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Nas eleições nos Estados Unidos da América "tudo pode acontecer"

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A eleição do próximo presidente dos Estados Unidos está cada vez mais próxima e o resultado é incerto, com Donald Trump e Kamala Harris a aparecerem empatados em quase todas as grandes sondagens norte-americanas. Uma tendência que se repete desde 2016, com os estados indecisos, ou swing states, a parecerem alinhar desta vez na sua maioria com o antigo Presidente Donald Trump.

Em entrevista à RFI, Germano Almeida, jornalista e autor de vários livros sobre as eleições e os presidentes norte-americanos, considera que esta proximidade entre os dois candidatos é normal, já que a sociedade norte-americana está cada vez mais polarizada - uma tendência que acontece desde 2016, altura em que Trump se candidatou pela primeira vez.

"Os Estados Unidos são uma sociedade hiper polarizada, pois está muito dividida. As últimas duas ou três eleições já tinham sido bastante equilibradas. Esta está a ser ainda mais porque se eventualmente Biden tivesse sido o candidato e não tivesse o problema da idade avançada, eu diria que apareceria como favorito. Mas Kamala Harris não foi as primárias. Era uma vice-presidente impopular, herda uma administração impopular e difícil. No caso de Donald Trump, é alguém que tem há muitos anos, de forma consistente, uma grande desaprovação. Então são dois candidatos com problemas para ganhar. Eu diria que Trump tem o caminho mais facilitado para ganhar, porque há muitos americanos descontentes, sobretudo com a herança económica. Já Kamala precisa de uma super mobilização, o que até pode acontecer", explicou o especialista nas eleições norte-americanas.

É essa mobilização que pode ajudar Harris na recta final desta eleição, especialmente nos sete estados indecisos, ou swing states, onde Donald Trump domina face há quatro anos, em que Biden ganhou seis em sete destes estados.

"As sondagens mostram que o número de indecisos já é muito baixo nos estados indecisos. As sondagens apontam para que haja de 5% a 7% indecisos, não mais. Kamala ainda não desistiu de convencer alguns republicanos que rejeitam Trump. São alguns. Não são muitos, mas até podem ser importantes nalguns estados. Mais importante do que isso, é mesmo a mobilização. Para Kamala Harris é completamente diferente se os negros votarem 50% ou 70%. Se votarem a 50% ela não ganha. Se votarem a 70% ela ganha com essa diferença", indicou o jornalista.

O pós-eleições, especialmente após a tomada do Capitólio há quatro anos aquando a tomada de posse de Jor Biden, fazem temer o pior em termos de estabilidade política para os Estados Unidos independentemente de quem saia vencedor das eleições de 05 de Novembro. Um país "

"Estamos numa fase em que o lado que vier a perder não vai aceitar o outro lado. É um cenário mesmo muito complicado, porque o campo de Trump não só não vai aceitar como vai achar mesmo que ganhou. Portanto, tudo pode acontecer. A situação é de grande risco e vai ser de grande stress e tensão para o sistema", concluiu Germano Almeida.

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A eleição do próximo presidente dos Estados Unidos está cada vez mais próxima e o resultado é incerto, com Donald Trump e Kamala Harris a aparecerem empatados em quase todas as grandes sondagens norte-americanas. Uma tendência que se repete desde 2016, com os estados indecisos, ou swing states, a parecerem alinhar desta vez na sua maioria com o antigo Presidente Donald Trump.

Em entrevista à RFI, Germano Almeida, jornalista e autor de vários livros sobre as eleições e os presidentes norte-americanos, considera que esta proximidade entre os dois candidatos é normal, já que a sociedade norte-americana está cada vez mais polarizada - uma tendência que acontece desde 2016, altura em que Trump se candidatou pela primeira vez.

"Os Estados Unidos são uma sociedade hiper polarizada, pois está muito dividida. As últimas duas ou três eleições já tinham sido bastante equilibradas. Esta está a ser ainda mais porque se eventualmente Biden tivesse sido o candidato e não tivesse o problema da idade avançada, eu diria que apareceria como favorito. Mas Kamala Harris não foi as primárias. Era uma vice-presidente impopular, herda uma administração impopular e difícil. No caso de Donald Trump, é alguém que tem há muitos anos, de forma consistente, uma grande desaprovação. Então são dois candidatos com problemas para ganhar. Eu diria que Trump tem o caminho mais facilitado para ganhar, porque há muitos americanos descontentes, sobretudo com a herança económica. Já Kamala precisa de uma super mobilização, o que até pode acontecer", explicou o especialista nas eleições norte-americanas.

É essa mobilização que pode ajudar Harris na recta final desta eleição, especialmente nos sete estados indecisos, ou swing states, onde Donald Trump domina face há quatro anos, em que Biden ganhou seis em sete destes estados.

"As sondagens mostram que o número de indecisos já é muito baixo nos estados indecisos. As sondagens apontam para que haja de 5% a 7% indecisos, não mais. Kamala ainda não desistiu de convencer alguns republicanos que rejeitam Trump. São alguns. Não são muitos, mas até podem ser importantes nalguns estados. Mais importante do que isso, é mesmo a mobilização. Para Kamala Harris é completamente diferente se os negros votarem 50% ou 70%. Se votarem a 50% ela não ganha. Se votarem a 70% ela ganha com essa diferença", indicou o jornalista.

O pós-eleições, especialmente após a tomada do Capitólio há quatro anos aquando a tomada de posse de Jor Biden, fazem temer o pior em termos de estabilidade política para os Estados Unidos independentemente de quem saia vencedor das eleições de 05 de Novembro. Um país "

"Estamos numa fase em que o lado que vier a perder não vai aceitar o outro lado. É um cenário mesmo muito complicado, porque o campo de Trump não só não vai aceitar como vai achar mesmo que ganhou. Portanto, tudo pode acontecer. A situação é de grande risco e vai ser de grande stress e tensão para o sistema", concluiu Germano Almeida.

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