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Tensão no Oriente Médio deve dominar debates no Conselho Europeu

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A tensão no Oriente Médio entre Irã e Israel e a interferência da Rússia no Parlamento Europeu devem dominar os debates do Conselho Europeu extraordinário, que acontece nesta quarta (17) e quinta-feira (18), em Bruxelas, apesar da agenda oficial da reunião destacar questões sobre a economia, competitividade do bloco e as relações com a Turquia.

Letícia Fonseca-Sourander, correspondente da RFI em Bruxelas

Às vésperas do Conselho Europeu, o Alto Representante para a Política Externa da UE, Josep Borell, afirmou que Bruxelas está pensando em expandir as sanções contra o Irã após o ataque de Teerã em Israel. “Temos que nos afastar da beira do abismo”, frisou.

No entanto, Borell, que insiste na necessidade de um apaziguamento no Oriente Médio, reconhece os limites da União Europeia em influenciar as duas potências. Em recente entrevista ao jornal francês Le Monde, o chefe da diplomacia do bloco disse que o objetivo político da Europa é evitar a escalada do conflito. “Estamos como em um jogo de xadrez onde ninguém avança seus peões”, ressaltou.

Em meio ao receio do agravamento da situação na região, os líderes europeus reunidos em Bruxelas devem enviar uma mensagem clara: a crise entre os dois países não deve ir além. Os dirigentes do bloco devem reiterar a importância da estratégia do Ocidente, que é isolar o Irã e convencer Israel a não retaliar.

Mas o próximo passo de Tel Aviv, em particular do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, ainda é uma incógnita; apesar do apelo do presidente americano, Joe Biden, a Israel, de não retaliar os iranianos de forma alguma. Os drones e mísseis disparados pelo Irã contra Israel, no último sábado, em resposta ao ataque mortal das forças israelenses ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, no início deste mês, foi o estopim deste conflito, condenado por Bruxelas.

Reação franco-alemã ao ataque do Irã a Israel

França e Alemanha condenaram firmemente o ataque iraniano, do último sábado, e pediram moderação a Israel na resposta a Teerã. Ambos países têm pressionado Bruxelas a endurecer as medidas contra o fornecimento de armamento da República Islâmica – incluindo drones – para a Rússia e para as milícias pró-Irã espalhadas pelo Oriente Médio.

O presidente francês, Emmanuel Macron, fez questão de esclarecer a versão do governo israelense de que a França e outros países aliados teriam ajudado Israel a abater os drones iranianos no final de semana passada. Macron afirmou que foi a partir de um pedido da Jordânia, que foram feitas “interceptações em proteção e defesa rigorosas”.

A França está presente na Jordânia há dez anos, através de sua base aérea H5. Nesta crise aberta entre Irã e Israel, Paris quer evitar uma conflagração na região. A Alemanha pediu à União Europeia que endureça as sanções em relação à tecnologia dos drones e mísseis iranianos.

O chanceler alemão Olaf Scholz classificou o ataque iraniano ao território israelense como “injustificável” e afirmou que não é “aceitável, compreensível ou tolerável”. Os ministros das Relações Exteriores do bloco apoiaram o direito de autodefesa de Israel e querem incluir a Guarda Revolucionária Iraniana na lista negra de terroristas da UE.

Investigação de suposta influência da Rússia na UE

A um mês e meio das eleições europeias, a Bélgica, que está à frente da presidência rotativa do bloco, abriu uma investigação, através de seu Ministério Público Federal, sobre as suspeitas de corrupção russa no Parlamento Europeu.

A investigação está sendo feita com base em denúncias sobre uma rede de influência financiada por Moscou, que teria corrompido eurodeputados para a divulgação de propaganda a favor da ofensiva russa na Ucrânia e para ajudar a eleger mais candidatos pró-Rússia para o Parlamento Europeu. A questão delicada não consta na agenda formal deste Conselho Europeu, mas deve ser discutida e condenada pelos dirigentes.

Não seria a primeira vez que o Kremlin tenta desestabilizar as eleições no bloco. No último sufrágio em 2019, autoridades europeias disseram que o governo russo usou desinformação para semear discórdia e confusão em toda a Europa. A Rússia rebateu classificando as acusações de “completamente falsas” e “infundadas”.

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Letícia Fonseca-Sourander, correspondente da RFI em Bruxelas

Às vésperas do Conselho Europeu, o Alto Representante para a Política Externa da UE, Josep Borell, afirmou que Bruxelas está pensando em expandir as sanções contra o Irã após o ataque de Teerã em Israel. “Temos que nos afastar da beira do abismo”, frisou.

No entanto, Borell, que insiste na necessidade de um apaziguamento no Oriente Médio, reconhece os limites da União Europeia em influenciar as duas potências. Em recente entrevista ao jornal francês Le Monde, o chefe da diplomacia do bloco disse que o objetivo político da Europa é evitar a escalada do conflito. “Estamos como em um jogo de xadrez onde ninguém avança seus peões”, ressaltou.

Em meio ao receio do agravamento da situação na região, os líderes europeus reunidos em Bruxelas devem enviar uma mensagem clara: a crise entre os dois países não deve ir além. Os dirigentes do bloco devem reiterar a importância da estratégia do Ocidente, que é isolar o Irã e convencer Israel a não retaliar.

Mas o próximo passo de Tel Aviv, em particular do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, ainda é uma incógnita; apesar do apelo do presidente americano, Joe Biden, a Israel, de não retaliar os iranianos de forma alguma. Os drones e mísseis disparados pelo Irã contra Israel, no último sábado, em resposta ao ataque mortal das forças israelenses ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, no início deste mês, foi o estopim deste conflito, condenado por Bruxelas.

Reação franco-alemã ao ataque do Irã a Israel

França e Alemanha condenaram firmemente o ataque iraniano, do último sábado, e pediram moderação a Israel na resposta a Teerã. Ambos países têm pressionado Bruxelas a endurecer as medidas contra o fornecimento de armamento da República Islâmica – incluindo drones – para a Rússia e para as milícias pró-Irã espalhadas pelo Oriente Médio.

O presidente francês, Emmanuel Macron, fez questão de esclarecer a versão do governo israelense de que a França e outros países aliados teriam ajudado Israel a abater os drones iranianos no final de semana passada. Macron afirmou que foi a partir de um pedido da Jordânia, que foram feitas “interceptações em proteção e defesa rigorosas”.

A França está presente na Jordânia há dez anos, através de sua base aérea H5. Nesta crise aberta entre Irã e Israel, Paris quer evitar uma conflagração na região. A Alemanha pediu à União Europeia que endureça as sanções em relação à tecnologia dos drones e mísseis iranianos.

O chanceler alemão Olaf Scholz classificou o ataque iraniano ao território israelense como “injustificável” e afirmou que não é “aceitável, compreensível ou tolerável”. Os ministros das Relações Exteriores do bloco apoiaram o direito de autodefesa de Israel e querem incluir a Guarda Revolucionária Iraniana na lista negra de terroristas da UE.

Investigação de suposta influência da Rússia na UE

A um mês e meio das eleições europeias, a Bélgica, que está à frente da presidência rotativa do bloco, abriu uma investigação, através de seu Ministério Público Federal, sobre as suspeitas de corrupção russa no Parlamento Europeu.

A investigação está sendo feita com base em denúncias sobre uma rede de influência financiada por Moscou, que teria corrompido eurodeputados para a divulgação de propaganda a favor da ofensiva russa na Ucrânia e para ajudar a eleger mais candidatos pró-Rússia para o Parlamento Europeu. A questão delicada não consta na agenda formal deste Conselho Europeu, mas deve ser discutida e condenada pelos dirigentes.

Não seria a primeira vez que o Kremlin tenta desestabilizar as eleições no bloco. No último sufrágio em 2019, autoridades europeias disseram que o governo russo usou desinformação para semear discórdia e confusão em toda a Europa. A Rússia rebateu classificando as acusações de “completamente falsas” e “infundadas”.

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