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SuperLiga, Super Fiasco? A corrida aos milhões no futebol

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O bolo é apetecível e tem vários sabores, chama-se o futebol. Há largos anos que a maior competição de clubes europeus, a Liga dos Campeões, é dirigida pela UEFA, organismo que gere o futebol na Europa.

O formato já mudou várias vezes, passando, no início, dos vencedores dos campeonatos à integração de outras equipas segundo a classificação do país na UEFA. Por exemplo, a Espanha ou ainda a Inglaterra têm quatro clubes assegurados na prova milionária enquanto Portugal tem apenas dois.

Esse formato vai novamente evoluir. Acaba-se a fase de grupos, e entra-se na era de um campeonato com 36 equipas, em que cada uma terá de realizar dez jogos, cinco em casa e cinco fora.

Este novo formato foi anunciado na segunda-feira, um dia após o lançamento da SuperLiga. Essa nova competição ia ter 12 clubes fundadores - Real Madrid, Atlético Madrid, FC Barcelona, Inter de Milão, AC Milan, Juventus, Chelsea, Liverpool, Arsenal, Tottenham, Manchester United e Manchester City -, mais três outras equipas permanentes e mais cinco clubes convidados.

O objectivo? Ter mais receitas para partilhar entre os clubes. As equipas da SuperLiga poderiam partilhar 3,5 mil milhões de euros no início, podendo atingir rapidamente os 5 mil milhões, enquanto a Liga dos Campeões atribui aos clubes 2,7 mil milhões de euros.

Esta corrida ao poder e aos milhões do futebol acabou por ser curta. Os adeptos, os dirigentes, os futebolistas e até mesmo os Governos revoltaram-se contra a competição vista como uma prova feita para os ricos deixando de lado inúmeros clubes e países com um certo historial na Liga dos Campeões, como Portugal que, com Benfica e FC Porto, tem 4 Ligas dos Campeões, dois troféus cada um.

Perante a revolta, as manifestações dos adeptos na Inglaterra, com violências à mistura, os seis clubes ingleses, coluna vertebral do projecto, abandonaram em menos de 48 horas. Seguiram-se Atlético Madrid, Inter de Milão e AC Milan. Apenas Juventus, Real Madrid e FC Barcelona mantêm-se num projecto que está agora em ‘stand-by’. Um fiasco total, mas a ideia foi lançada.

Diogo Luís, economista e antigo futebolista, analisou esta situação, afirmando que a SuperLiga era uma aberração que foi mal preparada, mas sublinhando também que a UEFA terá de rever os prémios atribuídos para evitar uma nova revolta dos clubes nos próximos anos.

Diogo Luís, economista, que trabalha na Golden Wealth Management, e antigo lateral esquerdo, foi formado no SL Benfica, ele que representou também o Alverca, o Beira-Mar, a Naval 1.º de Maio, o Estoril e o Leixões em Portugal.

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Esta corrida ao poder e aos milhões do futebol acabou por ser curta. Os adeptos, os dirigentes, os futebolistas e até mesmo os Governos revoltaram-se contra a competição vista como uma prova feita para os ricos deixando de lado inúmeros clubes e países com um certo historial na Liga dos Campeões, como Portugal que, com Benfica e FC Porto, tem 4 Ligas dos Campeões, dois troféus cada um.

Perante a revolta, as manifestações dos adeptos na Inglaterra, com violências à mistura, os seis clubes ingleses, coluna vertebral do projecto, abandonaram em menos de 48 horas. Seguiram-se Atlético Madrid, Inter de Milão e AC Milan. Apenas Juventus, Real Madrid e FC Barcelona mantêm-se num projecto que está agora em ‘stand-by’. Um fiasco total, mas a ideia foi lançada.

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Diogo Luís, economista, que trabalha na Golden Wealth Management, e antigo lateral esquerdo, foi formado no SL Benfica, ele que representou também o Alverca, o Beira-Mar, a Naval 1.º de Maio, o Estoril e o Leixões em Portugal.

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