Às vezes eu acho que os roteiristas da bíblia, devem ser os mesmos daquele programa: “Acredite se quiser!”
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Perguntas retóricas que um cristão deveria fazer: como posso confiar na minha religião, que ao mesmo tempo em que se julga a única verdadeira, se esquece de que absorveu para si, elementos de muitas das próprias crenças acusadas por ela como falsas? Como poderia confiar que a minha bíblia seja a verdadeira, se existem várias outras religiões mutuamente excludentes, repletas de semelhanças e que também não aceitam a minha como a única portadora das verdades absolutas, mesmo ela sendo plágio das mesmas? E agora como ateu eu pergunto: como pode um místico afirmar com convicção absoluta que o seu Deus é único, se por definição o Deus de todos os místicos das diferentes vertentes religiosas também são? Podem todos eles deterem a verdade concreta sobre a unicidade do seu deus, mesmo eles sabendo que o critério ‘fé’ seja só intrínseco a coisas abstratas? Aliás, que diferença faz todos os crentes se acharem certos, segundo eles mesmos, se o núcleo de suas crenças contraditórias prova que tolos estão errados, digo: que todos estão errados? Aliás, como aceitar a existência de várias convicções religiosas mitológicas, se filosófica e historicamente falando não podem ser verdadeiras? Como aceitar a existência de várias vertentes divergentes e contraditórias, se pela lógica não deveriam existir ao mesmo tempo na mesma realidade? Tudo bem que seja louvável um crente não querer prova da inexistência de Deus e sim da sua existência, diferente das crianças que depois de adultas não pensam que sua crença infantil prove a real existência do Papai Noel. Mas se da mesma forma que ainda não podemos supor que exista vida em outros planetas e nem conseguimos verificar a existência de qualquer deus, por que continuar supondo que Ele exista? Não é melhor considerar que os indícios da sua não existência são mais fortes que aqueles que porventura são favoráveis a ela? Por que sustentar opiniões por sua utilidade em vez de sua veracidade? Não deveria a praxe de dar crédito às evidências e as teorias serem de muito mais importância intelectual, do que a crença em dogmas primitivos que não levam em consideração ao menos se o “objeto” da crença seja real?
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