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Fernando Limongi: Estamos pagando a conta do impeachment de Dilma

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Para afastar um presidente, apenas a vontade da oposição não basta. Afinal, é preciso dois terços dos votos dos parlamentares tanto na Câmara quanto no Senado.

A perda de apoio dos congressistas foi central para a queda da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. Por isso, para entender o processo de impeachment dela, é necessário compreender como a base parlamentar que a petista herdou de Lula implodiu. E como, na hora decisiva, aliados se voltaram contra ela.

O derretimento dessa coalizão é o eixo central do livro “Operação Impeachment - Dilma Rousseff e o Brasil da Lava Jato” (ed. Todavia), escrito pelo cientista político Fernando Limongi, que é professor da USP e da FGV. Ele é o convidado do Ilustríssima Conversa deste sábado (13).

Na obra, Limongi lembra como a aliança de partidos liderada pelo PT governou o Brasil desde a primeira eleição de Lula —e sustenta que a união não tinha nada de frágil.

Para explicar o desmonte dessa base, o cientista político volta ao começo do primeiro mandato de Dilma, quando a presidente fez trocas em ministérios e mudanças na diretoria da Petrobras, abraçando o discurso anticorrupção.

Na entrevista ao podcast, Limongi analisa as consequências dessa escolha de Dilma e como a atuação da Lava Jato contribuiu para a queda dela.

O cientista político defende que Dilma e o PT foram as cargas lançadas ao mar para salvar a embarcação –ou seja, o impeachment seria uma tentativa da classe política de se proteger das investigações do Ministério Público.

Mas ele aponta que, enquanto o PT conseguiu sobreviver como alternativa eleitoral, os partidos que encamparam o impeachment foram os principais prejudicados pelos impactos do processo no sistema político.

"A direita ou centro-direita foi a principal vítima. Tem um lado paradoxal, eles acabaram se matando ali. O Aécio Neves (PSDB-MG) é um símbolo disso", afirma Limongi, acrescentando ver danos desse processo para o bom funcionamento do sistema político hoje. "O impeachment foi uma investida de tolos que acabou prejudicando a todos. Quem está pagando a conta somos nós."

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A perda de apoio dos congressistas foi central para a queda da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. Por isso, para entender o processo de impeachment dela, é necessário compreender como a base parlamentar que a petista herdou de Lula implodiu. E como, na hora decisiva, aliados se voltaram contra ela.

O derretimento dessa coalizão é o eixo central do livro “Operação Impeachment - Dilma Rousseff e o Brasil da Lava Jato” (ed. Todavia), escrito pelo cientista político Fernando Limongi, que é professor da USP e da FGV. Ele é o convidado do Ilustríssima Conversa deste sábado (13).

Na obra, Limongi lembra como a aliança de partidos liderada pelo PT governou o Brasil desde a primeira eleição de Lula —e sustenta que a união não tinha nada de frágil.

Para explicar o desmonte dessa base, o cientista político volta ao começo do primeiro mandato de Dilma, quando a presidente fez trocas em ministérios e mudanças na diretoria da Petrobras, abraçando o discurso anticorrupção.

Na entrevista ao podcast, Limongi analisa as consequências dessa escolha de Dilma e como a atuação da Lava Jato contribuiu para a queda dela.

O cientista político defende que Dilma e o PT foram as cargas lançadas ao mar para salvar a embarcação –ou seja, o impeachment seria uma tentativa da classe política de se proteger das investigações do Ministério Público.

Mas ele aponta que, enquanto o PT conseguiu sobreviver como alternativa eleitoral, os partidos que encamparam o impeachment foram os principais prejudicados pelos impactos do processo no sistema político.

"A direita ou centro-direita foi a principal vítima. Tem um lado paradoxal, eles acabaram se matando ali. O Aécio Neves (PSDB-MG) é um símbolo disso", afirma Limongi, acrescentando ver danos desse processo para o bom funcionamento do sistema político hoje. "O impeachment foi uma investida de tolos que acabou prejudicando a todos. Quem está pagando a conta somos nós."

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