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Fusão nuclear e o futuro da energia limpa

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Uma fonte de energia limpa, segura, praticamente ilimitada e muito mais eficiente do que tudo que a humanidade já foi capaz de produzir: essa é a promessa da fusão nuclear. Ao contrário da fissão, que já é usada hoje por muitos países, a fusão simula o processo de produção de energia que acontece dentro das estrelas. Esse método tem um risco muito menor de acidentes e não gera aquele tipo de lixo que se mantém radioativo por milhares de anos.
A fusão nuclear é a energia do futuro - mas já faz tempo. Há pelo menos 70 anos, cientistas trabalham no seu uso comercial. Recentemente o setor ganhou fôlego novo. As pesquisas, que antes estavam restritas aos laboratórios de universidades e institutos, passaram a atrair também investimentos privados, que já somam US$ 4,7 bilhões. Até Bill Gates e Jeff Bezos já apostaram na tecnologia.
Os times por trás da maioria desses projetos privados esperam produzir eletricidade por meio da fusão nuclear já na próxima década. Essa é uma meta super ambiciosa porque, para tornar essa tecnologia viável, ainda é necessário fazer pesquisa básica. Mas o fato é que, mantido o atual nível de interesse, é razoável imaginar que a fusão nuclear vai ter um papel importante na segunda metade deste século - e é difícil exagerar suas implicações econômicas e geopolíticas. Esse deve ser um divisor de águas na história da humanidade, especialmente em meio à emergência climática.

Só pra deixar claro: não dá tempo de esperar pela fusão nuclear. Os efeitos das mudanças climáticas já estão sendo sentidos e a gente precisa parar de queimar combustíveis fósseis o quanto antes. Mas a promessa da fusão nuclear é de abundância e estabilidade, porque essa fonte não é afetada por intempéries como no caso da energia solar, eólica e hidrelétrica - da qual o Brasil depende tanto.
O entrevistado desse episódio é Vinícius Njaim Duarte, pesquisador no laboratório de plasma da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e um dos principais cientistas brasileiros envolvidos nos estudos da fusão nuclear. Nesta conversa, ele explica de forma acessível como a tecnologia funciona e os principais obstáculos para o seu uso em larga escala. Ele ainda faz um exercício para imaginar como seria o mundo pós-fusão nuclear.
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O Economia do Futuro é publicado quinzenalmente, às quintas. Para ser notificado sobre novos episódios, siga esse podcast no seu tocador. Se quiser falar comigo, meu email é podcast@economiadofuturo.com

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A fusão nuclear é a energia do futuro - mas já faz tempo. Há pelo menos 70 anos, cientistas trabalham no seu uso comercial. Recentemente o setor ganhou fôlego novo. As pesquisas, que antes estavam restritas aos laboratórios de universidades e institutos, passaram a atrair também investimentos privados, que já somam US$ 4,7 bilhões. Até Bill Gates e Jeff Bezos já apostaram na tecnologia.
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Só pra deixar claro: não dá tempo de esperar pela fusão nuclear. Os efeitos das mudanças climáticas já estão sendo sentidos e a gente precisa parar de queimar combustíveis fósseis o quanto antes. Mas a promessa da fusão nuclear é de abundância e estabilidade, porque essa fonte não é afetada por intempéries como no caso da energia solar, eólica e hidrelétrica - da qual o Brasil depende tanto.
O entrevistado desse episódio é Vinícius Njaim Duarte, pesquisador no laboratório de plasma da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e um dos principais cientistas brasileiros envolvidos nos estudos da fusão nuclear. Nesta conversa, ele explica de forma acessível como a tecnologia funciona e os principais obstáculos para o seu uso em larga escala. Ele ainda faz um exercício para imaginar como seria o mundo pós-fusão nuclear.
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