Ep. 003 Vivemos em um mundo realmente diverso?
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🎙 Bem-vindos ao First Pixel, o podcast sobre o mundo digital! Apresentado por mim, Fernanda Prevedello (ou Fe Preve), trago aqui insights sobre carreira e negócios do mundo digital, além de muito conteúdo e informações relevantes sobre desenvolvimento web, marketing digital, e-commerce e mídias sociais. No terceiro episódio, eu trago uma indagação: ------------------------- Muito se fala em diversidade, mas vivemos em um mundo diverso? Olá, eu sou a Fernanda Prevedello e você está no First Pixel. Recentemente participei de um debate onde uma empresa estava em busca de uma designer negra. Imediatamente se instalou um completo ar de discórdia. Algumas pessoas comentaram que especificar etinia para o preenchimento de uma vaga era simplesmente racista. Ao primeiro momento, eu também torci o nariz pela demanda exigente da empresa, porém logo em seguida parei pra observar melhor os produtos e serviços oferecidos por ela. Daí imediatamente eu entendi. Não se tratava de uma exigência qualquer, a empresa respirava a cultura negra e convenhamos, ninguém melhor do que um negro pra falar da sua etinia. Assim como ninguém melhor do que um homossexual falar do universo LGBTI+, ninguém melhor do que uma criança pra falar de brincadeiras favoritas, ninguém melhor do que um idoso pra falar dos desafios da terceira idade... Já percebeu onde eu quero chegar? No mês de abril de 2019, a revista Exame lançou na sua edição de capa a matéria "O Poder da Diversidade" onde apontou a real importância de qualquer corporação em montar um time diverso. Homens e mulheres, novatos e experientes, pessoas com deficiência e LGBTI+ estão destacando empresas e setores nessa prática de inclusão. Apesar do Brasil ser considerado um dos países com mais diversidade, vivemos numa realidade bem diferente. Se as empresas são o reflexo da sociedade, basta você fazer o teste do pescoço... Quantos médicos negros te atenderam ao longo da sua vida? Quantos lojistas trans você conhece? Quantas vezes você já viu uma mulher dirigindo um ônibus? Quantas mulheres estão a frente de empresas de tecnologia? Se temos mais de 55% de negros e pardos, se metade da população é do sexo feminino e com maior taxa de estudo que os homens, porque ainda 61% dos líderes empresariais são homens brancos? Contribuir para um debate como este é fundamental, pois na era da diversidade, onde o "black money" e "pink money" comprovam que o mercado segmentado e especialista traz muito lucro, empresas que investem nisso perceberam não apenas esse fator, mas contribuem para um mundo melhor. Segundo o presidente do Santander para a revista Exame, "A diversidade é uma das bases de fomento à inovação e deve alimentar o propósito das empresas". E no ambiente digital isso está longe de ser diferente. As mídias sociais e projetos desenvolvidos pra atender demandas primordialmente na web corroboram para um ambiente sem fronteiras se tratando de conteúdo e consumo de produtos e serviços para todos os públicos. Identificar de personas, observar a jornada de compra e indicadores de resultados são métricas fundamentais para avaliar o rumo dos negócios e a gestão empresarial, partindo do público consumidor no centro. E apesar de uma era onde a informação está no bolso, muitas empresas ainda se perdem nessa corrida necessária de se fazer inclusa e diversa. Seja em equipes grandes ou pequenas, estar no radar de outras tribos se tornou não apenas um excelente exercício de empatia, mas em transformação e aprimoramento de soluções criativas.
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