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Alumni a dar música – The FEUP Alumni Playlist #43 – José Carlos Coutinho

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Alumni a dar música” é uma rubrica musical em formato Podcast do Gabinete Alumni da Talent Unit da FEUP em parceria com a Engenharia Rádio que traz todos os meses as escolhas musicais dos nossos Alumni. Na 43ª edição do “Alumni a dar música” temos a escolha musical do alumnus José Carlos Coutinho

José Carlos Coutinho

Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação

Engenheiro de software @ Sport Data Valley

As escolhas musicais de Zé Carlos

“A primeira música que escolhi faz-me lembrar a minha infância. Quase todos os dias, o meu avô ia-me levar à Academia de Música depois da escola. Ao abrir a porta, o CD “20 anos de Rui Veloso” já soava nas colunas do carro, a passar o “Chico Fininho”, mas também outros temas como “Máquina Zero” e “Não Há Estrelas no Céu”. É deveras curioso que uma música sobre um viciado em heroína seja parte da infância de alguém, mas, para um menino inocente, “depois de mais um chuto nas retretes” significava que o homem estava chateado e decidiu desferir um pontapé numa latrina.

A segunda música, “These Colours Don’t Run” dos Iron Maiden, foi aquela que me introduziu ao Heavy Metal no início da minha adolescência. Uma escolha controversa para os fãs da banda, dado que não é nem de perto nem de longe, um clássico; mas é também uma escolha controversa na minha vida. Ser “o gajo do heavy metal” num colégio religioso repleto de “betos” não me trouxe popularidade nenhuma, tendo de me refugiar nos amigos da academia de música para sobreviver à adolescência.

A minha terceira escolha é uma música do séc. XVI, “Tourdion”, e representa a minha passagem pelo Coro Juvenil da Academia de Música, durante os tempos do ensino secundário. Cantámos esta e muitas outras na baixa do Porto (a Londonderry Air deleita as velhinhas inglesas/irlandesas) para angariarmos dinheiro para as mini-tours à Bélgica e a França. Foram tempos tanto de muita felicidade como de desgostos amorosos, mas a companhia de um grupo que, passados 10 anos, ainda hoje se encontra, não tanto para cantar, mas mais para comer bem e pôr a vida em dia.

Chegado aos anos da faculdade, apresento a minha quarta música: a “Balada da Despedida”. Muito do meu tempo na FEUP foi consumido em praxe. Foram tempos muito intensos e repletos de desafios: muitas diretas, muitas discussões, muito choro, muito stress. Mas nunca na vida experienciei um sentimento de companheirismo tão forte como então. Foram tempos maravilhosos que já não voltam, como a música contempla.

No meu último ano do curso, fiz Erasmus em Enschede, na Holanda, país onde vivo ainda hoje. Era a primeira vez que ia viver sem os meus pais, ainda por cima num país que não o meu, por isso estava extremamente ansioso. No entanto, rapidamente fiz um grupo de amigos ao chegar lá, e tudo correu às mil maravilhas. Apesar de ter sido um tempo de emancipação, nunca me esqueci da minha cidade natal, onde estão a minha família e os meus amigos. A minha quinta escolha, “Porto Sentido”, é um regresso ao Rui Veloso e à minha cidade natal, e é uma música que ainda hoje não consigo cantar porque me falha a voz.

Por fim, escolhi “Tribute”, dos Tenacious D: um tributo aos ausentes sempre presentes, em particular uma pessoa que me achava muito chato e que partiu demasiado cedo.

Reconheço que esta não é a playlist cujas músicas combinam melhor, mas espero que, juntamente com este texto, consigam trazer à vida as memórias que aqui vos contei!”

Playlist

  1. Rui Veloso – Chico Fininho
  2. Iron Maiden – These Colours Don’t Run
  3. Tourdion
  4. Balada de Despedida do 5º Ano Jurídico de 88/89 (Interpretação do Grupo de Fados de Engenharia)
  5. Rui Veloso – Porto sentido
  6. Tenacious D – Tribute

Gabinete Alumni da Talent Unit da FEUP em parceria com a Engenharia Rádio.

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José Carlos Coutinho

Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação

Engenheiro de software @ Sport Data Valley

As escolhas musicais de Zé Carlos

“A primeira música que escolhi faz-me lembrar a minha infância. Quase todos os dias, o meu avô ia-me levar à Academia de Música depois da escola. Ao abrir a porta, o CD “20 anos de Rui Veloso” já soava nas colunas do carro, a passar o “Chico Fininho”, mas também outros temas como “Máquina Zero” e “Não Há Estrelas no Céu”. É deveras curioso que uma música sobre um viciado em heroína seja parte da infância de alguém, mas, para um menino inocente, “depois de mais um chuto nas retretes” significava que o homem estava chateado e decidiu desferir um pontapé numa latrina.

A segunda música, “These Colours Don’t Run” dos Iron Maiden, foi aquela que me introduziu ao Heavy Metal no início da minha adolescência. Uma escolha controversa para os fãs da banda, dado que não é nem de perto nem de longe, um clássico; mas é também uma escolha controversa na minha vida. Ser “o gajo do heavy metal” num colégio religioso repleto de “betos” não me trouxe popularidade nenhuma, tendo de me refugiar nos amigos da academia de música para sobreviver à adolescência.

A minha terceira escolha é uma música do séc. XVI, “Tourdion”, e representa a minha passagem pelo Coro Juvenil da Academia de Música, durante os tempos do ensino secundário. Cantámos esta e muitas outras na baixa do Porto (a Londonderry Air deleita as velhinhas inglesas/irlandesas) para angariarmos dinheiro para as mini-tours à Bélgica e a França. Foram tempos tanto de muita felicidade como de desgostos amorosos, mas a companhia de um grupo que, passados 10 anos, ainda hoje se encontra, não tanto para cantar, mas mais para comer bem e pôr a vida em dia.

Chegado aos anos da faculdade, apresento a minha quarta música: a “Balada da Despedida”. Muito do meu tempo na FEUP foi consumido em praxe. Foram tempos muito intensos e repletos de desafios: muitas diretas, muitas discussões, muito choro, muito stress. Mas nunca na vida experienciei um sentimento de companheirismo tão forte como então. Foram tempos maravilhosos que já não voltam, como a música contempla.

No meu último ano do curso, fiz Erasmus em Enschede, na Holanda, país onde vivo ainda hoje. Era a primeira vez que ia viver sem os meus pais, ainda por cima num país que não o meu, por isso estava extremamente ansioso. No entanto, rapidamente fiz um grupo de amigos ao chegar lá, e tudo correu às mil maravilhas. Apesar de ter sido um tempo de emancipação, nunca me esqueci da minha cidade natal, onde estão a minha família e os meus amigos. A minha quinta escolha, “Porto Sentido”, é um regresso ao Rui Veloso e à minha cidade natal, e é uma música que ainda hoje não consigo cantar porque me falha a voz.

Por fim, escolhi “Tribute”, dos Tenacious D: um tributo aos ausentes sempre presentes, em particular uma pessoa que me achava muito chato e que partiu demasiado cedo.

Reconheço que esta não é a playlist cujas músicas combinam melhor, mas espero que, juntamente com este texto, consigam trazer à vida as memórias que aqui vos contei!”

Playlist

  1. Rui Veloso – Chico Fininho
  2. Iron Maiden – These Colours Don’t Run
  3. Tourdion
  4. Balada de Despedida do 5º Ano Jurídico de 88/89 (Interpretação do Grupo de Fados de Engenharia)
  5. Rui Veloso – Porto sentido
  6. Tenacious D – Tribute

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