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[Republicação] Maria João Pires sobre feminismo e as mulheres na sociedade (Entrevista)

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Na convenção do partido de extrema-direita Chega, realizada em Évora, no fim-de-semana de 19 e 20 de setembro, Rui Roque, militante da distrital do partido no Algarve, antigo militante do PNR e da Aliança, levou a votação uma moção em que defendia, entre outros pontos, o seguinte: “Todas as mulheres que abortem no Serviço Público de Saúde, por razões que não sejam de perigo imediato para a sua saúde, cujo bebé não apresente malformações ou tenham sido vítimas de violação, devem ser retirados os ovários, como forma de retirar ao Estado o dever de matar recorrentemente portugueses por nascer, que não têm quem os defenda no quadro atual.”

A proposta foi votada e discutida, tendo sido amplamente rejeitada (dos 254 delegados, só 38 votaram a favor). O debate tornou-se público, extravasou as linhas ideológicas internas do partido.

Na semana seguinte, um vídeo começou a percorrer a internet, chega aos programas da manhã e ninguém fala de outra coisa senão da rapariga a fazer sexo num comboio. Ela não estava só, havia dois rapazes também. Mas o foco foi ela, a sua conduta, o seu hipotético comportamento desviante, os seus alegados problemas emocionais e de desenvolvimento.
O caminho de emancipação feminina é longo e tortuoso. O tempo em que, em Portugal, uma mulher precisava de autorização do marido para viajar ou para sair do país, não foi assim há tanto tempo.
Hoje recordamos uma conversa publicada em abril de 2017, com Maria João Pires, ativista, uma das autoras do projeto Mulher Não Entra, sobre o quanto se andou para conseguir que as mulheres pudessem abortar sem serem criminalizadas e como a luta pela igualdade é um caminho com muitos contratempos.

Fiquem com a entrevista.

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A proposta foi votada e discutida, tendo sido amplamente rejeitada (dos 254 delegados, só 38 votaram a favor). O debate tornou-se público, extravasou as linhas ideológicas internas do partido.

Na semana seguinte, um vídeo começou a percorrer a internet, chega aos programas da manhã e ninguém fala de outra coisa senão da rapariga a fazer sexo num comboio. Ela não estava só, havia dois rapazes também. Mas o foco foi ela, a sua conduta, o seu hipotético comportamento desviante, os seus alegados problemas emocionais e de desenvolvimento.
O caminho de emancipação feminina é longo e tortuoso. O tempo em que, em Portugal, uma mulher precisava de autorização do marido para viajar ou para sair do país, não foi assim há tanto tempo.
Hoje recordamos uma conversa publicada em abril de 2017, com Maria João Pires, ativista, uma das autoras do projeto Mulher Não Entra, sobre o quanto se andou para conseguir que as mulheres pudessem abortar sem serem criminalizadas e como a luta pela igualdade é um caminho com muitos contratempos.

Fiquem com a entrevista.

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