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Por que o true crime virou febre no Brasil?

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Na madrugada de 31 de outubro de 2002, Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados com golpes de barra de ferro enquanto dormiam em casa, num bairro rico de São Paulo. Quatro anos depois, a Justiça concluiu que Suzane von Richthofen, filha do casal, agiu junto dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, e o trio foi condenado a quase 40 anos de prisão por duplo homicídio qualificado.

O caso Richthofen, um dos crimes que mais chocaram o Brasil, é contado em dois filmes, “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, dirigidos por Mauricio Eça e lançados no Amazon Prime Video. Os longas são parte de uma onda recente de produções do gênero true crime no Brasil.

Esse gênero, que tem filmes, séries e podcasts que surgem a partir de crimes reais, faz sucesso no exterior já há algumas décadas, mas só ganhou força no Brasil nos últimos anos. Casos como o do menino Evandro, que foi sequestrado e assassinado, e a história de João de Deus, condenando pelo estupro de centenas de mulheres, estão extrapolando o noticiário e ganhando as telinhas, as telonas e também as plataformas de streaming.

O Expresso Ilustrada desta semana debate porque as produções de true crime estão em alta no país. E também como muitas dessas histórias vão além do sensacionalismo e podem revelar questões mais profundas sobre as sociedades.

Para destrinchar o tema, o podcast ouve a atriz e ex-BBB Carla Díaz, que interpreta Suzane von Richthofen, além de Ivan Mizanzuk, autor do podcast “Projeto Humanos: O Caso Evandro”, que virou série no Globoplay. “Eu costumo dizer que só o crime em si não basta você precisa de um você precisa da história ser bem contada e ela ter elementos que prendam a atenção”, diz Mizanzuk.

Também falam no programa Branca Vianna, a fundadora da Rádio Novelo e idealizadora do podcast “Praia dos Ossos” —que conta o assassinato de Ângela Diniz pelo então namorado, Doca Street— e Flora Thomson-DeVeaux, pesquisadora e coordenadora de produção do programa.

“Se a Branca estivesse me contando que tinha um cara que matou a namorada nos anos 1970, OK, que triste. Mas o interesse da história, o momento em que meus olhos brilharam com raiva e interesse, foi quando ela contou do julgamento do Doca Street e do uso da tese da legítima defesa da honra”, diz Thomson-DeVeaux.

O Expresso Ilustrada também conta com a participação do sociólogo Dmitri Cerboncini Fernandes, da Universidade Federal de Juiz de Fora. “Por sermos uma sociedade extremamente violenta, um tecido social violento, as pessoas também no fim se interessam por aqueles assuntos que estão na ordem do dia, que acontecem cotidianamente, que elas vêm a correr na rua delas de noite”, ele diz.

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O caso Richthofen, um dos crimes que mais chocaram o Brasil, é contado em dois filmes, “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, dirigidos por Mauricio Eça e lançados no Amazon Prime Video. Os longas são parte de uma onda recente de produções do gênero true crime no Brasil.

Esse gênero, que tem filmes, séries e podcasts que surgem a partir de crimes reais, faz sucesso no exterior já há algumas décadas, mas só ganhou força no Brasil nos últimos anos. Casos como o do menino Evandro, que foi sequestrado e assassinado, e a história de João de Deus, condenando pelo estupro de centenas de mulheres, estão extrapolando o noticiário e ganhando as telinhas, as telonas e também as plataformas de streaming.

O Expresso Ilustrada desta semana debate porque as produções de true crime estão em alta no país. E também como muitas dessas histórias vão além do sensacionalismo e podem revelar questões mais profundas sobre as sociedades.

Para destrinchar o tema, o podcast ouve a atriz e ex-BBB Carla Díaz, que interpreta Suzane von Richthofen, além de Ivan Mizanzuk, autor do podcast “Projeto Humanos: O Caso Evandro”, que virou série no Globoplay. “Eu costumo dizer que só o crime em si não basta você precisa de um você precisa da história ser bem contada e ela ter elementos que prendam a atenção”, diz Mizanzuk.

Também falam no programa Branca Vianna, a fundadora da Rádio Novelo e idealizadora do podcast “Praia dos Ossos” —que conta o assassinato de Ângela Diniz pelo então namorado, Doca Street— e Flora Thomson-DeVeaux, pesquisadora e coordenadora de produção do programa.

“Se a Branca estivesse me contando que tinha um cara que matou a namorada nos anos 1970, OK, que triste. Mas o interesse da história, o momento em que meus olhos brilharam com raiva e interesse, foi quando ela contou do julgamento do Doca Street e do uso da tese da legítima defesa da honra”, diz Thomson-DeVeaux.

O Expresso Ilustrada também conta com a participação do sociólogo Dmitri Cerboncini Fernandes, da Universidade Federal de Juiz de Fora. “Por sermos uma sociedade extremamente violenta, um tecido social violento, as pessoas também no fim se interessam por aqueles assuntos que estão na ordem do dia, que acontecem cotidianamente, que elas vêm a correr na rua delas de noite”, ele diz.

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