade através de uma mini-rede alimentada por energia solar fotovoltaica.

Este foi um projecto conduzido pelo Centro para as Energias Renováveis e Eficiência Energética da CEDEAO. Com financiamento do Governo de Cabo Verde, da agência norte-americana USAID e do Fundo Especial de Intervenção da CEDEAO (ESIF).

RFI: Em que consiste este projecto?

Carlos Monteiro: O projecto consiste na construção de uma central fotovoltaica, financiada pela USAID, o CEREEC e o Estado de Cabo Verde e que visa levar energia elétrica à comunidade de Chã das Caldeiras.

Este projecto marca uma fase importante no desenvolvimento da Ilha do Fogo?

Sim, o projecto vem dar uma contribuição ao aumento da taxa de acesso da electricidade a nível do país e particularmente a nível de Chã das Caldeiras. É um processo que, não obstante a primeira fase que foi inaugurada, já está sendo trabalhada desde há uns tempos para cá. Há ainda que estender as conexões a mais pontos de consumo. O objectivo é atingir a totalidade dos pontos de consumo existentes dentro de Chã das Caldeiras e que, naturalmente, queiram ser conectadas a essa rede, a moradias e os pontos de consumo. A intenção é ver todos conectados de alguma forma, seja por tipos individuais ou por esta central para ter acesso à electricidade.

O Centro de Energias Renováveis vai distribuir electricidade à comunidade de Chã das Caldeiras, uma população de cerca de 800 pessoas, na cratera do vulcão do Pico do Fogo, na Ilha do Fogo, Chã das Caldeiras pode vir a ser auto-suficiente em produção e distribuição de energia?

Sim esse é o objectivo. É por isso que está sendo trabalhada a questão da expansão, porque a capacidade actual é insuficiente para ligar todos os pontos de consumo requeridos porque a energia que seria disponibilizada teria muita limitação em termos de quantidade. É por isso que se está a expandir tanto em termos de capacidade de produção como a capacidade de armazenamento. Naturalmente, a expansão vai contemplar um outro aspecto que é os sistemas isolados e fotovoltaicos para efectivamente proceder com a conexão a todos os pontos de consumo.

O que é que está a ser feito para que essa expansão aconteça?

Esse é um processo contínuo. Há um trabalho que é invisível aos olhos do público que é a questão do dimensionamento do sistema. A questão da mobilização dos fundos, a questão também da gestão. A parte visível são as obras, não é? Mas isso é um processo continuado. Foi inaugurada a primeira fase e, brevemente, vamos prosseguir com o lançamento de concurso para instalação de 16 kits fotovoltaicos. Estamos a trabalhar no caderno de encargos para o lançamento do concurso da expansão. Há um segundo aspecto que é a expansão da central, com todas as infra-estruturas associadas, designadamente o campo solar, baterias.

A CEDEAO tem vindo a apostar em projectos de energia limpa para levar energias sustentáveis às comunidades mais vulneráveis na África Ocidental, como é o caso da Nigéria, da Gâmbia, do Togo. Este apoio por parte da CEDEAO é imprescindível para este projecto em curso em Cabo Verde?

É claro, acho que todos reconhecemos o papel que o Centro de Energia Renováveis e Eficiência Energética para a CEDEAO tem feito na nossa sub-região e é um trabalho muito meritório a nível do nosso país e concretamente neste projecto.

Cabo Verde tem vindo a apostar nas energias limpas e o país tem definido a estratégia nacional para atingir a neutralidade carbónica em 2050. Imagino que este seja uma boa notícia. E o que é que isso significa?

Sim, claro. Por exemplo, em termos de taxa de electrificação, já superamos os 95% e a taxa de acesso também anda por aí. Em termos da expansão de redes, em termos de comunidades por electrificar, quase já atingimos a totalidade, através da expansão da rede. Há comunidades que vão ter que ser electrificadas com recurso à distribuição, a geração distribuída, sistemas fora de rede. Todas estas iniciativas que visam fornecer e promover o acesso à energia a estas comunidades representam passos significativos no cumprimento dos objectivos do Desenvolvimento Sustentável e também da neutralidade carbónica porque a instalação de sistemas de produção de energias renováveis, que visam também aproveitar o potencial do país. Tudo isso faz com que haja uma redução na importação dos combustíveis fósseis e, naturalmente, da questão económica também, em que a poupança. Todas as iniciativas que vão nesta direcção de reduzir a nossa pegada carbónica, a descarbonização da economia do país são iniciativas que devem ser aplaudidas e incentivadas.

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