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Fê Lopes: "É preciso não colocar a criança de escudo na briga que é dos adultos"

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É possível ter uma separação verdadeiramente amigável? Quando se tem filhos no meio de uma crise conjugal, há uma preocupação a mais, que é a do sofrimento das crianças e dos adolescentes. Como fazer com que eles sofram menos com o fim do casamento dos pais? Para a psicóloga e psicanalista Fê Lopes, não se deve “blindar” as crianças, mas considerar a sua importância e o seu bem-estar antes de agir.

“É preciso evitar usar as crianças como moeda da disputa, da raiva, do ódio, ou vamos ter a criança em uma situação muito ruim. Uma briga atravessa e afeta diretamente a criança. De que jeito eu cuido para que essa briga dos adultos não use as crianças como munição ou escudo?”, afirma no Podcast da Semana. “Não dá pra blindar as crianças 100% de tudo. O que temos que assegurar é que as brigas, por exemplo, não têm a ver com elas.”

Lopes, que é psicóloga clínica, psicanalista com formação em psicanálise da parentalidade e da perinatalidade pelo Instituto Gerar, e em psicologia e relações étnico-raciais no Instituto Amma Psique e Negritude, afirma que o diálogo é central para chegar à situação mais confortável para todos. Ela lembra que, muitas vezes, o divórcio vai apresentar um estreitamento de relação inédito entre criança e cuidador, nos casos de guarda e visitação compartilhada, especialmente no caso em que um dos dois cuidadores principais é mais presente que o outro. Isso, ela diz, nem sempre vai ser bom para a criança, que pode estar mais interessada em mudar o mínimo possível de sua vida e sua rotina. A psicóloga também lembra que um complicador da separação são as regras diferentes nas duas casas dos cuidadores, se um restringe telas e o outro libera completamente, por exemplo.

A psicóloga comenta ainda os casos em que duas pessoas insistem em manter a relação, ainda que não exista mais vontade de continuar, para não "traumatizar" os filhos. "Manter uma relação por causa do seu filho é dar um peso nas costas da criança que não é dela. Ficar junto ou separado não é da responsabilidade da criança, mas da competência dos adultos", afirma na entrevista do podcast que está disponível em todas as plataformas de áudio.

Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima

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210 episódios

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“É preciso evitar usar as crianças como moeda da disputa, da raiva, do ódio, ou vamos ter a criança em uma situação muito ruim. Uma briga atravessa e afeta diretamente a criança. De que jeito eu cuido para que essa briga dos adultos não use as crianças como munição ou escudo?”, afirma no Podcast da Semana. “Não dá pra blindar as crianças 100% de tudo. O que temos que assegurar é que as brigas, por exemplo, não têm a ver com elas.”

Lopes, que é psicóloga clínica, psicanalista com formação em psicanálise da parentalidade e da perinatalidade pelo Instituto Gerar, e em psicologia e relações étnico-raciais no Instituto Amma Psique e Negritude, afirma que o diálogo é central para chegar à situação mais confortável para todos. Ela lembra que, muitas vezes, o divórcio vai apresentar um estreitamento de relação inédito entre criança e cuidador, nos casos de guarda e visitação compartilhada, especialmente no caso em que um dos dois cuidadores principais é mais presente que o outro. Isso, ela diz, nem sempre vai ser bom para a criança, que pode estar mais interessada em mudar o mínimo possível de sua vida e sua rotina. A psicóloga também lembra que um complicador da separação são as regras diferentes nas duas casas dos cuidadores, se um restringe telas e o outro libera completamente, por exemplo.

A psicóloga comenta ainda os casos em que duas pessoas insistem em manter a relação, ainda que não exista mais vontade de continuar, para não "traumatizar" os filhos. "Manter uma relação por causa do seu filho é dar um peso nas costas da criança que não é dela. Ficar junto ou separado não é da responsabilidade da criança, mas da competência dos adultos", afirma na entrevista do podcast que está disponível em todas as plataformas de áudio.

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