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A queda de Salles, o ministro que tentou ‘passar a boiada’

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Mais um ministro da ala ideológica do governo Bolsonaro caiu. Agora foi a vez de Ricardo Salles, que pediu demissão após dois anos e meio no cargo de ministro do Meio Ambiente. O ex-titular da pasta não resistiu ao desgaste provocado pelas suspeitas de envolvimento num esquema ilegal de retirada e venda de madeira - ele é alvo de duas investigações no STF. Salles será substituído pelo atual Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, Joaquim Álvaro Pereira Leite. As mudanças foram publicadas ontem, quarta-feira, 23, no Diário Oficial da União.

Salles está sendo investigado pela Operação Akuanduba, conduzida pela Polícia Federal, onde são apurados crimes contra a administração pública, especialmente, facilitação de contrabando praticado por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro. E também pela Operação Handroanthus, que investiga a prática de dificultar a fiscalização ambiental em favor da extração ilegal de madeira. A operação, que ocorria nas Justiças do Pará do Amazonas, foi suspensa em junho a pedido da PF para decidir se as investigações vão continuar em primeira instância ou passarão para o STF.

Salles foi alvo de mandados de busca e apreensão e teve seus sigilos bancários e fiscais quebrados. A situação piorou com a substituição de mais um delegado da Polícia Federal que participava das investigações a seu respeito. Mesmo com todas essas acusações, o presidente Jair Bolsonaro continuava defendendo seu aliado, inclusive com elogios públicos.

Desde que assumiu a pasta, Salles sempre esteve no meio de polêmicas. Em 2019, o ministro afirmou que a solução para a extração ilegal na Amazônia seria “monetizá-la”. Durante as queimadas no Pantanal, em 2020, Salles sugeriu que um aumento na criação de gado poderia combater o fogo. Ainda no ano passado, em reunião ministerial de Bolsonaro, Salles recomendou ao presidente que aproveitasse o enfoque da imprensa na pandemia para “passar a boiada”, flexibilizando leis ambientais e de proteção à natureza.

No episódio do Estadão Notícias de hoje, vamos analisar a gestão Salles com Ricardo Galvão, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. “Ele será lembrado como o anti-ministro de Meio Ambiente”, avalia o físico e engenheiro, que foi exonerado do cargo ao defender os dados produzidos pelo Inpe sobre o desmatamento. Bolsonaro disse que eram mentirosos e ainda acusou Galvão de estar “a serviço de alguma ONG”.

O Estadão Notícias está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência.

Apresentação: Emanuel Bomfim

Produção/Edição: Gustavo Lopes, Julia Corá, Ana Paula Niederauer, Jefferson Perleberg e Larissa Burchard.

Sonorização/Montagem: Moacir Biasi

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Mais um ministro da ala ideológica do governo Bolsonaro caiu. Agora foi a vez de Ricardo Salles, que pediu demissão após dois anos e meio no cargo de ministro do Meio Ambiente. O ex-titular da pasta não resistiu ao desgaste provocado pelas suspeitas de envolvimento num esquema ilegal de retirada e venda de madeira - ele é alvo de duas investigações no STF. Salles será substituído pelo atual Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, Joaquim Álvaro Pereira Leite. As mudanças foram publicadas ontem, quarta-feira, 23, no Diário Oficial da União.

Salles está sendo investigado pela Operação Akuanduba, conduzida pela Polícia Federal, onde são apurados crimes contra a administração pública, especialmente, facilitação de contrabando praticado por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro. E também pela Operação Handroanthus, que investiga a prática de dificultar a fiscalização ambiental em favor da extração ilegal de madeira. A operação, que ocorria nas Justiças do Pará do Amazonas, foi suspensa em junho a pedido da PF para decidir se as investigações vão continuar em primeira instância ou passarão para o STF.

Salles foi alvo de mandados de busca e apreensão e teve seus sigilos bancários e fiscais quebrados. A situação piorou com a substituição de mais um delegado da Polícia Federal que participava das investigações a seu respeito. Mesmo com todas essas acusações, o presidente Jair Bolsonaro continuava defendendo seu aliado, inclusive com elogios públicos.

Desde que assumiu a pasta, Salles sempre esteve no meio de polêmicas. Em 2019, o ministro afirmou que a solução para a extração ilegal na Amazônia seria “monetizá-la”. Durante as queimadas no Pantanal, em 2020, Salles sugeriu que um aumento na criação de gado poderia combater o fogo. Ainda no ano passado, em reunião ministerial de Bolsonaro, Salles recomendou ao presidente que aproveitasse o enfoque da imprensa na pandemia para “passar a boiada”, flexibilizando leis ambientais e de proteção à natureza.

No episódio do Estadão Notícias de hoje, vamos analisar a gestão Salles com Ricardo Galvão, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. “Ele será lembrado como o anti-ministro de Meio Ambiente”, avalia o físico e engenheiro, que foi exonerado do cargo ao defender os dados produzidos pelo Inpe sobre o desmatamento. Bolsonaro disse que eram mentirosos e ainda acusou Galvão de estar “a serviço de alguma ONG”.

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