Educação Financeira nas Igrejas - Qual a Sua Opinião?
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Você já notou que empresas, escolas, ongs já implantam programas de Educação Financeira para seus públicos?
Essas organizações já perceberam o quanto a Educação Financeira contribui positivamente para a vida das pessoas.
Mas se colocarmos nosso olhar nas igrejas evangélicas, veremos que elas ainda não oferecem este tema para sua comunidade.
Ou quando isso acontece, o fazem de forma bastante tímida, as vezes de maneira até equivocada.
Eu quero crer que em um breve tempo essa situação mude.
As pessoas que estão nas igrejas também usam dinheiro, portanto elas necessitam de um conhecimento que as ajude a utilizar este recurso de forma inteligente e produtiva.
Eu sou Julio Santos, sou especialista em Educação Financeira, sou autor de livros e metodologias sobre o tema, sou cristão, acredito na palavra de Deus como a grande referência para nossa vida.
Quero apresentar algumas reflexões sobre os benefícios que as igrejas podem proporcionar oferecendo o conhecimento sobre Educação Financeira.
Meu objetivo é contribuir para que possamos chegar a uma resposta coerente a essa questão, tomando como base a Palavra de Deus.
Para apoiar nossa reflexão, eu vou mencionar 3 fatores que, na minha opinião dificultam a oferta deste tema nas igrejas.
1. Preconceito com temas sobre “dinheiro”
Talvez você possa estar pensando:
Ah! Mas esse assunto não é para ser tratado nas igrejas.
Acredito que este seja o maior impeditivo de o tema Educação Financeira estar ausente nas igrejas.
Ao mesmo tempo que nossos pastores e líderes reforçam a importância dos dízimos e ofertas – e isso é totalmente legítimo e necessário – parece que eles têm uma certa relutância em nos dizer que precisamos aprender a gerenciar nosso dinheiro.
Ou quando falam, só falam, não mostram o caminho das pedras.
Precisamos entender que:
A “prosperidade de Deus” não está alicerçada, apenas em ser abençoado, mas sim, em saber administrar essas bençãos.
Essa é a essência da Educação Financeira: competência para gerenciar nossos recursos financeiros de forma compatível com nossa realidade.
Muitas pessoas perecem financeiramente no ambiente cristão porque não sabem administrar seus recursos.
Elas até ganham bem, tem bons cargos, mas no fim do mês, acabam precisando fazer seus malabarismos financeiros.
1. Desconhecimento sobre o que seja Educação Financeira
Outro entrave que impede a introdução deste tema nas igrejas é a falta de conhecimento sobre o que realmente trata essa matéria.
Se pessoas do mundo administrativo-financeiro não sabem isso, que dirá pessoas que não tem praticamente nenhuma relação com o assunto.
Para você ter uma ideia, tenho vários alunos que tem formação em finanças, contabilidade e administração e eles, ao iniciarem nosso curso de formação de Educador Financeiro (este curso também habilita Consultores Financeiros) me dizem:
- Julio, eu imaginava que o conteúdo do curso seria planilhas, fórmulas e muitos cálculos, e fiquei surpreso pois não é isso.
E estou encantado com o assunto pois ele abriu a minha mente e eu já estou me beneficiando dos conceitos da Educação Financeira na minha vida pessoal e familiar.
É muito comum confundirem Educação Financeira com economia, contabilidade, direito do consumidor, etc.
Como diz o ditado popular, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Temas distintos para abordagens distintas.
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